Notícias

Filtrar Notícias

Participe da Pesquisa LNT e nos ajuda a planejar as ações para 2025

Notícias 16 de outubro de 2024

No Transcares, o ano de 2025 já começa a ser pensando e construído. E uma das “ferramentas” do sindicato para chegar ao novo ano alinhado às principais demandas e necessidades do segmento do transporte rodoviário de cargas e logística é a Pesquisa LNT – Levantamento de Necessidades de Treinamento. Por meio dela, criamos um cronograma de cursos e palestras personalizado e levando em consideração não apenas a realidade, mas também as dores do TRC capixaba.

Contudo, para que tenhamos esse “mapa de navegação” nós precisamos que os gestores das empresas respondam a pesquisa. Fácil e rápida de ser respondida, ela ficará disponível até dia 30 de outubro no link a seguir: https://www.transcares.com.br/paginas/pesquisa-lnt-levantamento-de-necessidades-de-treinamento

“A união faz a força e entendemos que ouvir o segmento é o caminho mais efetivo para planejar ações que fortaleçam nossas atividades. Essa pesquisa é extremamente importante, um instrumento altamente estratégico para o segmento. E também uma forma de envolver os transportadores em tomadas de decisões”, destaca o presidente do Transcares, Luiz Alberto Teixeira.

Empresários do transporte conhecem a perspectiva da indústria chinesa e visitam o maior porto do mundo

Notícias 16 de outubro de 2024

Na China, o ecossistema de inovação é marcado, sobretudo, por uma estreita colaboração entre o setor público e a iniciativa privada, motivo pelo qual a indústria do país asiático vem se consolidando entre os principais players do mercado mundial. 

Subsidiado pelo governo, o setor de transporte chinês tem se tornado cada vez mais competitivo. E isso se deve, principalmente, ao forte investimento do Estado no desenvolvimento de tecnologias avançadas e de uma infraestrutura eficiente para apoiar o crescimento econômico e sustentável.

Essa é a perspectiva de executivos egressos da CEIBS (China Europe Business School) que participaram, nessa terça-feira (15), do segundo dia de atividades da Missão Internacional do Sistema Transporte. Eles conversaram com os cerca de 40 empresários e executivos do setor transportador brasileiro que estão em Xangai para uma jornada de inovação.


Visão do governo

Para Yin Fen, representante do Comitê de Planejamento e de Desenvolvimento do governo local, Xangai se tornará, até 2035, um centro internacional de inovação econômica, financeira, comercial, marítima, científica e tecnológica

“A cidade investe em projetos com foco nas pessoas, na eficiência, na sustentabilidade e na resiliência. O objetivo é transformá-la em uma metrópole internacional, que conta com um transporte integrado e de alta qualidade”, disse Fen, ressaltando que muito já está sendo feito em todos os modais do setor.

Para contextualizar os participantes da Missão, ele compartilhou o seguinte panorama sobre Xangai:

Aeroportos:

  • Pudong e Hongqiao: 97 milhões de passageiros e 3,8 milhões de cargas movimentadas.
  • Estratégicos para conectar a Ásia ao restante do mundo.

Ferrovias:

  • 491 quilômetros e volume médio de passageiros entre 700 mil e 800 mil.
  • Sistema de metrô integrado a trens de alta velocidade e serviços de carga — um dos mais extensos do mundo.
  • No trilho urbano, há 20 linhas em operação e 10 milhões de pessoas transportadas diariamente, incluindo o Maglev (trem de alta velocidade).

Ônibus e rodovias:

  • 881 quilômetros de rodovias intermunicipais e 238 de vias expressas urbanas.
  • 4 milhões de passageiros transportados diariamente em 17 mil ônibus.

Táxis:

  • 35 mil táxis e 87 mil serviços diários de transporte de passageiro online.
  • 2 milhões de passageiros transportados diariamente.

Bicicletas compartilhadas:

  • 607 mil bicicletas foram compartilhadas, resultando em 2,24 milhões de viagens.

 Transporte verde:

  • 1,2 milhão de veículos com energia renovável contam com 700 mil pilhas de carregamento.
  • 90% dos ônibus (15,2 mil) usam energia renovável.

“O governo chinês implementa políticas de incentivo fiscal para promover o transporte verde e a sustentabilidade da infraestrutura. O objetivo é buscar o desenvolvimento equilibrado e harmônico entre a sociedade e a economia. Por isso, a cidade investe em projetos com foco nas pessoas, na eficiência, na sustentabilidade e na resiliência”, finalizou o representante do governo de Xangai, Yin Fen.

Visita técnica ao Porto de Xangai

Exemplo de inovação em logística e gestão portuária, o Porto Internacional de Xangai merece um capítulo à parte, especialmente por ter recebido a visita da delegação brasileira do transporte. Os empresários e executivos viram de perto a operação e a infraestrutura de ponta, que contribuem para alçar o Porto de Xangai à posição de o mais ativo do mundo em toneladas transportadas. 

Saiba mais sobre o terminal:

  • há 14 anos consecutivos, ocupa o primeiro lugar mundial em termos de volume de carga transportada: 49,5milhões de TEUs (unidades equivalentes a vinte pés).
  • Em 2023, a movimentação de cargas foi de 843 milhões de toneladas.
  • Localizado às margens do rio Yangtze, conecta a logística e o transporte de mercadorias entre a China e o resto do mundo.


Outro ponto de vista

Líder chinês no serviço de navegação, mapeamento e informações de trânsito, a AutoNavi têm uma relação estreita com o governo chinês.

“Com mais de 80 milhões de usuários, a plataforma é muito popular na China por entender melhor o povo chinês. Ela coopera, principalmente, com os serviços públicos de viagens”, explicou Dong Zhenning, vice-presidente da AutoNavi, adquirida pela Alibaba.

Comparada a outros gigantes, como o Google, a plataforma chinesa tem diferenciais:

  • Contagem regressiva de semáforo em 80% dos cruzamentos: governo dá acesso aos dados de seus departamentos de trânsito. 
  • Integração a serviços e aplicativos locais: transporte público, táxi e plataformas de entrega etc.
  • Informação colaborativa veículo-estrada: ocorre no nível da faixa rodoviária (ex.: orientação de velocidade).
  • Informação de trânsito veículo-veículo: ocorre no nível da faixa rodoviária (ex.: aviso de veículo se aproximando em cruzamento sem iluminação).

Dong Zhenning explicou que, embora tenha menos usuários que o Google, a AutoNavi está cada vez mais forte.

“A AutoNavi cobre 210 países e o Google, 250. Ela tem 800 milhões de usuários mensais ativos e o Google, 1 bilhão. Estamos perto. Acredito que, em dez anos, a plataforma chinesa será global”, afirmou. 

