A BR-101, uma das mais importantes ligações rodoviárias do Espírito Santo, tem passado por uma verdadeira transformação nos últimos anos e a Ecovias 101 tem sido peça-chave nesse processo. Desde que assumiu a concessão da via, há quase 12 anos, a concessionária investe fortemente em obras e tecnologia para melhorar a qualidade e a segurança da via, ao mesmo tempo em que realiza campanhas educativas para conscientizar sobre a importância do respeito às regras de trânsito e a importância da atenção ao volante.
Com a expectativa de aumento no tráfego durante o feriado prolongado de 1º de Maio, a concessionária irá reforçar sua operação nas estradas. O Centro de Controle Operacional (CCO) funcionará com escala extra de atendimento, todas as cabines de pedágio estarão abertas nos horários de pico e a frota de guinchos será ampliada com veículos extras. As obras com bloqueio de pista serão suspensas durante o período, salvo casos emergenciais autorizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Reforçamos a orientação para que os motoristas programem suas viagens com antecedência e redobrem a atenção. É importante lembrar que, ao longo da rodovia, a Ecovias 101 possui 12 pontos de parada, onde os usuários podem ir ao banheiro, beber água e utilizar o fraldário para seguir viagem com mais tranquilidade. Em caso de emergência ou necessidade de atendimento, o número 0800 7701 101 está disponível 24 horas, tanto para ligação quanto para mensagem de whatsapp”, destaca Christian Tanimoto, Gerente de Atendimento ao Usuário da concessionária.
Junto com o reforço operacional, a Ecovias 101 está realizando a campanha “Quem curte a viagem encurta o caminho”.O convite é à desaceleração consciente, ao cuidado com os outros e consigo mesmo. “Melhor do que chegar cinco minutos antes, é chegar bem”, reforça a mensagem da campanha.
“Nosso objetivo é mudar a forma como as pessoas se relacionam com o ato de dirigir, enxergando o trajeto como parte da experiência e não apenas como um meio de chegar mais rápido ao destino”, pontua Roberto Amorim Junior, diretor-superintendente da Ecovias 101.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos acidentes de trânsito são causados por falhas humanas, que podem envolver desde a desatenção dos condutores até o desrespeito à legislação, incluindo excesso de velocidade, uso do celular, falta de equipamentos de segurança, uso de bebidas antes de dirigir ou até mesmo dirigir cansado. Por isso, reduzir os números de ocorrências e vítimas depende, também, de mudanças de comportamento.
“A gente acredita que é possível transformar a cultura no trânsito. Obras e serviços são fundamentais, mas diálogo e conscientização também são peças-chave nesse processo. Quando mostramos que o trajeto pode ser um momento de prazer, e não de pressa, estamos falando de segurança de uma forma que se conecta com as pessoas”, explica Roberto.
Ações e eventos no Maio Amarelo
As ações de conscientização ganham ainda mais força no próximo mês, quando se inicia a campanha do Maio Amarelo, voltado para a conscientização no trânsito. Junto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Ecovias 101 segue com a missão de espalhar a mensagem de desaceleração e respeito às regras de trânsito.
Uma das principais ações acontecerá no dia 4 de maio, com um evento gratuito na Praia de Camburi, em Vitória, das 8h às 12 horas. Haverá minipista educativa para crianças, simulador de impacto, distribuição de brindes e atividades para toda a família.
Nos dias 1 e 4 de maio, as ações se estenderão às praças de pedágio localizadas na Serra e em Guarapari. Para incentivar que os usuários da via aproveitem a jornada da viagem e façam uma pausa, a Ecovias 101 distribuirá 2 mil vouchers de café, além de cupons de desconto para outros itens, para uso no monumento do Buda, em Ibiraçu, que é um dos principais pontos turísticos às margens da BR-101. Ele ganhará iluminação amarela, assim como a sede da concessionária.
Infraestrutura e gestão
A Ecovias 101 é responsável por administrar 478,7 quilômetros do trecho capixaba da BR-101, que vai do trevo de acesso à cidade de Mucuri, no Sul da Bahia, até Mimoso do Sul, no Espírito Santo, município que faz divisa com o Rio de Janeiro. A área concedida corta 25 municípios do estado do Espírito Santo e um da Bahia.
Além da comunicação, os investimentos em obras também têm gerado resultados concretos. Desde o início da concessão, já foram entregues mais de 62 km de duplicações, com novos trechos em andamento na Serra (5 km) e em fase final de conclusão em Anchieta (7 km). Também foram construídos 14 viadutos, 8 pontes, 20 passarelas e quatro postos de pesagem modernizados. Toda a extensão da rodovia passou por revitalizações no pavimento, sinalização e dispositivos de segurança.
A concessionária também investe na prestação de serviços, como a oferta de guinchos e ambulâncias para o atendimento de ocorrências. Desde o início da concessão, já foram prestados cerca de 1,5 milhão de atendimentos.
O reflexo disso pode ser medido em vidas preservadas. De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), entre 2013 e 2023, houve uma redução de 68% no número de acidentes e 61% na quantidade de óbitos no trecho sob responsabilidade da Ecovias 101.
