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Ministério dos Transportes lança Programa de Sustentabilidade para Infraestrutura de Rodovias e Ferrovias

Notícias 13 de outubro de 2025

Em busca da qualificação de projetos de concessão e do estímulo à descarbonização, o Ministério dos Transportes lançou, nesta sexta-feira (10), durante o Infra ESG Talks, na sede da B3, em São Paulo, o Programa de Sustentabilidade para Infraestrutura de Rodovias e Ferrovias (PSI). O programa tem potencial para gerar até R$ 21,5 bilhões em novos investimentos e busca promover práticas de resiliência climática e inovação regulatória nas concessões rodoviárias e ferroviárias do país.

“É essencial destinar entre 1% e 2,5% da receita dos projetos a uma infraestrutura resiliente, voltada à transição climática e energética. Isso nos torna elegíveis para fundos de infraestrutura. Essa agenda é estratégica para atrair investidores interessados no Brasil e para que os projetos incorporem essa cultura de responsabilidade em todas as esferas governamentais”, afirmou o secretário-executivo do ministério, George Santoro.

O PSI foi concebido com base nas Portarias nº 622/2024 e nº 689/2024, que vinculam a emissão de debêntures de infraestrutura ao cumprimento de parâmetros ESG. O modelo permite que as concessionárias destinem até 2% das novas receitas a investimentos sustentáveis, com possibilidade de reequilíbrio prévio das receitas para garantir o início imediato dos projetos.

A execução será viabilizada dentro de um ambiente de sandbox regulatório, com duração mínima de dois anos, que permitirá testar e aperfeiçoar os instrumentos regulatórios em ambiente controlado. O programa funciona como um projeto-piloto de regulação, oferecendo segurança jurídica e previsibilidade às concessionárias participantes.

“Estamos diante de um setor em plena expansão, fundamental para o crescimento do Brasil. Esta é uma alavanca para superar a falácia de que desenvolvimento e conservação ambiental não podem andar conjuntamente. Eles devem, e podem, avançar juntos”, ressaltou o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Felipe Queiroz.

Durante o período de vigência do PSI, as concessionárias deverão apresentar planos de investimento que atendam aos 470 requisitos técnicos definidos por comissões compostas por representantes do governo federal e do setor privado. Ao final, os resultados serão avaliados e ajustados conforme a necessidade de aprimoramento do modelo.

Estrutura

O PSI organiza as concessionárias em três níveis de classificação:

• Nível 1: cumprimento dos requisitos básicos para emissão de debêntures sustentáveis;
• Nível 2: possibilidade de aplicar até 2% das novas receitas em projetos ESG;
• Nível 3: autorização para que a ANTT avalie investimentos que ultrapassem o limite de 2%.

Além disso, o programa incorpora o projeto Corredores Logísticos Verdes, que conecta rodovias, ferrovias e portos em planos integrados de sustentabilidade. A ação busca reduzir emissões e aumentar a resiliência climática nas infraestruturas de transporte, por meio de medidas coordenadas entre diferentes modais.

Um exemplo é o corredor que conecta a EPR Litoral Pioneiro, concessionária da BR-277/PR, que liga Curitiba a Paranaguá e o Porto de Paranaguá, cujo planejamento e execução vêm sendo discutidos com a concessionária e parceiros desde 2024.

“Mais do que uma inovação na infraestrutura de transportes, essa iniciativa tem impacto direto na vida das pessoas. Ao conectar os modais de forma sustentável e eficiente, reduzimos emissões, ampliamos a competitividade do país e garantimos que bens e serviços cheguem com mais agilidade e menor custo à população. É um modelo que olha para o futuro, mas que começa a transformar o presente, conectando desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental”, destacou o secretário-executivo do MT, George Santoro.

O subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Benevides, também participou do evento e ressaltou que a sustentabilidade deve avançar por meio de ações concretas, como as previstas no PSI. Segundo ele, é fundamental regular, ampliar, mensurar e transformar processos, com metas claras e impacto real, para garantir resultados efetivos no setor de transportes.

Infra ESG Talks
Promovido pela ANTT, com apoio do Ministério dos Transportes, da B3, do Grupo Brasil Export e da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Infra ESG Talks reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor privado para discutir sustentabilidade e inovação na infraestrutura de transportes, destacando práticas que aliam desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental.

FONTE: Ministério dos Transportes / FOTO: Ministério dos Transportes

Medicamento para Todos, novo benefício para o trabalhador do TRC.

Notícias 13 de outubro de 2025

Uma das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho deste ano, firmada entre o Transcares e o Sindirodoviários traz o benefício Medicamento para Todos, que passou a vigorar a partir de 1º de setembro de 2025 e que consiste na oferta gratuita de todos os medicamentos classificados como Genéricos e/ou Similares para todos os trabalhadores empregados das empresas representadas pelo Transcares na base territorial do Sindirodoviários.

Mais informações sobre o benefício:

- O benefício é obrigatório?

Sim, é obrigatório e será custeado pelo empregador por cada empregado contratado, independentemente da função. A única exceção são aprendizes e empregados com contrato de trabalho suspenso.

