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CNT aponta riscos ao transporte em audiência sobre PEC que trata do fim da escala 6x1

Notícias 01 de outubro de 2025

A aprovação do fim da escala de trabalho 6x1, sem uma análise aprofundada de seus impactos, pode resultar em um "país mais caro" e na piora de serviços essenciais, como transporte público e logística de cargas. O alerta foi feito pelo gerente executivo de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNT, Frederico Melo, durante audiência pública realizada nessa terça-feira (30), na unidade do SESC (Serviço Social do Comércio) de Santana, em São Paulo (SP). O evento integrou os trabalhos de uma subcomissão da Câmara dos Deputados que analisa a proposta.

Segundo a CNT, o impacto mais imediato seria percebido no cotidiano da população que depende do transporte coletivo. “Com a redução da jornada, haveria menos ônibus nas ruas, agravando um problema já existente nos grandes centros. Esse cenário com as pessoas esperando nas paradas e com ônibus passando abarrotados seria mais frequente”, afirmou Frederico Melo.

Na logística, os reflexos também seriam severos, com atrasos nas entregas, perda de eficiência e redução na produção, especialmente de produtos perecíveis e cargas vivas. “O resultado seria uma pressão na economia e na inflação", destacou.

De acordo com o gerente, para manter as operações com trabalhadores atuando menos horas e recebendo o mesmo salário, as empresas precisariam repassar o aumento de custos para a sociedade. Essa alta de preços, explicou, reduziria o poder de compra da população e poderia levar parte dos trabalhadores a buscar um segundo emprego, anulando os supostos ganhos de bem-estar da proposta.

Déficit de motoristas inviabiliza mudança

Frederico Melo apresentou ainda dados que mostram a dificuldade de viabilizar a medida. Segundo a Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2019, mais de 44% das empresas entrevistadas apresentavam vagas disponíveis para motoristas de caminhão. “Além disso, a carreira enfrenta barreiras, como o alto custo e a demora para obter as habilitações profissionais”, disse.

Ele lembrou os esforços do SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) para requalificar profissionais do setor, como cobradores, para a função de motorista, mas reconheceu que a iniciativa "ainda é muito aquém" para suprir a demanda. A escassez de mão de obra qualificada, acrescentou, também atinge os modais aquaviário, aeroviário e ferroviário, o que impede que absorvam a demanda do transporte rodoviário.

Alternativas para o fim da escala de trabalho 6x1

A audiência integra os trabalhos da subcomissão presidida pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), autora da PEC 8/25 (Proposta de Emenda à Constituição) que tramita na Câmara e prevê a redução da jornada de trabalho. A proposta ainda está em fase inicial de debates, mas já mobiliza parlamentares, especialistas e entidades de classe. O relator da subcomissão, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), acompanha as discussões e deve apresentar parecer após as audiências públicas.

Quem presidiu os trabalhos foi o deputado Leo Prates (PDT-BA), substituindo Erika Hilton, que não estava presente na audiência. O deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) também participou do encontro.

O encontro expôs visões opostas. Representando as centrais sindicais, Ricardo Patah, da UGT (União Geral dos Trabalhadores), e Juruna, da Força Sindical, defenderam a redução da jornada como uma reparação histórica aos trabalhadores. Já o sociólogo José Pastore alertou que “a conta não fecha”, pois manter salários, reduzir horas, sustentar a mesma receita e preservar a produtividade podem inviabilizar empresas e comprometer empregos formais.

Por Agência CNT Transporte Atual

Governo lança consulta sobre fim da exigência de autoescola para CNH

Notícias 01 de outubro de 2025

O Ministério dos Transportes abre, a partir desta quinta-feira (2), uma consulta pública que pretende modificar as regras para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A proposta, segundo a pasta, prevê que o candidato possa escolher diferentes formas de se preparar para os exames teórico e prático, que continuarão obrigatórios, como condição para a emissão da CNH.

A ideia é retirar a obrigatoriedade de contratação de autoescolas por parte dos candidatos, que poderão escolher contratar instrutores autônomos credenciados.

"Hoje, os altos custos e a burocracia impedem milhões de pessoas de ter a habilitação. 20 milhões de brasileiros dirigem sem carteira, porque o modelo atual é excludente, caro e demorado demais", afirmou o ministro do Transportes, Renan Filho, em uma postagem nas redes sociais para divulgar a iniciativa.