“Esses números mostram que os investimentos em infraestrutura e gestão eficiente têm um impacto real na vida das pessoas. Nós trabalhamos com a convicção de que cada quilômetro duplicado, cada passarela construída, cada campanha educativa lançada representa uma chance a mais de salvar vidas”, afirma Roberto Amorim Júnior.
Sobre a Ecovias 101
A Ecovias 101 é a concessionária responsável por administrar 478,7 quilômetros do trecho capixaba da BR-101, que vai do trevo de acesso à cidade de Mucuri, no Sul da Bahia, até Mimoso do Sul, no Espírito Santo, município que faz divisa com o Rio de Janeiro. A área concedida corta 25 municípios do estado do Espírito Santo e um da Bahia. A rodovia leva a cinco importantes portos: o de Vitória e o de Tubarão, na capital capixaba; o de Barra do Riacho, no norte do estado; o do Açu (ainda em construção), no Rio de Janeiro; e o de Ilhéus, na Bahia. A rodovia dá acesso ainda às principais praias do Espírito Santo, como as Guarapari e Vila Velha, destino de milhões de turistas durante todo o ano. Para mais informações, acessewww.ecovias101.com.br.
Sobre a EcoRodovias
A EcoRodovias é a maior operadora de malha rodoviária do país. Controlada pelo Grupo ASTM, administra 12 concessões de rodovias em oito estados, somando 4,8 mil quilômetros, além de um ativo portuário e uma plataforma logística. Está presente em corredores rodoviários de escoamento da produção agrícola e industrial, bem como em relevantes eixos turísticos do país. Com o propósito de viabilizar caminhos nunca antes imaginados, a empresa impulsiona o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária brasileira com inovação e eficiência. Além disso, está comprometida com a sustentabilidade, mantendo metas em temas relevantes como reduções nas emissões de CO2, segurança, diversidade, equidade e inclusão. Como resultado de suas práticas, integra importantes carteiras da B3, tais como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o ICO2 e o Idiversa. Para mais informações, acessewww.ecorodovias.com.br.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) coordenou a participação da delegação brasileira na VI Reunião Ordinária da Comissão Técnica do Subgrupo de Trabalho nº 5 “Transportes”, do Mercosul, realizada nos dias 22 e 23 de abril, em Buenos Aires, Argentina. A delegação brasileira contou, ainda, com a participação do setor privado e órgãos públicos relacionados ao transporte.
Durante o encontro, representantes dos países-membros discutiram temas prioritários para o setor, como a padronização de pesos e dimensões dos veículos, a rastreabilidade de bagagens, os seguros internacionais de cargas, a sustentabilidade e o uso de novas tecnologias no transporte terrestre. As discussões visam fortalecer a integração regional e promover melhorias práticas para motoristas, empresas e usuários dos serviços de transporte.
Um dos principais avanços foi o desenvolvimento do projeto Webservice Mercosul, que permitirá uma troca de informações mais ágil e segura entre os Organismos Nacionais de Aplicação do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT). O Brasil, por meio da ANTT, está realizando os testes da plataforma junto aos demais países.
O chefe da delegação Brasileira, Sr. Cálicles Mânica, também aproveitou a oportunidade para convidar os demais países para a realização de um workshop sobre tecnologias sustentáveis no próximo semestre, durante a Presidência Pro-Tempore do Brasil. O evento reforçará o papel do país na promoção de soluções inovadoras e sustentáveis para o setor.
Durante a reunião, o Brasil apresentou as recentes modificações na jornada e no tempo de descanso de motoristas estrangeiros e brasileiros em território nacional, com base na decisão do Supremo Tribunal Federal, na ADI nº 5322. Também foi destaque a Lei nº 15.122/2025, conhecida como Lei da Reciprocidade, que permite adoção de medidas igualitárias nas relações internacionais.
A participação da ANTT reforça o compromisso do Brasil com a integração regional, a modernização do setor e a construção de um transporte terrestre mais eficiente, seguro e conectado com o futuro do Mercosul.
O pagamento de indenizações por roubos de cargas somaram R$ 59,2 milhões em Minas Gerais em 2024, segundo levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). A cifra, que representa alta anual de 62,2%, revela, mais uma vez, um dos maiores problemas do transporte de carga no Brasil, em que a impunidade onera cada vez mais os custos dos fretes brasileiros.
Dos estados que mais se destacam no pagamento de indenizações, São Paulo é o primeiro com R$ 279,9 milhões (+2%), seguido por Minas Gerais com R$ 59,2 milhões (+62,2%) e Rio Grande do Sul com R$ 28,9 milhões (+24,4%).
Essa tendência pode ser atribuída em grande parte, na visão do presidente da Comissão de Transporte de Carga da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Marcos Siqueira, ao aumento nos índices de roubo de carga, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul. “Isso impacta diretamente no maior acionamento do Seguro de Responsabilidade Civil de Desvio de Carga, que indeniza em casos de desaparecimento total da carga, roubo durante o trânsito ou nos depósitos e armazéns, desde que a carga esteja carregada no veículo transportador”, diz.