- Qual o valor a ser pago pelo empregados?

A empresa pagará o valor fixo de R$ 16,50 mensais por cada trabalhador beneficiário.

- Qual a data limite para inclusões e exclusões de beneficiários?

O prazo para movimentação de empregados (inclusões e exclusões) é até o dia 25 de cada mês, mesmo que recaia em dia não útil. Movimentações feitas a partir do dia 26 só serão válidas para a vigência seguinte.

- Quem é o responsável pela gestão do benefício convencional?

O Medicamento para Todos será gerido e administrado pela D'Mabe, que formalizará um termo de adesão com as empresas empregadoras para a oferta do benefício.

O atendimento é realizado de segunda à sexta-feira, das 09h às 18h (exceto feriados).

Contatos da D’Mabe:

Telefone: (31) 3517-4444 / WhatsApp: (31) 99585-2345

E-mail: contato@dmabe.com.br

- Como o empregado deve proceder para solicitar o medicamento?

Após assinatura do Termo de Adesão junto à D’Mabe, por cada empresa abrangida, bem como o cadastro de colaboradores, o empregado deverá entrar em contato com a Central de Atendimento pelo whatsapp (11) 3042-0027. Em seguida, informará seus dados e apresentará receita médica válida emitida pelo prestador de serviço de saúde contratado pelo empregador ou por médico credenciado ao Medicamento para Todos (neste caso, não poderá haver emissão de atestados médicos).

O medicamento deverá ser solicitado em até 30 dias da data de emissão da receita médica. Para medicamentos de uso contínuo, a receita deverá ser renovada a cada 60 dias.

- Dependentes também poderão aderir ao benefício?

Os dependentes que queiram vão poder aderir ao benefício, sem custo para a empresa, com desconto direto na folha de pagamento do empregado.

- Qual o prazo de entrega do medicamento?

Confirmada a disponibilidade, o medicamento será entregue no endereço informado pelo empregado, em horário comercial, no prazo de 2 a 5 dias úteis, mediante retenção da receita (se exigida).

 

Importante: Solicitamos que eventuais falhas na prestação do serviço relacionado ao Benefício Medicamento para Todos nos sejam informadas pelo e-mail:
transcares@transcares.com.br

Câmara aprova acordo internacional sobre transporte de cargas

Notícias 10 de outubro de 2025

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (9), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 655/25, que contém a Convenção Aduaneira sobre o Transporte Internacional de Mercadorias ao Abrigo das Cadernetas TIR.

O texto, relatado pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP), seguirá para análise do Senado. O Brasil mantém acordos internacionais com diversos países e entidades, e, pela Constituição, esses instrumentos devem ser aprovados pelo Congresso Nacional.

TIR (Transportes Internacionais Rodoviários) é um sistema de trânsito de cargas baseado em convenção da Organização das Nações Unidas (assinada em 1949 e atualizada em 1975), implementado em âmbito global como parceria público-privada. O acordo abrange quase 80 países.

Os titulares de Cadernetas TIR são os transportadores que podem desenvolver as atividades sob regime aduaneiro que facilita, a veículos com determinados selos alfandegários, a circulação entre os diferentes países.

O benefício exige aprovação de veículos e contêineres, sistema de garantia internacional, o uso de Cadernetas TIR, o reconhecimento recíproco dos controles aduaneiros e o acesso controlado ao sistema TIR.

FONTE: NTC&Logística/ FOTO: NTC&Logística

Desafios e cenário do TRC ganham voz em podcast dos Cartórios de Protesto - Seccional ES

Notícias 10 de outubro de 2025

Um bate-papo sobre o panorama nacional e tendências do transporte rodoviário de cargas e logística, desafios da logística e infraestrutura capixaba, transição energética, gestão sindical e associativismo, trajetória pessoal e legado. Foi com base nesses tópicos que transcorreu a participação do presidente do Transcares, Luiz Alberto Teixeira, ao PodES, podcast dos Cartórios de Protesto - Seccional ES. A gravação foi realizada na quarta-feira, 8, em Vitória, conduzida pelo jornalista Rubem Roschel.

                                         

Recém-lançado, o PodEs é um projeto focado em destacar o desenvolvimento do Espírito Santo, dando voz a empresários e empreendedores capixabas que impulsionam a economia local. Os oito primeiros episódios serão amplamente divulgados a partir de novembro, e os programas vão focar em uma grande variedade de temas – turismo, negócios, economia, empreendedorismo, agro, crédito, varejo e serviços.

Um dos principais posicionamentos destacados por Teixeira foi o desafiador ano de 2025 para o segmento. “Março costuma ser um mês muito bom para o transporte de cargas e logística, e o resultado deste ano já havia mostrado que 2025 não seria tão bom quanto os anos anteriores. E esse cenário é geral, até as grandes empresas seguraram investimento. O resumo do ano é este: ou a empresa não investiu, ou estagnou ou decresceu.”