"Com a nova proposta, o cidadão terá mais liberdade para escolher como se preparar para as provas do Detran, de forma mais personalizada e acessível. O objetivo do governo é democratizar o acesso à CNH, ampliar a inclusão e tornar o trânsito mais seguro no país", acrescentou.

A expectativa do governo é que a flexibilização na formação de novos motoristas reduza o custo da CNH, que atualmente pode ultrapassar R$ 3,2 mil, segundo o Ministério dos Transportes.

A minuta do projeto ficará disponível por 30 dias na plataforma Participa + Brasil, e depois seguirá para análise do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Durante esse período, qualquer cidadão poderá enviar sugestões e contribuições.

Mudanças

Entre as mudanças propostas, está justamente o fim da exigência de carga horária mínima de 20 horas-aula práticas. O candidato poderá escolher como fará sua preparação, contratando um centro de formação de condutores ou um instrutor autônomo.

Os instrutores deverão ser credenciados pelos Departamentos de Trânsito (Detrans) dos estados. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) permitirá a formação desses profissionais por cursos digitais.

A projeção do governo federal é que o custo para obtenção da CNH poderá cair em até 80%, resultado da ampliação das formas de oferta da formação teórica, inclusive contando com formatos digitais, e a dispensa da carga horária mínima nas aulas práticas.

Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

Lançamento do Frota Advisor reforça protagonismo da COMJOVEM na criação de soluções para o Transporte Rodoviário de Cargas

Notícias 01 de outubro de 2025

O Frota Advisor, solução inovadora para conectar transportadoras e caminhoneiros a uma rede confiável de prestadores de serviços avaliados, teve seu pré-lançamento realizado durante a segunda edição do CONET&Intersindical de 2025, que aconteceu em agosto deste ano, na cidade de Bento Gonçalves (RS).

O aplicativo nasceu na COMJOVEM – Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística, reforçando o protagonismo da nova geração na construção de iniciativas que geram melhorias reais para o Transporte Rodoviário de Cargas.

A origem do projeto remonta a 2022, quando integrantes dos Núcleos da COMJOVEM de todo o Brasil receberam, como desafio proposto pelo Instituto COMJOVEM de Desenvolvimento Mercadológico e pela Coordenação Nacional, a realização de projetos de melhoria para o ambiente de negócios do setor de Transporte Rodoviário de Cargas. Foi a partir desse movimento que surgiu a ideia do Frota Advisor, que hoje se consolida como um marco de inovação.

A proposta é transformar a busca desorganizada por serviços de manutenção em estradas desconhecidas em uma experiência segura, eficiente e prática, elevando a qualidade e a confiança nas operações logísticas.

O Head Comercial do Frota Advisor, André de Simone, destacou que o aplicativo é fruto de um trabalho coletivo de observação e dedicação dos jovens empresários, atentos às dores do setor e comprometidos em desenvolver soluções que impactem diretamente a vida das transportadoras, caminhoneiros e prestadores de serviço. “O Frota Advisor reflete a força e a visão dos jovens empresários que, ao observar de perto os desafios enfrentados no Transporte Rodoviário de Cargas, criaram uma solução que une tecnologia, eficiência e segurança. Este projeto mostra o quanto a nova geração está preparada para contribuir com o futuro do setor, trazendo inovação e fortalecendo todo o ecossistema logístico.”

A plataforma atende três públicos fundamentais: as transportadoras, que necessitam de serviços confiáveis em viagens por regiões desconhecidas; os caminhoneiros, que buscam manutenção acessível e rápida para emergências mecânicas, e os prestadores de serviço, que desejam aumentar sua visibilidade e conquistar novos clientes em um mercado altamente competitivo.

Com o MVP já pronto, o próximo passo do projeto é o lançamento nacional, previsto para novembro de 2025.

A plataforma disponibilizou formulários para indicação e pré-cadastro de prestadores de serviço na base de pré-lançamento do Frota Advisor.