Atualmente, a AutoNavi assiste a mais de 3 mil empresas logísticas. “Ela atende a 30 milhões de chamadas de planejamento e navegação de caminhões por dia”, finalizou o vice-presidente da plataforma.

Fonte: CNT

Transporte de cargas pela BR-319 começa a descongestionar após novas medidas

Notícias 15 de outubro de 2024

Desde o último sábado, 12, após medidas emergenciais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), as filas de caminhões e carretas têm diminuído na BR-319, que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Com o fluxo dos caminhões e carretas descongestionado, os produtos voltaram a escoar para Roraima.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Roraima (SETCERR), Valcir Peccini, a demora nas filas passaram de dias para horas de espera, o que amenizou a situação crítica que ocorria nas últimas semanas. Uma preocupação que se mantém entre os caminhoneiros são as balsas, que não podem transportar um volume de cargas acima de 30% da capacidade total.

“O fluxo de carretas na estrada começou a andar. Nós ainda temos até dezembro de seca, mas eu acredito que, até o final do ano, nós estaremos abastecidos. As medidas que o DNIT implantou pode nos segurar até lá”, explicou Valcir.

As medidas emergenciais realizadas pelos órgãos são a autorização da construção de uma ponte provisória sobre o rio Igapó-Açu, no Km 260 da rodovia; caminhões que transportam frutas e verduras para o porto da Ceasa estão liberados para atravessar 24 horas, e a ANTAQ permitiu que mais duas balsas operem na travessia Manaus (AM) – Careiro da Várzea (AM), além de suspender a regra que limitava a entrada de novas empresas para operar na rota, facilitando o ingresso de outras companhias que possam contribuir com a demanda elevada de transporte.

Segundo o caminhoneiro Edmilson Aguiar, 45 anos, a preocupação no momento é o deslizamento de caminhões na estrada. Por conta do fluxo alto de caminhões, cerca de dez caminhões tombaram na estrada nos último cinco dias, explica o caminhoneiro.

“A nossa preocupação agora é com o deslizamento. Por conta das chuvas rápidas, a estrada fica muito lisa e os caminhões deslizam mesmo parados. Teve um acidente entre duas carretas, um quebrou a clavícula e outro bateu a cabeça”, explica Edmilson. Segundo ele, alguns caminhões chegaram a perder as cargas totalmente.

A liberação da BR-319 para o tráfego de veículos de passageiros e de cargas acima de 23 toneladas também foi um problema citado por Edmilson e Valcir. A medida estava imposta desde dezembro de 2023 pelo DNIT e foi revogada após uma solicitação dos sindicatos. Outro apelo é pelo asfaltamento total dos 400 km do trecho que liga Manaus a Porto Velho.

“É a hora também de fazer um apelo aos políticos, para que interfiram na questão da estrada. Nós precisamos dela asfaltada. A partir da hora que a estrada estiver asfaltada, as balsas não farão diferença no transporte das cargas”, reforçou Valcir.

“A BR-319 é importante para além de Manaus-Roraima, é utilizada também para a exportação para outros países, como Venezuela, Caribe e Guiana. Isso mostra a viabilidade econômica, a necessidade de se ter uma comunicação por terra com o resto do país”, enfatiza Edmilson.

Em setembro deste ano, o Governo Federal autorizou, como medida emergencial, a pavimentação do trecho C da BR-319/AM/RO. Outros 32 quilômetros seriam licitados posteriormente, R$ 157,5 milhões foram investidos para a pavimentação do Km 198 ao Km 250 da estrada.

Fonte: NTC&LOG

ANTT participa de apresentação de resolução que regula o FREE FLOW no Brasil

Notícias 15 de outubro de 2024

Tecnologia foi experimentada ao longo de dois anos em sandbox regulatório da Agência

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi representada pelo diretor-geral, Rafael Vitale, pelo diretor Luciano Lourenço e pelo gerente de Regulação Rodoviária, Fernando Feitosa, no evento de apresentação da Resolução CONTRAN sobre a Regulação dos Sistemas de Livre Passagem (free flow) no Brasil. O evento ocorreu durante a manhã desta segunda-feira (14), no Ministério dos Transportes, em Brasília, e teve como objetivo apresentar a forma como a resolução deve dispor sobre os sistemas de livre passagem em vias urbanas e rurais.

Na apresentação, foi evidenciada a importância do Sistema free flow em termos de sustentabilidade e eficiência. O free flow possibilita, por exemplo, a redução de emissões de gases do efeito estufa, economia de combustível, menor desgaste de pneus e freios e redução no impacto ambiental nas áreas de cobrança. O sistema também proporciona redução no tempo de viagem, promove justiça tarifária, reduz custos operacionais e facilita a adoção de novos métodos de pagamento.

Durante o evento, a ANTT foi elogiada pela implementação do sandbox regulatório, ferramenta que possibilitou a adoção de tecnologias free flow em caráter de teste com grande êxito, servindo de modelo para a implementação do sistema em outras rodovias, sejam elas federais, estaduais ou municipais. A adoção dos sistemas de livre passagem está alinhada com a  de concessões do Ministério dos Transportes, que visa à otimização dos contratos de concessão, redução dos riscos de investimento e ampliação do modelo de concessões para regiões usualmente não contempladas com o modelo tradicional.

O diretor da ANTT Luciano Lourenço afirmou, durante o evento, que o modelo proporciona sustentabilidade econômica e, eventualmente, até pedágios mais baratos, preservando o grau de investimento. “A gente vê hoje o desdobramento que o Ministério, a ANTT e a Infra S.A. fazem para trazer para a modelagem dos contratos tarifas razoáveis, mas também preservando o investimento, o que não é um equilíbrio fácil, e que o free flow pode proporcionar” alegou o diretor.

SOBRE O FREE FLOW

O histórico de desenvolvimento do modelo de implementação das tecnologias de sistema livre de passagem incluiu consulta pública com 291 contribuições, debates em eventos como o Workshop ANTT e ainda a implementação do sandbox regulatório pela Agência. O sandbox viabilizou um ambiente controlado, que permitiu testar inovações tecnológicas, reduzindo riscos, acelerando a entrada de produtos inovadores no mercado e desenvolvendo competências em regulação, inovação, integridade e governança. “O experimento mostrou que os usuários se adaptaram à tecnologia e ao que estamos oferecendo, que é segurança, fluidez e a entrega de um melhor serviço para a sociedade” afirmou o gerente de Regulação Rodoviária da ANTT, Fernando Feitosa.