Quando for ao ar, o conteúdo do PodEs será disponibilizado no canal do YouTube do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção Espírito Santo (IEPTB-ES), Spotify, Deezer e redes sociais do IEPTB-ES).

Fonte: Anna Carolina Passos


Porto de Itajaí receberá investimento de R$ 844 milhões para modernização e expansão logística

Notícias 09 de outubro de 2025

A Autoridade Portuária de Santos (APS) anunciou, nesta segunda-feira (6), um plano de investimentos de R$ 844 milhões para modernizar e expandir o Porto de Itajaí. O objetivo é reforçar o terminal catarinense como um hub logístico e turístico estratégico para o Brasil. Desde que assumiu a gestão em janeiro de 2025, após o fim da cessão do Porto ao município, a APS vem implementando obras estruturais e tecnológicas que aumentam a competitividade e a capacidade operacional do terminal.

Segundo o presidente da APS, Anderson Pomini, até julho de 2025 o Porto de Itajaí movimentou 2,3 milhões de toneladas, com projeção de superar o volume e o número de contêineres dos últimos três anos. “A retomada da dragagem e a homologação dos calados operacionais foram essenciais para garantir segurança, profundidade adequada e eficiência logística.”

Retirada do navio Pallas e tecnologia de monitoramento

Entre os destaques do plano de investimentos, está a retirada do navio Pallas, naufragado há cerca de 100 anos, com custo estimado em R$ 68 milhões, além da modernização dos molhes Norte e Sul e da implantação do Sistema VTMIS e do SmartPorto, tecnologias que permitem monitoramento de tráfego aquaviário e segurança integrada. A expansão da área alfandegada, modernização de scanners e gates, e o sistema rodoviário integrado reforçam a eficiência operacional e reduzem gargalos logísticos.

O Porto de Itajaí também investe em turismo marítimo, com o Terminal de Cruzeiros, projeto de R$ 300 milhões e Master Plan previsto para fevereiro de 2026. No primeiro semestre de 2025, o Porto já superou o faturamento total de 2024 e gerou R$ 2,4 milhões em ISS para o município. A APS ainda promove capacitação profissional para jovens e adultos, e investe R$ 280 mil em projetos culturais e esportivos.

Fonte: Transporte Moderno

Não fique de fora do Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM

Notícias 09 de outubro de 2025

As inscrições estão abertas para o Congresso NTC 2025 – XVIII Encontro Nacional da COMJOVEM. O evento, que reúne empresários do Transporte Rodoviário de Cargas de todo o Brasil, será realizado no Club Med Lake Paradise, em Mogi das Cruzes (SP), entre os dias 27 e 30 de novembro de 2025.

Realizado pela NTC&Logística, em conjunto com a COMJOVEM – Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística, o Congresso consolidou-se como um ambiente propício para a troca de conhecimentos, networking e desenvolvimento de parcerias estratégicas. Representantes de federações e sindicatos do setor de todo o país reúnem-se com os Núcleos Regionais da Comissão para discutir as perspectivas do setor, participar de atividades de interesse empresarial e celebrar conquistas alcançadas.

A programação oficial constará de painéis de discussão, palestras de motivação, workshops como ferramentas de aprendizagem teórica e prática, e outras experiências produtivas. Na programação de lazer, os participantes terão a oportunidade de desfrutar das belezas naturais e aproveitar as comodidades oferecidas pelo Club Med Lake Paradise.

Faça já sua inscrição aqui.

Realização

  • NTC&Logística – Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística

Entidade Anfitriã

  • FETCESP – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e Sindicatos filiados

Patrocínio

  • Astra Capital
  • Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas
  • RANDS
  • SpeedMax
  • TGID
  • TOTVS
  • Transpocred
  • TruckPag

Apoio Institucional

  • Sistema Transporte – CNT / Confederação Nacional do Transporte / SEST SENAT – Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte / ITL – Instituto de Transporte e Logística
  • FuMTran – Fundação Memória do Transporte

Apoio Logístico

  • Braspress
Fonte: NTC&Logística

CNT destaca papel da qualificação e da prevenção na transição justa para o trabalho decente

Notícias 09 de outubro de 2025

A CNT apresentou, nessa quarta-feira (8), as contribuições do Sistema Transporte para enfrentar os impactos das mudanças climáticas sobre os trabalhadores, com foco na prevenção, qualificação profissional e promoção de empregos verdes. A participação ocorreu durante o “Seminário Pré-COP30: promovendo trabalho decente e transição justa”, realizado em Brasília pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) em parceria com a OIT (Organização Internacional do Trabalho).

O evento reuniu representantes do setor produtivo, do governo, de centrais sindicais e de organismos internacionais com o objetivo de debater políticas públicas voltadas à transição justa e ao fortalecimento do trabalho decente diante das mudanças climáticas.

Durante o painel “Proteção Social, Estresse Térmico e Saúde e Segurança do Trabalho”, o gerente executivo de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNT, Frederico Melo, fez um alerta sobre os riscos da exposição prolongada ao calor extremo, especialmente para os profissionais do transporte. “Pagar pelo perigo não reduz o perigo. Pagar pela insalubridade não afasta os trabalhadores dos agentes nocivos”, afirmou ao avaliar a prática de compensações financeiras sem a implementação de medidas efetivas de proteção.