Participe:

Pré-cadastro de Prestadores de Serviço:

https://forms.gle/X8VPCqZRrMmxfgfn8

Indicação de Prestadores de Serviço:

https://forms.gle/VDX6gLpQM1cFH4o58


Fonte: NTC&Logística

MPF pede proibição de multas no sistema de pedágios Free Flow

Notícias 30 de setembro de 2025

O Ministério Público Federal (MPF) move ação para proibir multas por falta de pagamento em sistema de cobrança eletrônica na Via Dutra, parte da BR-116, nas áreas da capital e dos municípios de Guarulhos e Arujá, ambos na região metropolitana de São Paulo e com intenso tráfego local. A concessionária da via é a empresa Motiva, desde 2022. A ação civil pública tem como foco as cobranças no sistema eletrônico sem cancelas, conhecido como Free Flow.

"O sistema de cobrança eletrônica não tem natureza jurídica de pedágio, uma vez que constitui um serviço alternativo oferecido aos motoristas para evitarem congestionamentos em vias laterais, sem o objetivo de angariar recursos para a manutenção da rodovia. É dessa classificação que deriva a ilegalidade da aplicação de multas para eventuais usuários inadimplentes", explica o MPF em nota.

O órgão pede que a ação se estenda a outras vias do país. O sistema tem sido adotado desde 2023, quando começou na BR-101.

Segundo os promotores há riscos elevados "de que o sistema gere milhões de multas indevidas e leve motoristas ao superendividamento e à impossibilidade de dirigir", o que é inconstitucional. A cobrança das tarifas configura uma relação de consumo entre motoristas e a empresa concessionária, "cujas circunstâncias e consequências devem ser regidas pelo Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil, não pelas leis de trânsito", complementam. 
 

A projeção do dano se baseia nos números registrados no trecho em que o modelo já funciona na rodovia Rio-Santos (BR-101), também sob gestão da Motiva (antigo grupo CCR).

"Lá, o sistema de cobrança eletrônica gerou mais de 1 milhão de multas em 15 meses, com impacto financeiro total de R$ 268 milhões para os motoristas", explica a nota do MPF.

"O trecho da Dutra onde foram instalados os pórticos concentra o maior tráfego pendular do país, com cerca de 350 mil veículos em deslocamento diário entre as cidades da Grande São Paulo. Boa parte desse fluxo se deve a atividades rotineiras comuns ao cotidiano dos cidadãos. O MPF destaca que as multas relacionadas ao sistema eletrônico de cobrança impõem a esses motoristas punições excessivas por uma conduta que nem mesmo constitui infração administrativa, ferindo direitos básicos decorrentes dos princípios constitucionais da proporcionalidade, da razoabilidade, da dignidade humana e outros que asseguram a proteção aos consumidores", alerta a ação.

Concessionária Motiva e ANTT

Em contato com a Motiva, a Agência Brasil recebeu o seguinte posicionamento: "A concessionária informa que, até o presente momento, não foi oficialmente notificada sobre a decisão do Ministério Público Federal. Tão logo seja formalmente comunicada, adotará as medidas cabíveis, conforme previsto na legislação vigente". 

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) respondeu que assim que for notificada formalmente, o corpo técnico e a procuradoria jurídica vão avaliar a solicitação do MPF e a ANTT vai se manifestar nos autos sobre o tema, sempre visando o alto padrão de qualidade na prestação do serviço aos usuários, respeitando os aspectos legais, regulatórios e contratuais.

A ANTT lembra que é pioneira na implementação dessa tecnologia em rodovias no Brasil. O ambiente experimental realizado pela agência ao longo de dois anos permitiu a análise da melhor modelagem e dos procedimentos antes da expansão para outras concessões federais. O Free Flow representa uma nova era na forma de cobrança de pedágio em rodovias concedidas no Brasil, permitindo ampliar a segurança viária, fluidez e o conforto para os usuários. Além dos testes, o tema segue sendo amplamente debatido com a sociedade por meio das reuniões participativas e audiências públicas, além de uma comunicação ativa com todos os atores envolvidos, incluindo o MPF.

Guilherme Jeronymo - Repórter da Agência Brasil

Falta de motoristas e alto custo do diesel desafiam o transporte intermunicipal de passageiros

Notícias 30 de setembro de 2025

O transporte rodoviário intermunicipal de passageiros convive com dois grandes desafios: a falta de mão de obra qualificada e o peso do diesel no custo operacional. A Pesquisa CNT Perfil Empresarial – Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros 2025, divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional do Transporte, revela que quase metade das empresas do setor tem vagas abertas para motoristas.