Minas Gerais, como observa o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antonio Luis da Silva Junior, por ser um corredor de passagem de carga do País e ter a maior malha rodoviária, sempre permeou os altos índices de roubo de carga, juntamente com São Paulo e Rio de Janeiro.
De fato, conforme dados divulgados no relatório “Análise de Roubo de Cargas” de 2024 da nstech, empresa de software para a cadeia de suprimentos, o Estado foi o terceiro com mais roubo de cargas em 2024, com 12,1% do total. No estudo, a primeira posição foi ocupada por São Paulo, que totalizou 45,8% dos sinistros, seguido por Rio de Janeiro, com 25%.
O presidente do Setcemg comenta que o cenário acaba exigindo das empresas um investimento maior em segurança encarecendo o custo do frete. “As empresas acabam tendo que investir em itens como rastreadores, monitoramento e até escolta em certos tipos de carga. Isso onera os custos”, observa.
Além disso, Silva Junior pontua que quando as seguradoras indenizam, elas encarecem a apólice do seguro, onerando ainda mais os gastos. “Minas Gerais possui um dos seguros mais caros e temos roubos regionalizados como o do café, no Alto Paranaíba e Sul de Minas; o do cigarro e produtos alimentícios na região do Triângulo; produtos siderúrgicos, mais na região Central, combustíveis e até o saques são um problema”, ressalta.
Segundo o dirigente, os maiores focos do roubo são onde os criminosos conseguem escapar facilmente, como os entroncamentos de rodovias. “Temos entrocamento na BR-381, na divisa com São Paulo; temos no Triângulo, na Zona da Mata. Minas virou passagem”, afirma.
Para o presidente do Setcemg, a impunidade e a falta de criminalização do receptador são os principais problemas. “Falta um trabalho de inteligência e de investigação da polícia para descobrir os receptadores. Para ter o roubo, tem alguém recebendo e revendendo essas cargas. As leis precisam ser mais rígidas”, destaca. Produtos como pneus, faróis, módulos eletrônicos também têm sido alvo de furtos.
O presidente da Comissão de Transporte de Carga da FenSeg, destaca ainda o cenário crítico de muitas estradas no País. “Isso facilita a atividade criminosa e mostra a importância do seguro para reduzir riscos e prejuízos ao transportador de carga. Sem as coberturas oferecidas pelo seguro de transporte, o impacto na economia seria muito maior”, diz.
Indenizações crescem 11% em todo o Brasil
Em todo o País, o pagamento de indenizações por roubos de cargas também cresceu e somou R$ 528,9 milhões em 2024, conforme o mesmo levantamento da CNseg. O aumento nacional foi de 11% e registrou a segunda maior alta em cinco anos, atrás apenas de 2022, quando o montante atingiu R$ 629,2 milhões.
Em cinco anos, R$ 2,5 bilhões foram pagos pelas seguradoras por conta da atuação dos criminosos. Em paralelo, a procura pelo seguro cresceu 27,1%, somando um faturamento de R$ 1,4 bilhão.
Na arrecadação, o estado paulistano lidera o ranking nacional, com R$ 683,4 milhões (+30,8%), seguido por Minas Gerais, R$ 116,3 milhões (+41,8%) e Paraná R$ 102,4 milhões (+6,1%).
Em reunião realizada nesta quarta-feira, 23 de abril, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), aAgência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)confirmou uma intensificação na fiscalização do cumprimento daPOLíTICANacional de Pisos Mínimos do TransporteRODOVIáRIOde Cargas (PNPM-TRC), popularmente conhecida como tabela de fretes.
De acordo com a Superintendência de Fiscalização da Agência, a partir desta semana, as ações de verificação do cumprimento da legislação de precificação do frete passaram a ser feitas de forma eletrônica. Segundo a ANTT, o aumento na fiscalização será possível graças ao cruzamento de bancos de dados da Agência com base na declaração de valores.
Somente na primeira manhã de fiscalização, também realizada nesta quarta-feira (23), 370 empresas foram autuadas por descumprimento da tabela de fretes. De acordo com a ANTT, o número é quase a média mensal de 400 autuações por descumprimento do piso mínimo. O balanço do primeiro mês de fiscalização eletrônica será apresentado no dia 20 de maio, durante a reunião do Fórum do Transporte Rodoviário de Cargas, marcada pelo Ministério dos Transportes.
O que diz a lei?
De acordo com a Resolução nº 6.059 da ANTT, publicada em 2 de janeiro de 2025, transportadores, embarcadores e contratantes de frete rodoviário que declararem valor abaixo do piso mínimo estabelecido serão multados em R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais).
O transporte de cargas, no Brasil, é predominantementeRODOVIáRIO. A legislação propõe mudar essa realidade.