Melo ressaltou que o Brasil tem uma das regulamentações mais avançadas do G20 sobre exposição ao calor – a exemplo do Anexo 3 da NR-9 (Norma Regulamentadora nº 9) – e defendeu que esse marco seja valorizado e continuamente aprimorado. Ele lembrou que o setor de transporte, que reúne cerca de 190 mil empresas e emprega 2,8 milhões de trabalhadores, está diretamente exposto aos efeitos do estresse térmico e depende de políticas públicas que incentivem a adaptação tecnológica e a prevenção.

Descarbonização e qualificação como pilares da transição

Outros pontos abordados foram a descarbonização da frota rodoviária e o reequilíbrio da matriz de transporte. O gerente destacou que, embora o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tenha destinado R$ 10 bilhões para a compra de ônibus elétricos, o custo elevado e a falta de infraestrutura ainda representam obstáculos à expansão do modelo. Melo defendeu o uso de alternativas como o diesel verde e o biometano, que reduzem o impacto ambiental sem exigir grandes adaptações na infraestrutura.

A qualificação e requalificação profissional também foram tratadas como prioridades. O Sistema Transporte, por meio do SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) e do ITL (Instituto de Transporte e Logística), já oferece cursos voltados à saúde e à segurança do trabalhador, além de capacitações técnicas para gestores a fim de promover o trabalho decente. “A transição justa não é apenas sobre tecnologia. Ela é, antes de tudo, sobre pessoas”, reforçou Melo.

Participação institucional 

O evento também abordou a inclusão de migrantes e grupos vulneráveis na nova economia. Com cerca de 1,5 milhão de migrantes no Brasil e apenas 230 mil em empregos formais, os chamados empregos verdes foram apontados como oportunidade de integração e dignidade.

Ao final do Seminário, os participantes ressaltaram que o enfrentamento das mudanças climáticas exige diálogo, técnica e solidariedade entre os diversos setores da sociedade. A CNT destacou que o Sistema Transporte estará presente na COP30, por meio da da Estação do Desenvolvimento – espaço temático que será instalado em Belém (PA), durante a Conferência, voltado à apresentação de iniciativas para uma transição justa. A Estação funcionará como ambiente de articulação entre governo, setor produtivo, trabalhadores e sociedade civil, reunindo experiências, tecnologias e políticas públicas que promovam trabalho decente, proteção social e geração de empregos verdes em resposta à crise climática.

A programação do Seminário Pré-COP30 contou com quatro painéis temáticos ao longo do dia, abordando transição justa, proteção social, saúde e segurança no trabalho, formação profissional e criação de empregos verdes. A abertura oficial teve a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; do diretor da OIT Brasil, Vinícius Carvalho Pinheiro; da diretora executiva da COP30, Ana Toni; do campeão climático de alto nível da COP30, Dan Ioschpe; e do enviado especial da Presidência da COP30 para os sindicatos, Clemente Ganz Lúcio. 

Veja aqui como foi o Seminário.


Por Agência CNT Transporte Atual

Sistema Transporte fortalece presença do setor na COP30 com participação confirmada nas Blue e Green Zones

Notícias 09 de outubro de 2025

O Sistema Transporte tem participação confirmada na programação da área oficial da COP30, em Belém (PA), que acontece em novembro. A Entidade promoverá quatro painéis – três na Blue Zone e um na Green Zone – selecionados pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) e divulgados pelo órgão federal.

Os temas dos painéis contemplam eixos importantes para o debate sobre descarbonização do setor e aceleração da transição energética no país: “Infraestrutura Resiliente e Adaptação Climática no Transporte”, “Pactos Multiníveis e Descarbonização do Transporte”, “Múltiplas Soluções para a Descarbonização do Transporte” – apresentados no pavilhão Azul; e o painel “Financiamento Verde e Políticas Econômicas para o Transporte Sustentável”, que integra a programação do pavilhão Verde.

“A presença ativa do Sistema Transporte na COP30 é resultado de um trabalho contínuo que fazemos desde a COP27, para colocar o transporte no foco do debate, pois sabemos do potencial do setor para a aceleração da transição energética no país”, pontua Vander Costa, presidente do Sistema Transporte.

A Instituição tem uma longa trajetória em iniciativas que promovem práticas sustentáveis, com programas como o Despoluir, que completou 18 anos em 2025. “Os painéis que apresentaremos na área oficial representam uma oportunidade valiosa para amplificar nossas propostas e somar forças a integrantes de governos e das empresas para o desenvolvimento sustentável”, completa o executivo.

Com sólida participação nas Blue e Green Zones, o Sistema Transporte reafirma o setor como parte essencial da solução na descarbonização e com capacidade para impulsionar a inovação, atrair investimentos e promover uma transição energética justa e eficaz alinhada às metas climáticas globais.