Para 66,2% dos empresários, a falta desses profissionais é a principal carência do setor, reflexo da baixa atratividade da profissão e da escassez de trabalhadores com experiência e treinamento adequado. Já 55,4% apontam o preço do combustível como o maior entrave, considerando que praticamente toda a frota (99,2%) depende do diesel.

Outro desafio apontado é a concorrência com o transporte clandestino: 58,5% dos empresários acreditam que essa prática terá grande impacto nos próximos três anos. Além de gerar desequilíbrio no mercado, o transporte irregular compromete a segurança do usuário.

Apesar das dificuldades, o segmento é essencial para a integração regional e o desenvolvimento socioeconômico do país. Diariamente, cerca de 7,4 milhões de pessoas se deslocam entre municípios, reforçando a importância de um sistema de transporte estruturado e confiável. Nesse sentido, a Pesquisa demonstra que as principais rotas têm origem, predominantemente, em municípios de até 400 mil habitantes (44,6%), enquanto os destinos mais recorrentes dessas rotas são cidades de pequeno porte, com até 20 mil habitantes (31,8%). O dado reforça o papel fundamental do transporte coletivo intermunicipal na integração territorial do Brasil.

“As linhas intermunicipais de passageiros têm uma importância social enorme. São elas que permitem que moradores de pequenas cidades possam estudar, trabalhar e acessar serviços de saúde em centros maiores. O transporte coletivo garante cidadania e desenvolvimento regional”, afirma Vander Costa, presidente do Sistema Transporte.

Adicionalmente, os dados revelam que predominam no setor empresas já consolidadas no mercado, com mais de 20 anos de atuação (83,1%). Em relação à totalidade das empresas pesquisadas, 85,4% são geridas por entes familiares. Observa-se, ainda, que 64,6% delas também estão presentes em outros ramos, como o fretamento (78,6%) e o transporte rodoviário de cargas (32,1%).

Painel

Os resultados do levantamento também estão disponíveis no Painel da Pesquisa CNT Perfil Empresarial – Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros. A ferramenta permite consultar os dados levantados na Pesquisa e, ainda, dá acesso ao perfil empresarial agregado do segmento e a informações específicas do setor. As informações individuais estarão disponíveis apenas às empresas participantes da iniciativa e serve para comparação individual em relação ao próprio ramo de negócio.

 

Acesse a íntegra da Pesquisa CNT Perfil Empresarial

Por Agência CNT Transporte Atual

CNT orienta setor sobre impactos da Lei do Motorista em palestra no Fretamento 2025

Notícias 30 de setembro de 2025

Com informações práticas e direcionadas ao setor, a CNT levou ao Fretamento 2025 uma análise sobre os impactos da Lei do Motorista (Lei nº 13.103/2015). Nessa sexta-feira (26), o gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais da CNT, Frederico Toledo Melo, apresentou os principais efeitos do julgamento da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5322 pelo STF (Supremo Tribunal Federal), indicando caminhos para que empresas e sindicatos enfrentem os desafios trabalhistas com segurança jurídica e equilíbrio nas relações de trabalho.

O gerente detalhou como a decisão do STF, que declarou constitucionais 16 pontos da lei, mas invalidou quatro dispositivos centrais, impacta diretamente a gestão de pessoas e a rotina operacional das empresas de transporte. O Supremo considerou inconstitucionais o fracionamento do intervalo interjornada, o descanso semanal remunerado, o tempo de espera e o repouso em movimento em viagens em dupla.

Para Frederico, compreender o alcance jurídico da decisão é fundamental para que o segmento se adapte de forma segura. Ele destacou que, ao modular os efeitos ex nunc, o STF evitou insegurança retroativa e abriu espaço para que os temas sejam tratados em negociação coletiva, respaldada pela Constituição Federal e por convenções da OIT.

“A abertura à negociação coletiva permite que empresas e sindicatos construam soluções adequadas à realidade do transporte, com equilíbrio e segurança jurídica”, afirmou.