Fonte: NTC&LOG

CONTRAN aprova novas regras para pedágio eletrônico em rodovias do país

Notícias 15 de outubro de 2024

Texto revisa regulamentação de 2022. Entre outros pontos, aumenta prazo para motorista pagar tarifa sem receber multa e cria símbolos para sinalizar praças sem cancela.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou, nesta segunda-feira (14), novas regras para a implementação de pedágios eletrônicos nas rodovias do país. O texto reformula as normas atualmente em vigor, aprovadas para esse tipo de cobrança em 2022.

A nova resolução começará a valer assim que for publicada no “Diário Oficial da União”. O texto vai orientar e uniformizar as regras para o funcionamento desse sistema de cobrança no Brasil.

O pedágio eletrônico, antes chamado de “free flow” (“fluxo livre”, em inglês), permite que motoristas passem por postos de cobrança sem a necessidade de parar ou reduzir a velocidade. Também possibilita que os veículos paguem uma tarifa correspondente ao trecho efetivamente percorrido na via.

Entre as principais mudanças promovidas pelo texto aprovado pelo Contran, estão: aumento do prazo de pagamento da tarifa do pedágio, sem que o motorista receba multa; criação de placas e símbolos para identificar nacionalmente o sistema de cobrança eletrônico; centralização de dados em uma plataforma nacional, que vai facilitar a cobrança e a notificação do pedágio ao motorista.

As novas regras foram propostas pelo Ministério dos Transportes, após um balanço do funcionamento da tecnologia em um trecho da Rodovia Rio-Santos, entre Ubatuba (SP) e a cidade do Rio de Janeiro.

O secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, avaliou que as alterações dão maior transparência ao sistema e criam mecanismos de notificação do pedágio. Ele também disse acreditar que a implementação ajudará a reduzir o custo dos pedágios.

“O foco da nova regulamentação é proteger o cidadão, dando transparência, opções para pagamento e mais tempo para pagamento. Tudo para que ele consiga entender o sistema, participar de maneira consciente e promover o respectivo pagamento da melhor maneira”, declarou.

O texto estabelece que o sistema de pedágio eletrônico poderá ser instalado ao longo de rodovias do país. Nele, estarão presentes equipamentos capazes de realizar a identificação veicular, de forma semelhante à que já ocorre em radares.

Pela nova resolução, os veículos poderão ser identificados por meio da placa, por “tags”, que são afixadas em para-brisas, ou outros métodos de identificação automática.

Quando um automóvel passar pela praça de pedágio, o sistema registrará a placa, a classificação veicular e imagens da movimentação.

Segundo as regras, as imagens captadas deverão ser armazenadas por 90 dias, contados a partir da passagem do motorista pelo pedágio, ou por cinco anos, caso o motorista seja multado por deixar de pagar a tarifa.

Integração de dados

Todos os dados e registros de passagem de automóveis passarão a estar disponíveis para consulta no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT) e no Portal de Serviços, ambos mantidos pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

Nessas plataformas, o motorista também receberá a notificação do valor, o prazo e as formas de pagamento da tarifa.

Essas regras são classificadas pelo Ministério dos Transportes como o “ponto central” da nova resolução. Uma portaria, que deverá ser editada pela Senatran até o fim do ano, vai definir o funcionamento desses mecanismos.

Atualmente, não há integração de dados, e cada rodovia, que testa ou adota o pedágio sem cancela, define como funciona o compartilhamento de informações e a cobrança junto ao motorista.

Em uma nota técnica, à qual o g1 teve acesso, a Senatran afirma que o mecanismo atual “impõe um ônus excessivo ao usuário, que acaba arcando com o fardo administrativo”.

No trecho da Rio-Santos em que o sistema foi testado e monitorado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por exemplo, motoristas sem “tags” precisam procurar os canais da concessionária para efetuar o pagamento do pedágio. Esse trâmite é visto pela pasta como uma das razões para a inadimplência.

Dados da ANTT apontam que, entre março de 2023 e junho de 2024, 6,2% dos condutores não pagaram a tarifa dentro do atual prazo (15 dias, sem incidência de multa de trânsito).

Prazo de pagamento e multa

O novo conjunto de regras amplia o prazo de pagamento da tarifa do pedágio de 15 para 30 dias. A contagem será feita a partir da data em que o veículo passou pelo posto de cobrança.

O motorista poderá contestar a obrigação, mas o procedimento não vai paralisar o prazo.

Após os 30 dias, se o motorista não efetuar o pagamento, haverá multa.

A infração será considerada grave, com multa de R$ 195,23 e 5 pontos na carteira. O pagamento da punição não vai isentar o débito do pedágio.

Ao justificar o aumento do prazo, a Senatran disse que a medida se “mostrou necessária, pois o prazo anterior de 15 dias era insuficiente para a conclusão de todos os procedimentos envolvidos”.

Segundo a resolução, as concessionárias das rodovias também poderão criar pontos físicos para o pagamento da tarifa de pedágio.

Fonte: NTC&LOG

NTC&LOGÍSTICA convoca assembleia geral eleitoral para novembro

Notícias 15 de outubro de 2024

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística convoca seus associados contribuintes para a Assembleia Geral Eleitoral que será realizada no dia 28 de novembro de 2024, a partir das 9 horas, na sede social da entidade, com endereço no Setor de Autarquias Sul – Quadra 1 – Bloco J – Sala 701, em Brasília (DF). A votação permanecerá aberta até as 18 horas do mesmo dia, sendo permitido o voto por procuração ou correspondência.

Conforme item único da Ordem do Dia, serão eleitos e empossados os novos membros efetivos e suplentes do Conselho Superior da NTC&Logística – os efetivos, no total de oito (08), com mandatos de 1º de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2028; os suplentes, no total de quatro (04), com mandatos de 1º de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2025.

O prazo para inscrição de chapas será encerrado às 18 horas do dia 25 de outubro de 2024. Os documentos exigidos para formalizar as inscrições devem ser protocoladas na sede da entidade, no horário comercial. Somente os associados contribuintes admitidos no quadro social até 26 de julho de 2024, que estiverem quites com as obrigações junto à Tesouraria da entidade, poderão votar e participar da eleição, conforme o art. 8º, §1º, do Regulamento Eleitoral.

O Estatuto Social e o Regulamento Eleitoral estão disponíveis para consulta no portal oficial da NTC&Logística: www.portalntc.org.br

Confira o edital aqui.

STF encerra o julgamento dos embargos de declaração e modula os efeitos da ADI 5322

Notícias 14 de outubro de 2024

Artigo por Narciso Figueirôa Junior, Assessor Jurídico da NTC&Logística

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) dos Embargos de Declaração na ADI 5322, que trata da Lei 13.103/2015 (Lei do Motorista), foi encerrado em 11/10/2024 e por unanimidade prevaleceu o voto do ministro Alexandre de Moraes no seguinte sentido: 1) Não foram conhecidos os Embargos de Declaração opostos pela Confederação Nacional da Indústria – CNI e Confederação Nacional do Transporte – CNT. 2) Foram acolhidos parcialmente os Embargos de Declaração da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres – CNTTT para: a) reiterar o reconhecimento da autoridade das negociações coletivas (art. 7o, XXVI, da CF); b) modular os efeitos da declaração de inconstitucionalidade e atribuir-lhes eficácia “ex nunc” (sem retroatividade), a contar da publicação da ata de julgamento do mérito da ADI 5322, ou seja, 12/07/2023.