A Lei 10.233, de 2001, por exemplo, ao disciplinar o Sistema Federal de Viação, estabelece, como diretriz geral do gerenciamento da infraestrutura e da operação dos transportes aquaviários e terrestres, “aproveitar as vantagens comparativas dos diferentes meios de transporte, promovendo sua integração física e a conjugação de suas operações, para a movimentação intermodal mais econômica e segura de pessoas e bens” (art. 12, II).
A Lei 14.273, de 2021, por sua vez, determina a “expansão da malha ferroviária, modernização e atualização dos sistemas e otimização da infraestrutura ferroviária” e o “estímulo à ampliação do mercado ferroviário na matriz de transporte de cargas e de passageiros” (art. 5º, II e VII).
A União, a quem compete “elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social” (CF, art. 21, IX), tem procurado implementar esses e outros comandos legais sobre o tema. OPlano Nacional de Logística 2035(PNL) consolida informações sobre os esforços para a organização e execução de um planejamento integrado da matriz de transportes do país.
Apesar de muito já ter sido feito pelo Executivo, ainda há longo caminho a ser percorrido, como o próprio PNL 2035 reconhece ao apontar “desbalanceamento da matriz”; “altos custos de transporte”, e “cultura de planejamento que prioriza o modo de transporte, e não as características e necessidades da demanda” (p. 19). Não à toa, foi instituído, em 2024, o Planejamento Integrado de Transportes, no âmbito do qual está sendo desenvolvido o PNL 2050, mediante “uma visão territorial integrada e dinâmica”.
Calcado no diagnóstico de que o setor de transporte de cargas padeceria de problemas de informação, planejamento e regulamentação (acórdão 2000, de 2024), o TCU anunciou a criação de ferramenta própria para simular uma rede de transporte ideal de cargas do Brasil (Projeto Simulações). A ideia, em princípio, parece envolver a criação de um “critério de auditoria” que permita analisar os efeitos gerados por políticas públicas e planos logísticos ao longo dos anos.
Dentre as diretrizes do projeto anunciado pelo TCU estão a promoção de simulações, tendo como variável de alocação o “menor custo efetivo de transporte, sob o ponto de vista da carga”; “acesso pleno de cargas à malha logística, sem limitações de capacidade”; “ocupação da rede por cargas em função do menor custo de transporte, considerando-se a multimodalidade na formação de tais custos”.
É positivo que o TCU esteja interessado em aprimorar políticas e instituições. Mas a projeção de “cenários ideais de transporte de cargas” pelo controle, com o objetivo de criar “critério de auditoria”, parece embutir o risco de o tribunal, na prática, acabar, mesmo que involuntariamente, ditando os rumos do setor. Nesses termos, é possível que o Projeto Simulações, visando turbinar o planejamento nos transportes, paradoxalmente acabe esvaziando o mandato dos sujeitos com competência específica para realizá-lo.
Os preços dos fretes voltaram a subir no Brasil nas últimas semanas e este tende a continuar sendo o movimento para a conclusão de abril e para maio, como explicou o pesquisador da ESALQ-LOG, Fernando Bastiani, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio desta terça-feira (15). O movimento refletiu um avanço no ritmo da comercialização da soja, entre outros fatores, em especial nos últimos dias.
“E temos também agora a retomada da negociação entre as tradings e as ferrovias. Então, abril e maio devem ser meses bastante intensos na movimentação do volume ferroviário, principalmente para a soja. Então, estes dois fatores em conjunto, nos últimos 15 dias, já vem refletindo em um aumento dos fretes”, detalha Bastiani.
Como exemplo, a rota Sorriso-Itaituba – do Mato Grosso ao Arco Norte – já regiatra um aumento dos valores de R$ 20,00 a R$ 25,00 por tonelada transportada na última quinzena, chegando a R$ 285,00/t.
“Apesar dos preços terem subido, eles ainda não estão nos mesmos patamares de fevereiro, do começo da safra. Mas, a expectativa é de que com essa retomada da comercialização e também com a chegada da safrinha, no final de junho, começo de julho, é de que os preços voltem a se aquecer para mais próximos dos preços da primeira safra. Porém, ao contrário da soja, a expectativa para a safrinha até o momento é de que teremos um aumento de produtividade em relação ao ano passado, mas ainda assim será uma safra inferior a 2023/24. Então, nossas projeções é de que esse pico na segunda safra seja inferior ao da primeira safra”, avalia o pesquisador.
Uma redução observada também nos preços do óleo diesel deve contribuir para uma menor pressão de alta sobre os preços dos fretes no segundo semestre.
Tem novo projeto de mobilidade à vista em Cariacica! Mal encerrou a obra na avenida Expedito Garcia, o prefeito, Euclério Sampaio, anunciou o projeto para um novo viaduto, agora no Trevo de Alto Lage. O empreendimento está em fase de projeto e o objetivo é auxiliar no desenvolvimento da mobilidade urbana local. E se tem a ver com mobilidade, tem a ver com o Transcares. Na quinta-feira, 10 de abril, o superintendente, Mario Natali, e o gerente, Gustavo De Muner, participaram de agenda institucional com gestores da Prefeitura de Cariacica e a pauta girou em torno deste mais recente projeto de infraestrutura.