Ferramentas práticas para empresas e sindicatos

Para apoiar o setor diante desse novo cenário, a CNT e a CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres) elaboraram documentos orientativos, com diretrizes e minutas de acordos coletivos, que podem servir como guias para empresas e sindicatos nas negociações trabalhistas. Esses materiais foram destacados pelo palestrante como instrumentos que dão clareza às regras e fortalecem a atuação das empresas diante dos novos desafios.

Fretamento 2025

Nos dias 25 e 26 de setembro, o Mabu Thermas Grand Resort, em Foz do Iguaçu (PR), recebeu o maior encontro de empresas de fretamento do país. O evento reuniu empresários, especialistas, autoridades e fornecedores para debater tendências da mobilidade, com foco em inovação, tecnologia, gestão de dados e inteligência artificial.

Além das palestras e dos painéis, o encontro contou com exposição de soluções e muito espaço para networking. Os últimos dias foram reservados para integração, lazer e turismo, fortalecendo ainda mais a conexão entre os participantes.

Organizado pela ANTTUR (Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento) e pela Fresp (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo), o Fretamento 2025 reafirmou sua importância como fórum estratégico para o futuro do transporte, unindo competitividade, inovação e valorização do setor.

Fonte: Agência CNT Transporte Atual 


Alta do IOF: como isso impacta a sua transportadora

Notícias 29 de setembro de 2025

Cada quilômetro rodado tem o seu custo para as empresas de transporte rodoviário de cargas no Brasil. A nova alta do IOF chega como mais um peso já na alta carga tributária que o caminhão tem de carregar. O Imposto sobre Operações Financeiras, que incide sobre operações de crédito e câmbio, deixará as estradas mais onerosas para transportadoras e, também, consumidores.

“Usou o limite no cheque especial? Pediu empréstimo? Fez uma aplicação financeira e quer resgatar fora do prazo? — Vai pagar mais IOF. Tudo passa pelo custo do dinheiro”, explica a economista do SETCESP e coordenadora do IPTC, Raquel Serini.

A nova alíquota aumentou o custo de antecipação de recebíveis, compras internacionais e outras transações financeiras. Já está valendo, desde o dia 16 de julho, quando o STF deu ganho parcial ao governo, mantendo integral ou parcialmente alguns pontos do decreto nº 12.466/2025, assinado pelo presidente da República em 23 de maio.

Embate entre poderes

Sim, você não leu errado. O decreto só passou a vigorar com uma decisão do Supremo Tribunal Federal, porque antes, houve uma queda de braço entre os poderes Executivo e o Legislativo. O Congresso tentou suspender a medida, porém não conseguiu.

Para uma melhor compreensão, o assessor jurídico do SETCESP, Marcos Aurélio Ribeiro, detalha como uma decisão, que deveria ser tomada apenas por quem governa, foi desta vez, definida por quem julga.

“IOF é um imposto de caráter regulatório, portanto não deveria ser utilizado visando aumentar a arrecadação. Diferentemente dos demais tributos, ele tem vigência imediata e pode ter sua alíquota alterada por decreto presidencial, sem necessidade de aprovação do Congresso Nacional, algo que não ocorre com os outros impostos, que só podem ser modificados por meio de lei”, informa o assessor.

 “O aumento, puro e simplesmente, foi para elevar a arrecadação, porque o governo tem um déficit de 30 bilhões”

Só que justamente por ter esse caráter regulatório, o Congresso entendeu que o decreto do presidente da República aumentando o IOF feria a Constituição, porque o imposto não poderia ser aumentado com a finalidade de aumento da arrecadação.

“Quando o governo altera uma política desta forma, surgem dois efeitos: de um lado, há a geração da receita; do outro, cria-se instabilidade política e desconfiança em relação ao governo, especialmente entre investidores, que reagem negativamente ao aumento de impostos sobre as transações”, destaca a economista.

Ribeiro conta que era preciso justificar o caráter regulatório do aumento. “Nesse caso, não foi justificado nada. O aumento, puro e simplesmente, foi para elevar a receita, porque o governo tem um déficit de 30 bilhões e precisa aumentar a arrecadação rapidamente, e qual imposto permite o aumento de imediato? — Sim, o IOF.

Quando isso ocorreu, houve uma reação generalizada dos agentes econômicos e setores produtivos que se manifestaram contra o aumento do IOF, alegando que o decreto era inconstitucional. A pressão foi de todos os lados.