O acórdão que examinou o mérito da ADI 5322 foi publicado em 30/08/2023 e declarou constitucionais os seguintes temas da Lei 13.103/15: 1) redução do intervalo para refeição através de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho (CLT, art. 71, parágrafo 5o); 2) exame toxicológico de larga janela de detecção (CLT, art. 168, parágrafos 6º e 7º e CTB, art. 148-A); 3) aplicação da Lei 13.103/2015 apenas ao motorista empregado (CLT, 235-A); 4) prorrogação da jornada em até 4 horas extras por Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho (CLT, 235-C, caput); 5) jornada de trabalho flexível (CLT, 235-C, parágrafo 13); 6) dispensa do motorista do serviço, após o cumprimento da jornada normal em viagens de longas distâncias (CLT, 235-D, parágrafo 3º); 7) extrapolação da jornada pelo tempo necessário para chegada a um local seguro ou ao seu destino (CLT, art. 235-D, parágrafo 6º); 8) intervalo de repouso diário nos casos em que o motorista tenha que acompanhar o veículo embarcado (CLT, 235-D, parágrafo 7º); 9) condições de trabalho específicas para o transporte de cargas vivas, perecíveis e especiais em longas distâncias ou no exterior (CLT, 235-D, parágrafo 8º); 10) jornada de 12 x 36 através de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho (CLT, art. 235-F); 11) remuneração variável através de comissões observada a segurança (CLT, 235-G); 12) limite de tempo de direção (CTB, art. 67-C); 13) Condições de segurança, sanitárias e de conforto nos locais de descanso (Lei 13.103/2015, art. 9º); 14) Transportador Autônomo de Cargas Auxiliar (Lei 13.103/2015, art. 15, que alterou o art. 4º, parágrafo 3º da Lei 11.442/2007); 15) conversão de multas em advertência (Lei 13.103/2015, art. 22).

Entretanto, foram declarados inconstitucionais os seguintes temas, que geram impactos econômicos e operacionais nefastos às empresas de transporte de cargas: 1) fracionamento do intervalo interjornada de 11 horas (CLT, art. 235-C, parágrafo 3º, e art. 67-C, parágrafo 3º, do CTB) e (CTB, art. 67-C, parágrafo 3º); 2) possibilidade de gozo do DSR (Descanso Semanal Remunerado) no retorno do motorista à base ou ao seu domicílio em viagens de longa distância (CLT, 235-D, caput); 3) cumulatividade do DSR (até 3) em viagens de longas distâncias (CLT, art. 235-D, parágrafo 2º); 4) fracionamento do DSR em 2 períodos em viagens de longas distâncias, sendo um destes de, no mínimo, 30 horas ininterruptas (CLT, art. 235-D, parágrafo 1º); 5) tempo de espera (CLT, art. 235-C, parágrafos 1º, 8º e 12) e indenização de 30% do salário-hora normal (CLT, art. 235-C, parágrafo 9º); 6) repouso com o veículo em movimento no caso de viagens em dupla de motoristas (CLT, art. 235-D, parágrafo 5º – TRC) e (CLT, art. 235-E, III – TRP).

O acórdão foi omisso em relação à modulação dos efeitos da decisão,que é afaculdade de restringir a eficácia da decisão de inconstitucionalidade, a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento fixado no acórdão (art. 27 da Lei 9.868/1999), tendo causado muita preocupação ao setor econômico do transporte  de cargas com o risco de aplicação retroativa da decisão, desde a sua publicação em 2015, em razão dos itens declarados inconstitucionais.

Assim, houve interposição de quatro embargos de declaração para que fosse sanada a omissão do acórdão em relação a este aspecto.

Em 05/09/2023, houve interposição de Embargos de Declaração pela CNTTT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres e pela CNT – Confederação Nacional do Transporte, em petição conjunta, onde ambas as entidades pretenderam obter do STF a modulação dos efeitos da decisão para que fossem concedidos efeitos “ex nunc” (sem retroatividade) à decisão proferida na ADI 5322, afastando a possibilidade de incidência do elevado passivo estimado em 255 bilhões e os preocupantes impactos operacionais e financeiros decorrentes da decisão.

Nos seus Embargos de Declaração, a CNTTT também requereu que o STF se manifestasse sobre a possibilidade de submissão dos temas tratados na ADI 5322 ao precedente ARE 1.121.633 (Tema 1046) e que autorizasse submetê-los à negociação coletiva.

Em 05/09/2023, houve Embargos de Declaração da Procuradoria Geral da República, requerendo também a modulação dos efeitos “ex nunc” da decisão e, em 06/09/2023, a CNI – Confederação Nacional da Indústria requereu o ingresso nos autos como “amicus curiae” e também interpôs Embargos de Declaração postulando a modulação dos efeitos da decisão sem efeitos retroativos e a partir de dois anos após o trânsito em julgado.

Em 02/08/2024, teve início o julgamento virtual dos Embargos de Declaração e, em 12/08/2024, foi suspenso o julgamento em razão do pedido de vista do ministro Dias Toffoli.

Em 20/09/2024, o processo foi incluído novamente em pauta de julgamento virtual no período de 04/10/2024 a 11/10/2024, tendo sido concluído em 11/10/2024, e prevaleceu o voto do ministro Alexandre de Moraes, que aplicou a jurisprudência do STF no sentido de que, nos processos objetivos de controle de constitucionalidade, terceiros não integrantes da relação processual não possuem legitimidade para apresentar pedidos ou interpor recursos, não conhecendo dos Embargos de Declaração da CNT, que figura no processo como “amicus curiae”, e da CNI, que sequer foi admitida como “amicus curiae”, prevalecendo a tese da ilegitimidade recursal. Não houve manifestação no voto do relator sobre os Embargos de Declaração da Procuradoria Geral da República.

Em relação aos Embargos de Declaração da CNTTT, que é autora da ação, os mesmos foram acolhidos parcialmente pelo relator e, no que diz respeito ao pedido de modulação dos efeitos da decisão, o voto reconhece que os impactos da decisão no setor econômico do transporte rodoviário de cargas e, no que diz respeito a prevalecer os efeitos retroativos da decisão, acarretaria um passivo trabalhista superior a 250 bilhões de reais, considerando que a legislação impugnada vigeu por mais de 10 anos, acolhendo os fundamentos apresentados nos Embargos de Declaração da CNT e da CNI, e que justificam o pedido de modulação dos efeitos.