Como representantes do segmento do transporte rodoviário de cargas e logística, Natali e De Muner foram apresentados ao projeto e tiveram a oportunidade de se posicionar a respeito da necessidade dele atender alguns critérios que não restrinjam ou prejudiquem a movimentação de cargas naquela região.
“Fomos apresentados ao projeto e tivemos a oportunidade de nos posicionar a respeito da necessidade dele atender alguns critérios que não restrinjam ou prejudiquem a movimentação de cargas naquela região. E foi mais uma oportunidade riquíssima de compartilhamento de informações com a gestão da prefeitura”, ressaltou Gustavo De Muner.
O projeto prevê parceria com o governo do Estado, segundo a Prefeitura de Cariacica. Até o momento, ele conta com dois viadutos e um mergulhão, em área aproximada de 780 metros. A construção contemplará reforço na drenagem, recapeamento, ciclovia e sinalização vertical e horizontal.
A proposta é que o novo viaduto seja semelhante ao da avenida Mário Gurgel, extinguindo os semáforos da via e garantindo maior mobilidade nos dois sentidos, tanto para quem trafega de Itaquari e Alto Lage sentido Campo Grande, bem como para os motoristas que fazem o caminho inverso, sentido Vitória. Estima-se que, diariamente, trafeguem na região cerca de 100 mil veículos (trecho da avenida Mário Gurgel) e mais 20 mil veículos que acessam o trecho sentido Campo Grande.
Fonte: Assessoria de Comunicação Transcares e Prefeitura Municipal de Cariacica
A vida é feita de oportunidades, defende um ditado popular. Que o diga a Ellos Corretora de Seguros! A empresa está de volta ao time de sócios-mantenedores do Transcares após um período ausente. E o retorno foi feito em grande estilo, apostando numa parceria diferenciada e que está intimamente ligada à operação do segmento. Como representante da Ticket Log, que oferece cartão para Gestão de Abastecimento de Frotas. Esse é o “braço logístico” da Ticket, empresa que também possui os cartões Alimentação e Refeição entre seus produtos.
Na opinião do sócio-diretor da Ellos, Vinícus Leão, essa novidade na cartela de serviços da empresa não apenas prova a capilaridade da Ticket no seu segmento de atuação como vai ao encontro de um dos maiores desafios das transportadoras.
“Sabemos que o custo do diesel é um dos maiores na operação rodoviária e logística, e aí nós entramos! Por meio do Ticket Log, vamos brigar por melhores preços, rankiar melhores motoristas no quesito condução econômica, mapear rotas. Ou seja, vamos facilitar a operação ao tirar do empresário a demanda com essa gestão”, argumenta ele, lembrando que para além deste produto, fruto de parceria com a Ticket, a Ellos oferece um leque de serviços corporativos: plano de saúde e odontológico; seguro de vida em grupo e patrimonial; fundos de investimentos e de veículos; e consórcio, dentre outros.
Para os clientes Ticket Log, o executivo garante manutenção de frota em todo o Brasil, uma vez que a rede credenciada está espalhada pelo território nacional, e nesse retorno ao Transcares tem, ainda, uma condição diferenciada para as transportadoras associadas: seis meses de isenção do custo do tag para vale-pedágio.
Vinicius Leão participou do primeiro Almoço Executivo do Transcares do ano, em março, apresentou o novo serviço chancelado pelo Ellos Corretora e se diz animado com as novas possibilidades de negócios. Segundo ele, o produto, que une tecnologia e economia, pode até ser o “carro-chefe” do mix de produtos para ser apresentado às empresas, mas não é o único.
“Posso garantir que para além do Ticket Log temos uma série de outras soluções, igualmente tecnológicas e inovadoras, que tendem a fortalecer ainda mais a atividade transportadora. Já demos início a uma forte agenda de visitas e as expectativas são as melhores possíveis!”
“É um movimento irreversível.” É dessa forma que Maurício Lima, sócio-diretor do ILOS, consultoria especializada em logística e supply chain, define a dificuldade de atrair jovens atualmente para trabalhar como motoristas de caminhão no Brasil. Em 2024, a quantidade de condutores com até 30 anos de idade ficou em 4,11%, frente aos 11,05% com mais de 70 anos. Para Lima, esse cenário não é novidade, pois o setor sabe há décadas que será cada vez mais complicado renovar esses profissionais, ainda mais no modelo brasileiro de contratação de autônomos.
Embora a situação seja desafiadora, Maurício acredita que há formas de driblar alguns fatores para não faltar motoristas no país. Conforme a pesquisa da NTC&Logística, realizada em janeiro deste ano, 93% dos empresários do ramo entrevistados apresentam dificuldade para contratar novos motoristas. Desses, 35% confessaram ter muita dificuldade.
Pesquisa do ILOS identificou que, na última década – de 2014 a 2024 –, o Brasil viu a quantidade de motoristas cair 20%. Em 2014, existiam 5,5 milhões de condutores de caminhão no País. Já em 2024, apenas 4,4 milhões continuam em atividade. Segundo Lima, quem é motorista não larga a profissão, portanto o grande problema não é a saída dessas pessoas para outros setores, mas sim atração de novos talentos.