Setor que movimenta o Brasil

A transversalidade do setor, cujas atividades interagem com toda a cadeia produtiva e das quais dependem a agricultura, a indústria e o comércio, o posiciona como um vetor fundamental para a transição energética e para o desenvolvimento sustentável no Brasil, trazendo também desafios, como a redução das emissões de GEE (gases de efeito estufa) em todos os modais — rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo.

Entre as soluções, o Sistema Transporte defende iniciativas integradas que compreendam mudanças estruturais, como a multimodalidade e a renovação da frota; inovações com o desenvolvimento de novas tecnologias e biocombustíveis; além do fomento da transformação comportamental por meio de conscientização e capacitação dos profissionais do setor – desde motoristas até a alta gestão das empresas.

Dessa forma, o Sistema Transporte chega à COP30 como um importante articulador e mobilizador multissetorial capaz de contribuir ativamente para a transição energética e a descarbonização no Brasil.

A seguir, confira os painéis do Sistema Transporte na área oficial da COP30:

“Infraestrutura Resiliente e Adaptação Climática”

10/11 – Pavilhão Azul | Eixo 2 – Adaptação aos efeitos da emergência climática

O painel propõe o debate sobre como preparar rodovias, portos, ferrovias e hidrovias para o enfrentamento dos impactos em eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e deslizamentos, garantindo a segurança da população, a continuidade operacional e da logística nacional.

Serão apresentadas experiências de medidas de adaptação já em curso, como a inclusão de cláusulas de sustentabilidade em contratos de concessão, a implementação de infraestruturas resilientes, além de aprendizados recentes a partir de situações que causaram impactos severos no Brasil.

O objetivo é avaliar estratégias para adaptar a infraestrutura de transporte às mudanças climáticas a partir de políticas nacionais, planos regionais e inovações do setor privado, como infraestrutura verde, sistemas de alerta, digital twins e investimentos, além de discutir sobre a Portaria MT nº 622/2024, do Ministério dos Transportes, que destina recursos de concessões rodoviárias à adaptação.

Financiamento Verde e Políticas Econômicas para o Transporte Sustentável

14/11 – Pavilhão Verde | Eixo 3 – Financiamento climático
 
O painel propõe o debate sobre como o Brasil pode promover o desenvolvimento sustentável do setor por meio de políticas fiscais, tributárias, creditícias, regulatórias e financeiras que incentivem investimentos públicos e privados em iniciativas sustentáveis, considerando meios de acesso das empresas de transporte a linhas de financiamento, crédito, debêntures, green bonds, títulos verdes soberanos, entre outros. 

O objetivo é identificar caminhos para fortalecer o arcabouço de financiamento climático no transporte, alinhados à NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) do Brasil, à Taxonomia Sustentável e ao Plano Clima, com foco em escalabilidade, inclusão e cooperação entre governos, bancos de desenvolvimento e setor privado. O painel também buscará destacar como os instrumentos financeiros internacionais podem ser acessados por empresas do setor.

Pactos Multiníveis para a Descarbonização do Transporte

14/11 – Pavilhão Azul | Eixo 4 – Governança climática participativa e multinível
 
O painel discutirá como diferentes arranjos e estratégias institucionais podem cocriar compromissos de descarbonização junto aos setores público e privado, fortalecendo a governança climática participativa no transporte. Serão debatidas experiências nacionais de pactos climáticos, a integração com o Plano Clima, Taxonomia Sustentável e a NDC brasileira, além dos desafios para garantir transparência, monitoramento e inclusão de todos os atores. 

A atividade visa mostrar como iniciativas multilaterais (Programa Despoluir, Hub de Biocombustíveis e Elétricos e Coalizão do Transporte pela Descarbonização, Aliança pelo Transporte Sustentável Resiliente e Integrado na Amazônia), além de estudos e diagnósticos setoriais (Inventário de Emissões e Pesquisa de Perfil Empresarial), podem estruturar, em alinhamento com as metas nacionais e globais, compromissos conjuntos de descarbonização do transporte e transformar esses pactos em ações que fortaleçam a resiliência, a competitividade e a justiça climática no setor.

Múltiplas Soluções para a Descarbonização do Transporte

15/11 – Pavilhão Azul | Eixo 1 – Mitigação de emissões de GEE
 
O painel apresentará as diversas possibilidades de soluções para reduzir as emissões do setor de transporte, destacando projetos já em curso e novas tecnologias para diferentes modais. Serão discutidos desafios e experiências na adoção de combustíveis alternativos, como o SAF, o diesel verde, o biometano e o etanol, além do hidrogênio de baixo carbono e da eletrificação, ressaltando o papel do Brasil como líder global em biocombustíveis e inovação logística. 

Será uma oportunidade para aprofundar o debate sobre o papel dessas tecnologias para acelerar a redução de emissões em alinhamento às metas da NDC do Brasil e à Lei nº 14.993/2024 (Combustível do Futuro), integrando políticas públicas, investimentos privados e cooperação internacional.

Para saber mais sobre a preparação do setor para a COP30, acesse o site do projeto O Transporte e a COP30.