Dessa forma, na esteira de jurisprudência da Corte, o relator acolheu o pedido de modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade para atribuir-lhes eficácia “ex nunc”, a contar da publicação da ata do julgamento do mérito da ADI 5322, ou seja, a partir de 12/07/2023.

No que tange ao segundo pedido constante dos Embargos de Declaração da CNTTT, ou seja, a possibilidade de submissão dos temas tratados na ADI 5322 em negociação coletiva com fundamento no precedente ARE 1.121.633 (Tema 1046), o relator destacou que, na própria ementa da referida ADI, ficou consignado o reconhecimento da autonomia das negociações coletivas com fundamento no art. 7º, XXVI, da Constituição Federal.

Trata-se de uma decisão de grande relevância para o Transporte Rodoviário de Cargas e que traz maior segurança jurídica ao setor, na medida em que o STF modula os efeitos da decisão.

Quanto à possibilidade de tratar, em negociações coletivas, os temas da Lei 13.103/15, declarados inconstitucionais pelo STF, em nossa opinião pessoal,  entendemos que há necessidade de aguardar a publicação do acórdão para analisar a fundamentação dos votos de todos os ministros para avaliar as alternativas jurídicas viáveis.


Fonte: NTC&LOG

Sexta e última edição do Seminário Itinerante encerra com sucesso as comemorações dos 20 anos da iniciativa em Joinville

Notícias 14 de outubro de 2024

Na última sexta-feira, 11 de outubro, a cidade de Joinville, interior de Santa Catarina sediou a sexta e última edição do Seminário Itinerante de 2024, realizada no Ágora Tech Park. O evento, organizado pela NTC&Logística em parceria com a FETRANCESC, o SETRACAJO e o Núcleo da COMJOVEM de Joinville, reuniu empresários e executivos do setor de transporte  de cargas, marcando o encerramento das comemorações dos 20 anos do Seminário Itinerante.

O evento foi conduzido pelo coordenador nacional da COMJOVEM, André de Simone, e pela vice-coordenadora, Priscila Zanette. Na abertura, André destacou o privilégio que foi reunir centenas de empresários e executivos do transporte rodoviário de cargas ao longo das edições do Seminário Itinerante, que passou, em 2024, pelas cidades de Santos, Belo Horizonte, Uberlândia, Fortaleza, Rondonópolis e, finalmente em Joinville. “As parcerias com o SEST SENAT fizeram toda a diferença. Além de recepcionar quase todas as edições do evento, muitos dos presentes tiveram a chance de conhecer ainda mais os serviços oferecidos e a importância dessas iniciativas para o desenvolvimento do setor”, disse ele. André também agradeceu o apoio da diretoria da NTC&Logística, em especial ao presidente Eduardo Rebuzzi, e reconheceu o empenho dos coordenadores de Núcleos da COMJOVEM: “Eles se dedicam ao máximo para fazer a COMJOVEM acontecer em todas as regiões onde atuamos”.

Riberto Lima, vice-presidente da FETRANCESC, representando o presidente Dagnor Schneider, parabenizou a NTC&Logística pela longevidade e pelo sucesso contínuo do Seminário Itinerante. “Eventos como este são essenciais para fortalecer as conexões do setor e promover a troca de conhecimentos que impulsionam o desenvolvimento do transporte no Brasil”, afirmou Lima.

Jácomo João Isotton Neto, presidente do SETRACAJO, reforçou a importância da parceria entre as entidades locais e a NTC&Logística, agradecendo aos organizadores e participantes: “Este evento, ao longo dos anos, tem sido um ponto de união e troca de experiências. É uma honra para o SETRACAJO contribuir para essa história de 20 anos”.

Eduardo da Silva Emilio, coordenador do Núcleo da COMJOVEM de Joinville, falou sobre a relevância da participação dos jovens empresários: “A COMJOVEM é o futuro do nosso setor. É aqui que aprendemos e nos preparamos para os desafios que vêm pela frente, e eventos como este são essenciais para o nosso crescimento”.

O presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, enviou uma mensagem em vídeo, enaltecendo a relevância do Seminário Itinerante no contexto nacional: “Este evento tem o papel fundamental de aproximar a NTC do setor de transporte rodoviário de cargas, propiciando um ambiente de aprendizado e conexão. A parceria com o Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL) fortalece ainda mais nosso compromisso com o desenvolvimento do setor no Brasil”.

Durante o evento, André de Simone também apresentou a palestra institucional da NTC e da COMJOVEM, destacando o papel da nova geração de empresários no futuro do transporte rodoviário de cargas. Ari Rabaiolli, diretor-presidente da BADESC, compartilhou sua trajetória de sucesso no transporte, inspirando os presentes com sua experiência de liderança.

Na ocasião, Rabaiolli foi homenageado pela Cooperativa Transpocred por sua atuação no setor de transportes e também na presidência da Cooperativa.

No campo jurídico, Dr. Jair Osmar Schimidt, executivo administrativo e jurídico do SETRACAJO, discutiu os riscos na contratação de profissionais como pessoas jurídicas, um tema sensível e de grande relevância para as empresas do setor. Para encerrar o ciclo de palestras, Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC&Logística, abordou a produtividade no transporte, destacando os fatores que influenciam o desempenho e como as empresas podem otimizar seus resultados.

O assessor de comunicação e imprensa da NTC&Logística, Rodrigo Bernardino, e a assessora nacional da COMJOVEM, Isabela Costa, a pedido do SETRACAJO e da COMJOVEM de Joinville, fizeram a entrega de placas em homenagem à NTC&Logística, à Coordenação Nacional da COMJOVEM, à diretoria da FETRANCESC e do SETRACAJO, à coordenação da COMJOVEM de Joinville e a todos os palestrantes do evento, como forma de agradecimento pela contribuição para a realização do evento.

Os patrocinadores Autotrac, Edenred Ticket Log Repom, Fenatran, Mercedes-Benz e Transpocred tiveram destaque durante o evento com vídeos institucionais e sorteios de brindes, que animaram o público. O Seminário Itinerante de 2024 também contou com o apoio institucional do Sistema Transporte (CNT / SEST SENAT / ITL), FuMTran e Anfir, além do apoio logístico da Braspress.