Idade por quantidade de motoristas de caminhão 2024
Gráfico: Mobilidade Estadão – Fonte: ILOSObter dados – Criado com Datawrapper
O fim dos motoristas de caminhão autônomos?
No Brasil, a presença de motoristas de caminhão autônomos dominou o mercado desde o início das atividades no país. Conforme Maurício, o perfil desses motoristas que iniciaram há 20 anos convergiu para a descentralização do transporteRODOVIáRIO. Isso porque, modo geral, os homens perdiam seus empregos na indústria, sacavam o fundo de garantia e investiam em um caminhão.
Com o tempo, alguns enriqueciam e criavam suas próprias empresas. Entretanto, esse cenário deixou de existir. “Esse investimento era muito grande, mas era factível. Hoje em dia, o fundo de garantia não é tão bom, e o caminhão ficou muito mais caro”, explica o sócio-diretor do ILOS.
Além disso, Lima explica que esses motoristas que iniciaram há algumas décadas tinham menos visão empresarial. Ou seja, não contabilizavam se os valores recebidos eram compatíveis com os investimentos realizados. Como resultado pela baixa remuneração, a frota dos autônomos foi envelhecendo, sem possibilidade de um novo investimento.
Enquanto ainda era possível comprar novos caminhões e trazer familiares para o ramo, esses motoristas o fizeram. Mas, com as sucessivas crises, eles reduziram a frota e voltaram a trabalhar de forma autônoma.
De acordo com pesquisa do ILOS, a média de caminhões por autônomo, atualmente, é de um veículo. Enquanto isso, as empresas apresentam uma média de 4,2 caminhões. Enquanto a idade da frota dos autônomos é de 22,8 anos, a das empresas é de 9,5. De modo geral, no Brasil, a média é de 14,6 anos.
Portanto, Maurício acredita que o modelo de contratação dos motoristas de caminhão deve mudar.
Empresas de transporte devem virar a chave
Apesar da quantidade de transportadoras ser considerada grande no Brasil, em torno de 201 mil, elas ainda dependem dos motoristas autônomos. “O que está acontecendo de uma forma lenta, mas constante, é que cada vez mais as empresas não têm tanta oferta de autônomo, aí elas têm que ir para um modelo diferente”, explica Lima.
Por isso, as empresas passaram a investir na frota e profissionalização desses profissionais. Enquanto a produtividade ficava em segundo plano quando os autônomos estavam em movimento crescente, agora ela passa a ser fator principal. Por se tratar de empresas, o rendimento é indispensável. Portanto, essa dinâmica de trabalho deve mudar.
“Quando a empresa faz investimento no ativo, essa cobrança por produtividade é muito maior e, com isso, você tende a ter também um aumento do valor de frete”, diz Lima. Porém, o valor dos salários é pouco atrativo. “Não pelo valor absoluto dela, mas também por essa questão de uma jornada diferente”, explica o diretor.
Hoje em dia, ele entende que a questão da segurança e a distância da família tornam a profissão ainda menos interessante para os jovens. Para não sofrer com a falta de mão de obra, as empresas têm apostado em outros públicos, como as mulheres, conta Lima.
Além disso, ele enxerga que há um movimento de contratar pessoas sem experiência e treiná-las, e utilizar o Sistema S, como Senai, Sesc, entre outras. Somada a isso, ele acredita que a dinâmica vai se aproximar da dos motoristas de ônibus. Quanto enfrentam longas distâncias, há uma troca de profissionais para encarar toda a viagem.
Caminhões autônomos vão tirar empregos?
“Possivelmente a gente vai ter caminhão autônomo, mas antes de ter o caminhão autônomo, a gente vai ter um problema de escassez de motorista”, opina Lima. Para ele, o cenário de caminhões sem condutores é uma realidade mais distante para o Brasil. Isso pela falta de infraestrutura adequada, que também acaba por afastar novos motoristas, que não enxergam a ocupação como algo seguro e rentável.
Em países mais desenvolvidos, Maurício pontua que as distâncias costumam ser menores, já que os longos trajetos são feitos pelo transporte ferroviário. No Brasil, esse modal tem pouco investimento e participação no setor de transportes.
Para Maurício, o crescimento tanto do transporte ferroviário como do hidroviário seria bastante positivo para o setor rodoviário. Em distâncias menores, há menos desgaste físico, menos incertezas, o que permite que os motoristas voltem para casa semanalmente. Além de oferecer qualidade de vida, reduz emissões de poluentes, outra pauta importante para o setor.
Tem circulado a informação de que, a partir de 24 de abril de 2025, a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT exigirá do transportador estar em dia junto ao RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas) para o recebimento do Vale-Pedágio Obrigatório (VPO) junto às Fornecedoras de Vale-Pedágio Obrigatório (FVPO) homologadas.
Importante destacar que essa exigência não é uma novidade, já que a Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporteRODOVIáRIOde cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, estabelece que o exercício da atividade depende de prévia inscrição no RNTRC da ANTT.