Operação Safra Oeste 2025 identifica mais de 200 irregularidades fiscais no transporte de cargas

Notícias 09 de outubro de 2025

A Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba) realizou uma operação fiscal em setembro deste ano, no Oeste baiano, que detectou a circulação irregular de mercadorias sem nota fiscal, ausência de pagamento do ICMS na saída interestadual de produtos e mercadorias com descritivo da nota fiscal diferente do produto transportado e outras irregularidades. Conhecida como operação Safra Oeste 2025, identificou ao todo 216 ações irregulares.

Essa região concentra a maior produção de grãos do estado, uma das maiores do país, com a estimativa de colher 12,74 milhões de toneladas de grãos e fibras este ano. Os principais produtos agrícolas são a soja, o algodão e o milho.

A operação foi realizada a partir do monitoramento em pontos estratégicos, incluindo abordagens a caminhões de transporte de cargas e conferências de documentos fiscais.

Segundo estimativas da Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), a região vai alcançar, em 2025, 8,71 milhões de toneladas, 2,02 milhões de toneladas e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente. Outros produtos monitorados pela Operação Safra Oeste incluem café, feijão, trigo, farinha de trigo, goma de tapioca, açúcar, sementes de capim, gado, madeira serrada e etanol.

O monitoramento foi realizado em alguns pontos estratégicos nos municípios de Barreiras, Muquém do São Francisco e Correntina. As abordagens continuarão a acontecer em outros locais, segundo a programação de fiscalização para toda a região Oeste. Um monitoramento online foi implementado pela Barreira Fiscal Digital, para tornar mais eficaz a identificação de inconsistências nas informações prestadas pelos transportadores.

Fonte: Metro1 

MelhorAR: Seminário marca lançamento de programa tornar transporte rodoviário mais sustentável

Notícias 09 de outubro de 2025

Com o desafio de conciliar desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental, a Infra S.A. lançou, nesta terça-feira (07), o MelhorAR, programa que pretende transformar o transporte rodoviário de cargas e passageiros numa atividade cada vez mais eficiente e sustentável. A iniciativa, realizada em parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), prevê a criação de uma rede nacional para monitorar emissões, estabelecer critérios de avaliação e certificar veículos com baixos níveis de poluição.

As informações geradas pela rede serão consolidadas e divulgadas pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL). Os dados vão subsidiar estudos técnicos para fortalecer o planejamento de longo prazo para o setor de transportes.

O programa, de acordo com o diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, tem como foco a melhoria da qualidade do ar, o uso eficiente de combustíveis e a criação de uma estrutura nacional de monitoramento de emissões.

“Sabemos que planejar o futuro significa também cuidar do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas. O MelhorAR é, portanto, uma iniciativa que reflete o Brasil que queremos construir: um país que alia crescimento econômico, inovação tecnológica e responsabilidade ambiental”, afirmou Bastos.

Entre as ações do programa, está ainda o Selo MelhorAR, uma certificação ambiental que reconhecerá transportadores e empresas comprometidos com a redução de emissões, estimulando práticas sustentáveis em todo o país.

Tecnologia e inovação no transporte

O diretor de Mercado e Inovação da Infra S.A., Marcelo Vinaud, ressaltou o papel da tecnologia na construção de um novo modelo de transporte.

“Estamos criando uma espiral positiva: estradas melhores, logística mais eficiente e um transporte que cuida do meio ambiente e da economia. Quando um veículo emite menos, ele consome menos, roda melhor e cumpre sua função com mais eficiência.”

Na mesma linha, a secretária nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, Viviane Esse, destacou que a infraestrutura moderna permite reduzir emissões por meio do free-flow, da pesagem dinâmica e da integração de veículos elétricos, além de criar corredores verdes com câmeras térmicas para prevenção de acidentes.

Cloves Benevides, subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes acrescentou: “Estamos oferecendo uma contribuição concreta – a capacidade de mensurar e melhorar a qualidade de vida dos operadores de transporte e das equipes logísticas, diariamente expostas às emissões”.

A abertura do evento contou ainda com representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.

Rumo a um Brasil mais sustentável

O Programa MelhorAR busca consolidar uma política pública de transporte sustentável. A expectativa é que a iniciativa reduza emissões, fortaleça a inovação tecnológica e promova uma logística mais limpa e competitiva, reforçando o compromisso do país com o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população.

O evento também promoveu uma série de painéis temáticos que aprofundaram os principais eixos do Programa MelhorAR, reunindo especialistas e representantes dos setores público e privado.

O Painel 1 apresentou as oportunidades e o potencial da iniciativa; o Painel 2 debateu os desafios e os incentivos para a renovação de frotas; o Painel 3 trouxe dados e evidências sobre os impactos da poluição do ar na saúde e na economia, e o Painel 4 destacou o papel do Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL) na formulação de políticas públicas baseadas em dados e na redução das emissões do setor de transporte.

A programação do seminário segue nesta quarta-feira (8/10), a partir das 9 horas, no auditório da Infra S.A., com transmissão ao vivo pelo canal da Infra S.A. no YouTube: https://www.youtube.com/@infrasa.oficial

As fotos do evento podem ser acessadas no flickr oficial da Infra S.A.: https://www.flickr.com/photos/infrasa/


Fonte: INFRA S.A. 