Confira as fotos do evento clicando aqui

Fonte: NTC&LOG

veículos pesados fabricados a partir de 2022 reduzem, em média, 95% das emissões, revela CNT

Notícias 11 de outubro de 2024

O ESTUDO DA CONFEDERAÇÃO TRAZ ANÁLISE DE DIFERENTES CENÁRIOS DE RENOVAÇÃO DE FROTA DE CAMINHÕES, QUE DEMONSTRAM OS GANHOS AMBIENTAIS E ESTIMAM O VOLUME DE RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS PARA A SUA VIABILIZAÇÃO

Os veículos pesados fabricados a partir de 2022 reduzem, em média, 95,4% das emissões de gases poluentes na atmosfera, em comparação com os mais antigos. Além disso, os caminhões mais novos diminuem em 98,3% a emissão de material particulado, responsável pela fumaça preta, causadora de doenças respiratórias, na comparação com veículos fabricados até 1999 (fase P2 do Programa de Controle de Emissões Veiculares – Proconve). Apesar dessas vantagens, os caminhões mais modernos (fase P8 do Proconve) correspondem a, apenas, 4,9% da frota em circulação no país.

Impactos ambientais e econômicos advindos da renovação de frota no transporte  de carga é o tema da nova edição da Série Transporte em Foco. A publicação, lançada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta quinta-feira, apresenta cenários decorrentes da substituição de veículos pesados antigos por veículos com tecnologias mais eficientes. Além disso, analisa dados essenciais para o desenvolvimento de estratégias que podem viabilizar investimentos em renovação de frota, por meio de políticas econômicas que facilitem aportes de recursos voltados ao setor.

Escalonamento

Para a CNT, a saída para a equação equilíbrio e necessidade de investimento pode ser traduzida em escalonamento. Ou seja, fazer investimento por etapas, providenciando recursos para a saída dos veículos mais antigos substituindo-os por veículos de menor emissão.

Uma outra opção seria a substituição dos caminhões mais antigos por veículos da fase P8. Essa estratégia pode retirar de circulação 152.491 veículos pesados anteriores à fase P1 — 11,8% dos caminhões que estão em circulação no país. A estimativa de investimento é de R$ 104,82 bilhões neste processo. Já a substituição de veículos exclusivamente da fase P5 (cuja participação em relação à frota total é de 22%) demandaria R$ 266,61 bilhões.

“A proposta leva em conta como as tecnologias mais modernas têm contribuído sobremaneira para a redução de poluentes na atmosfera. Se nós quisermos um país com menos emissões, teremos de incentivar a renovação no modo rodoviário, responsável por 65% do transporte de carga e 90% da locomoção de passageiros. É fundamental, a curto e médio prazos, proporcionar a troca e retirada dos veículos antigos de circulação e encaminhá-los para a reciclagem”, alerta o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa.

O avanço tecnológico da frota nacional está sendo implementado conforme estabelecido pelo Proconve, criado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) em 1986. Este programa começou com a fase P1, em 1989 e, no ano passado, entrou integralmente na fase P8.

Autônomos & empresas de transporte

O escalonamento seria uma alternativa a estratégias de alcance mais difícil. O estudo da CNT evidencia que, se fossem substituídos, de uma única vez, todos os caminhões, fabricados até 2022 (fases P0 a P7) — o que corresponde a 1.226.778 veículos ou 95,1% da frota nacional —, haveria um ganho ambiental de 86,3% em relação à situação atual. Para viabilizar a substituição de 1,22 milhão de caminhões, seria necessário o investimento aproximado de R$ 1,16 trilhão. Considerando o estoque de ativos dos transportadores que pode ser vendido, o desembolso efetivo seria de R$ 845,58 bilhões.

Além disso, observa-se que 54,9% da frota cadastrada no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), supera 13 anos de fabricação (são caminhões produzidos até 2011, ano final da fase P5 do Proconve). Para substituir essa parte da frota por caminhões da fase P8, o investimento alcança R$ 613,48 bilhões. Todavia, ao considerar a possível venda do estoque de caminhões existente, o aporte necessário seria de R$ 529,54 bilhões.

Também é importante destacar que as empresas de transporte de cargas (ETC) concentram 68,2% da sua frota em veículos com tecnologias mais recentes (fases P7 e P8), enquanto os transportadores autônomos de cargas (TAC) possuem, apenas, 12,8% da sua frota total de caminhões produzidos nas mesmas fases.

A análise evidencia que um dos maiores desafios para a renovação de frota é o desenvolvimento de políticas públicas de incentivo econômico para acelerar esse processo. A defesa da descarbonização pelo setor transportador deve ser um dos principais fatores que impulsionam o transporte sustentável, garantindo o suporte às especificidades de cada segmento. Outro ponto a ser considerado é a forma de promover equidade nos incentivos a autônomos e empresas de transporte de carga.

O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, pondera que a descarbonização é cobrada do setor constantemente, só que há um descompasso entre as metas pretendidas e as políticas indutoras. “A aquisição de um caminhão com a tecnologia mais recente disponível no mercado gera a imobilização de alto volume de recurso em um único bem. Além disso, faltam políticas estruturadas para o financiamento dos veículos usados”, observa.

Nesse sentido, a CNT propõe:

·   promover políticas de incentivo à renovação de frota de forma escalonada;

·   fomentar o mercado de veículos usados com tecnologias mais modernas;

·   tornar os programas de incentivo de renovação de frota mais claros e acessíveis aos transportadores;

·   criar um fórum de discussão com representantes do transporte, voltado à elaboração e acompanhamento de políticas públicas focadas na renovação;

·   acrescentar incentivos financeiros efetivos que confiram isonomia a todos os perfis de transportadores;

·   garantir que a renovação de frota tenha como princípio a economia circular, de maneira que demais setores sejam beneficiados com a reciclagem automotiva;

·   estimular parcerias estratégicas para promover novos estudos voltados ao tema;

·   aplicar mecanismos de incentivos à renovação de frota, como a redução de impostos para veículos mais modernos e melhores condições de financiamento.

Acesse a íntegra do Transporte em Foco – Renovação de Frota

Fonte: NTC&LOG

Modal Expo: 1ª Feira de Logística, Transporte e Comércio Exterior do Estado vira realidade

Notícias 11 de outubro de 2024

O Espírito Santo vai entrar na rota dos estados que têm uma feira de logística pra chamar de sua – a exemplo do que já acontece em São Paulo e Joinville. Nesta quinta-feira, 10 de outubro, foi lançada a Modal Expo 2025 – 1ª Feira de Logística, Transporte e Comércio Exterior do Estado. Liderada pelo Transcares, Sindiex, Sincades, Milanez & Milaneze e Liga de Marketing, e com o apoio institucional do governo do Estado, vai acontecer de 3 a 5 de junho de 2025. A solenidade de lançamento contou com a presença do governador, Renato Casagrande, do vice, Ricardo Ferraço, e de representantes de setores econômicos do Estado. Do Transcares estavam, além do presidente, Luiz Alberto Teixeira, os diretores José Geraldo Valadão, Fernando Favalessa, Sidnei Bof, Marco Zon, Roberto Fabiani, Leandro Teixeira, Ramon Paganini, Vansionir Paganini e Juliano Martins, o ex-presidente e membro do Comitê Consultivo, Marcos Furtunato, transportadores, gestores do TRC, membros da Comjovem-ES e representantes de empresas mantenedoras.