O prazo acima concedido teve como objetivo permitir que as FVPO ajustassem seus sistemas e alinhamentos operacionais junto aos seus clientes, transportadores ou embarcadores, de modo a garantir a conformidade com a nova Resolução nº 6.024/2023, que regulamenta a comprovação antecipada do Vale-Pedágio Obrigatório.
Em face dessa adequação, cabe às empresas transportadoras alinhar seus sistemas ao novo layout do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), previsto no Manual de Orientação ao Contribuinte – MOC.
Portanto, a partir de 24/04/2025:
§ Será exigido que o Vale-Pedágio esteja comprovadamente antecipado por meio de TAG homologada, conforme prevê a Resolução 6.024/2023;
§ Transportadores com RNTRC vencido ou irregular estarão sujeitos a penalidades e impedimentos nas operações;
§ Embarcadores e contratantes devem assegurar o cumprimento das obrigações legais, sob risco de autuações.
A NTC&Logística reforça seu compromisso com o transporte de cargas e conta com a colaboração de todos os envolvidos na cadeia logística para garantir o cumprimento das normas e o fortalecimento do setor.
O Projeto de Lei 4852/24 desobriga caminhões com grande capacidade de carga de estarem equipados com tacógrafo, dispositivo que registra, de forma inalterável e instantânea, a velocidade e a distância percorrida pelo veículo. A Câmara dos Deputados analisa a proposta.
Na prática, o texto permite que caminhões com peso bruto total acima de 4.536 kg e capacidade de carga superior a 19 toneladas circulem sem tacógrafo sem que isso configure infração de trânsito.
Como é hoje
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro exige o uso do equipamento em veículos de transporte escolar, de passageiros com mais de dez lugares e em veículos de carga com peso bruto total acima de 4.536 quilos. O descumprimento da medida é uma infração grave, sujeitando o motorista a multa e retenção do veículo para regularização.
Penas desproporcionais
Autor do projeto, o deputado Lucio Mosquini (MDB-RO) afirma que o objetivo principal é evitar “penalizações excessivas e desproporcionais para veículos de carga que desempenham papel crucial no transporte da produção nacional”.
Ele ressalta que esses veículos são responsáveis pelo escoamento de mercadorias essenciais para a economia do país, incluindo produtos agrícolas, industriais e bens de consumo. “A aplicação indistinta das penalidades pode comprometer a eficiência logística e aumentar os custos operacionais, com reflexos diretos nos preços ao consumidor final”, alerta o deputado.
Velocidade e horas de direção
Além de registrar a distância percorrida e a velocidade, o tacógrafo registra também a quantidade de horas que o motorista trabalhou. Além disso, o tempo nas paradas e nos intervalos e a velocidade média durante o trajeto.
O equipamento tem como função principal aumentar a segurança no trânsito.
Próximas etapas
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas Comissões de Viação e Transportes, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, é preciso a aprovação do texto na Câmara e no Senado.
Os negócios avançam mesmo com a falta de um planejamento que leve em conta características geográficas e produtivas do país
Os gastos com transporte de carga no Brasil mantêm um ritmo de expansão em patamares históricos, mesmo diante de um cenário de custos logísticos altos, taxas de juros elevadas e infraestrutura rodoviária deficitária. Em 2023, o dispêndio com transporteRODOVIáRIOaumentou 4,2%, chegando a R$ 883 bilhões, impulsionado principalmente pelo aumento na demanda do agronegócio. No ano passado, segundo projeções de especialistas, as despesas superaram R$ 940 bilhões, com alta de quase 7% em relação a 2023. Nem mesmo a acentuada queda da safra de grãos do ano passado atrapalhou os bons resultados das empresas do setor, cujas receitas obtidas com transporte e armazenagem de mercadorias somaram R$ 830 bilhões.
“Outros segmentos da economia, como varejo, e-commerce e indústria, fecharam o ano com melhores índices”, avalia Maurício Lima, sócio-diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos). “Pelo lado da oferta de transportes, o Brasil deu sinais positivos com o aumento no licenciamento de caminhões, que chegou a 120 mil novos veículos adquiridos no ano passado”, diz.
Para Tayguara Helou, diretor do grupo Braspress, uma das maiores transportadoras do país, que atua com 117 filiais e uma frota de mais de 3,3 mil veículos, o cenário, neste ano, não deve se alterar muito. “O setor de transporte passa por inúmeros desafios, pois a ausência de um planejamento logístico voltado para as características geográficas e produtivas do Brasil impõe dificuldades, alta de custos, grande concorrência e pouca fiscalização”, diz ele. Mas a empresa segue a trilha do crescimento, indica Helou. No ano passado, investiu cerca de R$ 120 milhões em infraestrutura, incluindo a compra de 235 novos veículos e 90 carretas. A distribuição estratégica desses veículos, segundo a empresa, contribuirá para fortalecer sua capacidade logística em todo o país.