Ministério dos Transportes investe em mobilidade para conciliar rodovias e cidades

Notícias 09 de outubro de 2025

Equilibrar o intenso fluxo de veículos que circulam pelo país, líder global na produção de alimentos, tem sido um dos principais compromissos do Ministério dos Transportes. Nesta quinta-feira (2), durante o 1º fórum Brasil de Ideias – Segurança Jurídica e Infraestrutura, realizado no Rio de Janeiro, o ministro Renan Filho apresentou as principais ações da pasta para modernizar a logística nacional e reduzir os tempos de deslocamento.

“A trajetória de desenvolvimento que o nosso país vem trilhando reflete o comprometimento e a visão estratégica que o Governo Federal tem dedicado incansavelmente. Os projetos de infraestrutura implantados nesta gestão não apenas impulsionaram a modernização dos ativos públicos, mas também geraram um impacto positivo substancial na economia, promovendo a criação de empregos e a geração de renda para milhões de brasileiros”, afirmou o ministro.

Atualmente, parte dos desafios está concentrada em equacionar a dinâmica das viagens nas rodovias, considerando os mais de 3 milhões de caminhões registrados no Brasil em 2024. Esses veículos transportam toda a cadeia do agronegócio, seja para abastecer o mercado interno ou para exportação. Além disso, o país conta com mais de 63 milhões de automóveis e 28 milhões de motocicletas.

O trabalho consiste em diminuir os gargalos que tornam a infraestrutura logística ainda mais desafiadora nos trechos de maior congestionamento entre diferentes categorias de veículos, como os acessos a grandes cidades, bairros movimentados e fronteiras.

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Infraestrutura no pódio

“O Brasil está retomando obras históricas importantíssimas e realizando outras adicionais. Não é à toa que estamos batendo recordes de exportação, mesmo sob a tarifa americana. A infraestrutura certamente ajuda muito nesse contexto, pois eleva a produtividade da economia e garante novas alternativas”, reforçou Renan Filho.

Entre as medidas em curso, o Ministério dos Transportes tem priorizado a implantação de novos corredores rodoviários e ferroviários em diversas regiões. A intenção é descentralizar a logística, atualmente concentrada no Sudeste, reduzir os engarrafamentos e fomentar o desenvolvimento regional, por meio de modais mais eficientes e com menor custo.

Diversas frentes de obras também estão em andamento para revitalizar a malha viária nacional, com o uso de novas tecnologias e materiais de maior durabilidade. A meta é oferecer estradas mais seguras, resilientes e capazes de reduzir os sinistros no trânsito.

“Já realizamos 17 leilões de rodovias, com 15 vencedores diferentes. Ou seja, transparência, democratização do acesso às estradas e atração de investimentos internacionais são nossos objetivos”, concluiu Renan Filho.

Jeitinho carioca

O Rio de Janeiro é um dos mais importantes centros econômicos do Sudeste, devido ao alto fluxo de turistas e de mercadorias. Os investimentos do Governo Federal na melhoria da infraestrutura de transportes do estado passaram de R$ 92,3 milhões em 2022 para R$ 132,2 milhões disponíveis em 2025, um aumento de aproximadamente 43%. Somente em 2024, foram destinados R$ 72,9 milhões para obras em rodovias e ferrovias fluminenses.

Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes

Com 1,3 milhão de caminhões, o estado brasileiro detém a maior frota do país – maior do que a de muitos países europeus – e sustenta uma logística que movimenta trilhões de reais por ano

Notícias 08 de outubro de 2025

Nas estradas que cruzam o coração econômico do país, um exército de aço e borracha mantém o Brasil em movimento. Com mais de 1,3 milhão de caminhões registrados, o estado de São Paulo concentra a maior frota de transporte rodoviário de carga do Brasil – um número que supera sozinho o total de veículos pesados de países inteiros, como Portugal, Noruega e Suécia somados.

Esses caminhões formam a espinha dorsal da economia nacional, responsáveis por escoar cerca de 65% de toda a produção brasileira. A dimensão dessa frota reflete o papel estratégico de São Paulo como centro logístico da América do Sul e explica por que o estado é considerado o “motor do transporte nacional”.

Maior frota de caminhões do Brasil impulsiona 30% do PIB nacional

Segundo dados do DENATRAN (2024) e da CNT (Confederação Nacional do Transporte), o estado de São Paulo abriga aproximadamente 1.350.000 caminhões, o equivalente a 25% da frota nacional.

Esse volume é sustentado por uma infraestrutura rodoviária sem paralelo no país – são 135 mil quilômetros de estradas, das quais 35 mil são pavimentadas, conectando polos industriais, portos e centros de distribuição.

Além disso, mais de 20 mil empresas de transporte de carga têm sede no estado, empregando cerca de 400 mil motoristas ativos. A cadeia logística paulista é tão robusta que, sozinha, movimenta mais de R$ 1,2 trilhão em mercadorias por ano, segundo o Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL).