Para marcar esse importante momento para o Estado, teve inovação no modelo do evento, com a realização de dois talk shows: “A Logística e sua Importância para o Desenvolvimento Regional”, com a participação dos presidentes Teixeira, Idalberto Moro, do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado (Sincades), e Sidemar Acosta, do Sindicato do Comércio de Importação e Exportação do Estado (Sindiex). E Construindo o Futuro Logístico do Espírito Santo, cujo debate reuniu o ex-presidente do Transcares Marcos Furtunato, os CEOs da VPorts, Gustavo Serrão, e da Zurich Airport Brasil, Ricardo Gesse, e o Gerente-Geral de Relações Institucionais da VLI Logística, Anderson Abreu.

A convergência marcou o primeiro talk show. Teixeira, Acosta e Moro reforçaram que os investimentos privados previstos para o Estado aliados aos de infraestrutura e a política tributária farão com que, no prazo de cinco anos, o Espírito Santo se torne um hub logístico brasileiro. E ressaltaram, ainda, que tais projetos poderão trazer um alento aos impactos da Reforma Tributária, que, dentre outras medidas, prevê o fim dos incentivos fiscais em 2032.

 “O Brasil está integrado com o Espírito Santo e vice-versa. Temos um bom ambiente de negócios e bom diálogo entre os poderes. O Estado está pronto para receber os investimentos previstos e vamos nos colocar como um hub logístico brasileiro”, pontuou Acosta.

Moro reforçou que o Espírito Santo está se tornando polo logístico de armazenagem, que os portos têm grande potencial e que o Estado pode ser um polo de ligação com o restante do País, podendo ser referência em cabotagem, visto o estrangulamento de outros portos brasileiros. “O Estado caminha para se tornar referência em logística e mão de obra qualificada. Esses devem ser os diferenciais quando o incentivo fiscal deixar de existir”.

E Teixeira, após descrever aquele momento como um sonho realizado, falou da importância da Modal Expo para o Espírito Santo e das condições ideais que o Estado possui para se tornar um hub logístico para o Brasil e para o mundo em função de sua localização e portos.

“Sem dúvida, estamos no caminho certo e a feira será marcante para aproveitarmos este momento. Nossa economia está num patamar diferente, estamos caminhando numa crescente e temso que tirar proveito disso”.

Olhando para frente

O segundo talk show lançou um olhar para o futuro a partir do que se tem no presente. Nos dois últimos anos, o Porto de Vitória passou por melhorias, ampliando sua capacidade instalada em 80% e deve crescer o mesmo percentual nos próximos cinco anos. Após investimentos no terminal de passageiros, infraestrutura e ampliação de pista no aeroporto, a Zurich revela que tem capacidade para ampliar voos cargueiros por semana e enxerga novas oportunidades no transporte de cargas. Já a VLI discute renovação do contrato da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e quer inserir o Espírito Santo em rota de agroinovação.

E Marcos Furtunato fechou o debate trazendo uma dor antiga, a infraestrutura rodoviária, mas acreditando no ambiente de negócios positivo, na governança e na ótima condição geográfica do Estado para enfrentar e vencer todos os desafios. “Estamos sempre ‘chorando’ pelas rodovias porque ela é nossa via de passagem, é o que nos torna competitivos. Ainda temos alguns gargalos no modal, apesar do forte investimento do governo do Estado em infraestrutura. Então, para construir o futuro logístico do Espírito Santo é preciso investir em contornos nas cidades e, assim, criar um ‘efeito colateral’ do bem”.

Fonte: Assessoria de Comunicação TRANSCARES e Assessoria de Comunicação Fecomércio e Sincades

3S Tecnologia mira faturamento de R$250 milhões com aquisição da Autolife Blindagens

Notícias 08 de outubro de 2024

Empresa de tecnologia em rastreamento e recuperação de veículos, traz blindagem de pesados como inovação no TRC.

 

A 3S Tecnologia, referência em monitoramento, gestão e segurança para caminhões, carretas e locadoras, anuncia a aquisição da Autolife, uma das principais empresas de blindagem de veículos pesados no Brasil. Com 19 anos de atuação, a 3S é responsável por oferecer soluções em tecnologia como telemetria, monitoramento e gestão de frotas, e agora, com a inclusão da blindagem da Autolife, a empresa amplia seu portfólio de serviços. A aquisição reforça a estratégia de oferecer uma solução completa de rastreamento para transportadoras, embarcadores e seguradoras, combinando tecnologia de ponta com proteção física.

A decisão de adquirir a Autolife se baseia em uma visão estratégica, investimento em longo prazo e valores em comum compartilhados pela direção da 3S Tecnologia. A empresa de telemetria e tecnologia enxergou na Autolife uma companhia séria com mais de 25 anos de experiência e produtos que se alinham aos interesses estratégicos da 3S, como pioneirismo, e compromisso com a segurança. A expectativa é que a união de forças gere valor para o mercado de transporte, permitindo que as transportadoras e embarcadores não apenas protejam suas cargas e veículos, mas também reduzam seus custos operacionais, especialmente com seguros.

Anderson Bochoglonian, CEO da 3S Tecnologia, destaca o impacto positivo dessa união. “Estamos muito empolgados com todas as possibilidades que a Autolife traz para a 3S Tecnologia. Juntos, podemos oferecer uma solução inédita no mercado, que combina telemetria avançada e blindagem alto nível. Isso proporciona aos nossos clientes não apenas maior segurança, mas também uma redução significativa de custos com seguros e manutenção”, afirma.

Processo de aquisição e expectativa de crescimento

O processo de aquisição foi feito através da compra de cotas da Autolife pela 3S Tecnologia. Embora as duas companhias sigam operando de forma independente, a aquisição possibilita uma sinergia entre suas governanças corporativas. A estratégia visa integrar a blindagem ao portfólio da 3S, criando um pacote completo de soluções para clientes que já consomem seus serviços de rastreamento e monitoramento.

Com a nova estrutura, a Autolife terá acesso à vasta rede comercial da 3S equipe com 45 representantes diretos espalhados pelo Brasil e carteira de cliente com mais de 3 mil CNPJ´s.