O grupo Braspress segue a trilha do crescimento. No ano passado, investiu cerca de R$ 120 milhões em infraestrutura, incluindo a compra de 235 novos veículos e 90 carretas, diz o diretor Tayguara Helou — Foto: Divulgação/ Braspress
A gestão eficaz dos custos operacionais envolvidos na operação de transporte de cargas é a melhor forma de alavancar bons resultados, aponta Daniela Medioli, vice-presidente do grupo Sada, um dos maiores conglomerados de logística e transporte de veículos zero-quilômetro da América Latina. “No ano passado, fomos muito pressionados pelos aumentos nos preços dos combustíveis, pedágios e variação cambial. Mesmo assim, conseguimos atingir um resultado positivo: percorremos 595 milhões de quilômetros e movimentamos 2,6 milhões de veículos – um crescimento de 8,5% em relação a 2023 e próximo do que foi o aumento da produção automotiva no país, 9,7% em 2024”, relata.
A evolução se deu de maneira bastante alinhada com os objetivos dos clientes e das novas marcas de automóveis que estão chegando ao mercado, conta Medioli. “Continuamos com um ciclo de investimento no polo automotivo de Goiana (PE), concluímos a renovação do nosso pátio em Camaçari (BA) e estamos trabalhando na unificação de operação de duas bases em São Bernardo do Campo (SP) e em melhorias na filial de Igarapé (MG), onde está situado o maior centro de distribuição de veículos no país”, diz.
A gestão eficaz dos custos operacionais envolvidos na operação de transporte de cargas é a melhor forma de alavancar bons resultados, aponta Daniela Medioli, vice-presidente do grupo Sada — Foto: Fernando Lutterbach/Divulgação
Na vertical de negócios de transporte de carga geral, a Sada deu início às operações de transporte de grãos para exportação, com capacidade instalada de 7,2 mil toneladas/mês. “É um mercado bastante competitivo, mas com boas oportunidades de crescimento e desenvolvimento, já que o Brasil ocupa a liderança mundial na produção e exportação de café”, afirma. Para dar sustentação à expansão nesse nicho de carga geral, a companhia deve investir, em 2025, cerca de R$ 40 milhões, principalmente na aquisição de caminhões e carretas.
De maneira geral, os empresários do transporte rodoviário de carga seguem otimistas em 2025, impulsionados pela previsão de uma safra recorde no agronegócio. “Projetamos um aumento moderado em nossas receitas e temos boas perspectivas de crescimento neste ano, com investimentos estratégicos em tecnologia, armazenamento e transporte”, confia Danilo Guedes, presidente da ABC Cargas, sediada em São Bernardo do Campo. “O ano de 2024 foi de muitas conquistas, tivemos um crescimento de 20% em faturamento, e nosso plano é dobrar de tamanho até 2028”, informa Eduardo Ghelere, CEO da Ghelere Transportes, especializada no transporte de bebidas e manufaturados, com matriz em Cascavel (PR), que aposta, igualmente, em um ritmo positivo de expansão no setor do agronegócio, com as perspectivas de boas safras. “Investimos cerca de R$ 120 milhões na modernização de nossa frota de veículos para conquistar novos clientes”, diz Ghelere.
Com 71 anos de história, a Movecta (ex-Localfrio) reforça a oferta de soluções personalizadas no setor do agronegócio. “Somos um dos maiores atores na oferta de soluções refrigeradas alfandegadas no porto de Santos (SP) e soluções desenhadas sob medida para algodão e equipamentos agrícolas”, contaRodrigo Casado, CEO da Movecta. Outro exemplo, segundo ele, é a operação de montagem de tratores dentro da companhia, ajudando os clientes a reduzir em até 30% as despesas com montagem e tempo de entrega de maquinário. “Este ano, estão previstos mais de R$ 60 milhões na atualização de sistemas, equipamentos de movimentação de cargas e expansão da nossa capacidade de armazenagem”, diz Casado.
Com a sua matriz localizada no polo petroquímico de Paulínia (SP), a TransJordano, que atua em diversas frentes de negócios, com cerca de 1,1 mil colaboradores, investiu, no último ano, cerca de R$ 85 milhões na renovação de sua frota de veículos, com a aquisição de 125 novos caminhões. A empresa acredita que a tecnologia será fator fundamental para acelerar o crescimento ao longo de 2025. “Não apenas aumentando nossa capacidade de expansão, mas também aprimorando nossa abordagem para mitigar os riscos no transporte, especialmente de produtos perigosos”, comenta Joyce Bessa, diretora de Estratégia e Gestão da TransJordano.
Um dos focos do programa de investimentos, segundo Bessa, é o desenvolvimento de novas soluções para melhorar a qualidade de vida dos motoristas. A empresa está oferecendo mais treinamento aos novos colaboradores, quer aumentar a presença feminina no setor de transportes, além de procurar reduzir o consumo de combustíveis e as emissões de poluentes. “Buscamos maximizar a eficiência logística, aperfeiçoando a carga dos veículos e escolhendo rotas mais estratégicas, o que reduz deslocamentos desnecessários e o impacto ambiental”, destaca.
Fonte: Valor Econômico
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