Porto de Santos e entroncamento rodoviário fazem de São Paulo um hub continental

O epicentro dessa engrenagem logística está no Porto de Santos, o maior da América Latina. Por ele, passam 30% de todas as exportações brasileiras, especialmente soja, carne, açúcar e minério de ferro.

A ligação direta entre o interior do estado – que abriga polos industriais em Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba – e o porto é feita por rodovias que figuram entre as melhores do país: Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco e Dutra.

Essa rede de infraestrutura rodoviária e portuária coloca São Paulo entre os principais corredores logísticos do hemisfério sul, conectando-se a outros estados e países vizinhos por meio do Mercosul.

Frota paulista supera países inteiros e redefine o transporte sul-americano

A dimensão da frota paulista impressiona quando comparada internacionalmente:

  • a Espanha, com território semelhante, tem cerca de 600 mil caminhões;
  • a Alemanha, potência industrial, conta com pouco mais de 1 milhão;
  • já o Reino Unido tem cerca de 500 mil veículos pesados registrados.

Ou seja: São Paulo, sozinho, opera mais caminhões do que qualquer país europeu fora da Alemanha.

De acordo com a União Internacional de Transporte Rodoviário (IRU), esse número coloca o estado entre as 10 maiores concentrações de transporte rodoviário do planeta, à frente de nações inteiras com redes logísticas mais antigas.

Rodovias recordistas e desafios de mobilidade

Com uma frota gigantesca, vem também o desafio da fluidez. Caminhoneiros enfrentam engarrafamentos que podem ultrapassar 50 quilômetros nos principais eixos de ligação com o litoral e o interior, especialmente na Rodovia dos Imigrantes e na Via Anchieta durante feriados e colheitas agrícolas.

O trânsito intenso levou o governo estadual e a iniciativa privada a investir pesado em infraestrutura. Desde 2020, mais de R$ 10 bilhões foram aplicados em duplicações, faixas adicionais e concessões rodoviárias, com destaque para o projeto Nova Tamoios e o Rodoanel Norte, que deve aliviar o tráfego de cargas pesadas na capital.

Motoristas e tecnologia: o futuro do transporte de carga

O perfil do caminhoneiro paulista também vem mudando. A idade média dos profissionais passou de 38 para 44 anos nos últimos 15 anos, e há uma preocupação crescente com a renovação da categoria. O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo (Sindicam-SP) estima que, até 2030, mais de 100 mil motoristas deverão se aposentar sem substitutos diretos.

Em contrapartida, a tecnologia embarcada está transformando o setor. Grandes empresas já operam caminhões semi-autônomos e elétricos, equipados com sensores, telemetria em tempo real e rotas otimizadas por inteligência artificial. A Volkswagen Caminhões e Ônibus, com sede em São Bernardo do Campo, lidera os testes do e-Delivery, o primeiro caminhão elétrico 100% fabricado no Brasil.

Essas inovações visam reduzir emissões e aumentar a eficiência em um estado onde os caminhões consomem cerca de 4 bilhões de litros de diesel por ano.

Economia de trilhões: por dentro da engrenagem que não pode parar

O impacto econômico da frota paulista é colossal. Estima-se que, a cada 10 produtos consumidos no Brasil, sete passam por um caminhão que circula ou cruza São Paulo em algum momento da cadeia logística.

De insumos industriais e alimentos a exportações agrícolas, tudo depende desse sistema rodoviário. Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), o transporte rodoviário paulista movimenta mais de R$ 3 trilhões em mercadorias por ano, valor que corresponde a três vezes o PIB de Portugal.

Não por acaso, o estado concentra as maiores transportadoras da América Latina, como JSL, Braspress e Transpanorama, além de milhares de pequenos autônomos que cruzam o país de norte a sul.

Futuro elétrico e sustentabilidade

A discussão sobre o futuro da logística paulista passa inevitavelmente pela sustentabilidade. Com os preços do diesel em alta e pressões ambientais cada vez maiores, o setor começou uma corrida pela eletrificação e uso de biocombustíveis.

Empresas como Raízen e Shell Brasil investem em diesel verde (HVO) e etanol de segunda geração, enquanto startups paulistas desenvolvem caminhões elétricos de médio porte voltados a entregas urbanas.

A meta da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo é reduzir em 20% as emissões de CO2 do transporte de carga até 2035, por meio da substituição gradual de frotas e incentivos fiscais à inovação.

Um estado movido por caminhões

São Paulo é, literalmente, o estado que nunca para. Dia e noite, mais de 500 mil caminhões cruzam as rodovias paulistas, levando e trazendo os produtos que abastecem o Brasil e o mundo. Cada viagem é parte de uma engrenagem monumental que, se interrompida, paralisaria supermercados, fábricas e portos.

Por trás dessa estatística, estão os motoristas, as estradas e as máquinas que fazem o Brasil rodar. Um símbolo de força, trabalho e logística que transformou o estado na maior potência de transporte rodoviário da América Latina.

Fonte: Click Petróleo e Gás


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