“A expectativa da 3S é alavancar o faturamento anual da Autolife para R$50 milhões em 3 anos, aproveitando sua experiência no setor de blindagem e a maior força comercial resultante da integração. Além disso, o grupo projeta alcançar um faturamento combinado de R$250 milhões nos próximos três anos. A Autolife, que anteriormente tinha uma presença maior no estado de São Paulo devido às limitações de equipe comercial, agora tem o potencial de se expandir nacionalmente”, afirma Anderson.

A aquisição da Autolife permite à 3S oferecer uma solução integrada que une monitoramento em tempo real, telemetria e proteção física de veículos pesados. Com o know-how em blindagem da Autolife e a expertise tecnológica da 3S, a empresa agora pode atender a um espectro ainda maior de demandas do mercado,oferecendo mais segurança e controle para transportadoras que operam com cargas de alto valor, frequentemente visadas por criminosos."

Com a adição da blindagem ao portfólio de serviços, a 3S Tecnologia espera influenciar positivamente o mercado segurador. Ao proporcionar um pacote completo de proteção para caminhões e carretas, a expectativa é que os clientes da 3S consigam negociar melhores condições de apólices de seguro, em decorrência da maior confiança por parte das seguradoras, dado o aumento da segurança.

Sobre a 3S Tecnologia

Fundada em 2005, a 3S Tecnologia é uma empresa especializada em soluções de rastreamento de veículos pesados, veículos leves, cargas, carretas e frotas, recuperação de veículos roubados, paineis de gestão logística e prevenção de perdas no TRC. Saiba mais em: https://www.3stecnologia.net.br/index.html 

 

 

Transição energética nas transportadoras brasileiras

Notícias 08 de outubro de 2024

Por Thiago Fagotti, analista de dados do IPTC

Com o progresso tecnológico e a crescente necessidade de sustentabilidade, a transição energética no Transporte Rodoviário de Cargas tornou-se mais urgente. A busca por alternativas ao diesel tradicional está mais recorrente a fim de melhorar a eficiência energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME), a energia renovável no setor de transportes chegou a 22,5% em 2023. Ainda há um longo caminho a percorrer.

Recentemente, uma opção viável tem sido o biodiesel, um biocombustível obtido de fontes renováveis como óleos vegetais. Ambientalmente, o biodiesel reduz emissões de gases de efeito estufa e poluentes, como óxidos de enxofre e material particulado, melhorando a qualidade do ar. No entanto, ele tem desvantagens que afetam as operações das empresas de transporte. O biodiesel possui menor eficiência energética que o diesel comum, resultando em maior consumo de combustível. Além disso, pode aumentar a necessidade de manutenção da frota, especialmente em altas concentrações, devido a problemas como entupimento de filtros e corrosão de componentes metálicos, elevando os custos operacionais e a depreciação dos veículos.

Embora ainda haja desafios a serem superados para a plena utilização nos caminhões, a produção de biodiesel no Brasil segue uma tendência de crescimento. Conforme mostra o Boletim Ambiental publicado pela Confederação Nacional do Transporte, essa produção tem se mantido em expansão, mesmo que de forma volátil.

Dados coletados pela fonte primária em 24 de abril de 2024. * O B100 corresponde ao biodiesel puro, que deve atender às especificações estabelecidas pela Resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP n.º 920, de 04/04/2023. ** A produção é a acumulada até o mês de março de 2024.

Outra alternativa para a transição energética é o diesel verde. Diferente do biodiesel, que é obtido por transesterificação, o diesel renovável é produzido por processos como hidrotratamento e síntese Fischer-Tropsch. Esses processos resultam em um combustível com estrutura química semelhante ao diesel mineral, permitindo seu uso direto em motores a diesel sem necessidade de modificações.

Do ponto de vista técnico, as vantagens do diesel verde são notáveis. Ele possui maior eficiência energética quando comparado ao biodiesel, proporcionando melhor desempenho e menor consumo de combustível. Além disso, seu alto índice de cetano melhora a combustão e reduz as emissões de poluentes como óxidos de nitrogênio e material particulado. Outro benefício é sua maior estabilidade e vida útil, sem os problemas de entupimento de filtros e corrosão comuns no uso de biodiesel.

No entanto, a produção do diesel verde é mais complexa e cara, exigindo tecnologias avançadas e infraestrutura específica. Esses fatores elevam o custo de produção, podendo dificultar sua competitividade em relação aos demais combustíveis.

 A partir do gráfico publicado pela Confederação Nacional de Transporte (CNT), analisa-se a mudança percentual de gases poluentes em diferentes combustíveis:

 Fonte: Na et al. (2015), com adaptações da CNT. Acesso em: 18 fev. 2024. Link de acesso: sciencedirect.com/science/article/pii/S135223101500179X

O gráfico toma o diesel comum como linha de referência e explora a diferença de emissões entre ele e suas alternativas: biodiesel com éster de soja, biodiesel com éster animal e diesel verde. Observa-se uma significativa redução de poluentes quando comparamos essas três opções com o diesel comum. Além disso, o diesel verde se destaca por ser mais eficiente e ecológico.

Apesar das alternativas apresentadas, a implementação de biocombustíveis no setor de Transporte Rodoviário de Cargas enfrenta desafios econômicos e técnicos. A adaptação da infraestrutura de abastecimento e a manutenção dos veículos podem resultar em custos operacionais adicionais para as empresas de transporte. No entanto, como mostra o segundo gráfico da CNT, há um crescimento na demanda por biocombustíveis ao redor do mundo.

Fonte: IEA (2022), com adaptações da CNT. Acesso em: 23 jan. 2024. Link de acesso: iea.org/reports/renewables-2022/transport-biofuels

Em economias avançadas, observa-se um aumento na demanda por diesel verde. Já em economias emergentes, há um grande crescimento na demanda por biodiesel e etanol. Esse cenário justifica os investimentos e aponta para um caminho claro em direção à maior sustentabilidade.

Para superar esses desafios, o governo brasileiro tem adotado uma série de políticas e iniciativas. Entre as principais ações estão incentivos fiscais, subsídios e programas de financiamento para a produção e uso de biocombustíveis.

Uma das iniciativas mais importantes é o RenovaBio, uma política nacional de biocombustíveis que visa aumentar a produção e o uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira. Além disso, o Projeto de Lei 528/2020 e seus projetos derivados, como o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), visam fomentar a pesquisa, produção, comercialização e uso do diesel verde no Brasil.

Por fim, acredito que, para tornar a transição energética mais eficiente, é essencial que o Brasil continue investindo em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias mais baratas e eficientes para a produção de biocombustíveis. A colaboração entre governo, setor privado e instituições de pesquisa é fundamental para criar um ambiente propício à inovação e à sustentabilidade no setor de Transporte Rodoviário de Cargas.

 

 

Nós respeitamos sua privacidade. Utilizamos cookies para coletar estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação. Saiba mais em nossa política de privacidade.

Li e Concordo