Em nota, a NTC&Logística afirmou que para o transporte de cargas a medida “inibe investimentos e fragiliza ainda mais o setor, essencial para o funcionamento das atividades econômicas de produção, distribuição e abastecimento no país”.

No mesmo sentido, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) publicou um posicionamento afirmando que “o equilíbrio das contas públicas depende, necessariamente, da responsabilidade no uso dos recursos e da adoção de medidas estruturantes, como a reforma administrativa”.

A partir de toda essa pressão, o Congresso aprovou um projeto de decreto legislativo para revogar o decreto do presidente da República. A decisão do executivo perdeu seus efeitos, valendo as alíquotas anteriores. Esta situação durou menos de uma semana.

O poder executivo não deixou por isso mesmo, e ingressou no Supremo com uma ação para declarar a Constitucionalidade do decreto presidencial. A ação do caso foi direcionada ao ministro Alexandre de Moraes que, quando recebeu as duas ações, deu um despacho suspendendo ambos os decretos: o do legislativo e do executivo.

“Será o consumidor final que pagará essa conta, porque a logística e a produção ficam mais caras, e por consequência os produtos nas prateleiras também”

Supremo bate o martelo

Mas em poucos dias, uma nova decisão do ministro reconheceu que o executivo pode alterar a alíquota do IOF com caráter regulatório, independentemente da justificativa.

“Diante desse entendimento, nada mais impede que o executivo possa constitucionalmente aumentar o imposto, a única coisa que o ministro vetou foi o aumento na operação de risco sacado, por entender que essa operação não tem uma previsão legal da incidência”, conta Ribeiro.

“Uma coisa é quem poupa e outra quem pega empréstimo”, pontua Serini. “Se você pune todo mundo igual, cria uma disparidade. Por isso ficou de fora a operação de risco sacado”, esclarece.

Efeito cascata

Para um setor de margens já apertadas, o impacto deste aumento é direto. Transportadoras dependem de leasing, financiamentos e antecipação de recebíveis para sustentar o fluxo de caixa, já que o prazo médio para recebimento é por volta de 120 dias.

“Com IOF mais alto, aumenta o custo do capital de giro, da renovação da frota e dos investimentos em implementos”, aponta o presidente do SETCESP, Marcelo Rodrigues. “Qualquer variação pode inviabilizar a operação. Cada centavo por quilômetro conta”, diz.

Empresas mais vulneráveis, com pouco acesso ao crédito, encontram dificuldades para investir na renovação da frota. A alternativa acaba sendo manter veículos mais antigos, que geram custos maiores de manutenção. Um ciclo que fragiliza toda a cadeia produtiva.

“O veículo e o implemento são os principais ativos do transporte. Não tenho dúvidas de que eles estariam entre as prioridades de investimento das empresas caso a alíquota do IOF tivesse sido mantida”, afirma o presidente.

“Pensando no geral, será o consumidor final que pagará essa conta, porque a logística e a produção ficam mais caras, e por consequência os produtos nas prateleiras também. Embora pareça um imposto distante, ele afeta diretamente o consumidor”, avalia Serini.

“Com IOF mais alto, aumenta o custo do capital de giro, da renovação da frota e dos investimentos em implementos”

“Temos uma atividade que consome quantidade enorme de insumos e que gera muitos empregos. Se a atividade de transporte pudesse ser isenta de IOF, com certeza geraríamos mais empregos com maiores investimentos”, considera Rodrigues.

Está valendo

Apesar de existirem bons motivos para o governo recuar, especialistas acreditam que isso não deve acontecer.

“O Congresso poderia até aprovar uma lei para alterar a legislação do IOF, mas a mudança só teria efeito a partir da sua entrada em vigor, e ainda assim dependeria da aprovação do presidente da República”, pondera o assessor.

Do ponto de vista da economista, a curto e médio prazo, o governo deve manter o aumento do IOF como está. No entanto, a longo prazo, se a arrecadação ainda não atingir o esperado para equilibrar as contas públicas, o imposto pode ser elevado novamente, inclusive alcançando outras operações financeiras. “Na minha opinião, essa porta já se abriu: você aumentou para uma parte, então elevar para o restante é uma questão de tempo”.

“O grande problema do imposto no Brasil é que quando passa a valer não dá para saber quando sai ou diminui”, avalia também Ribeiro.

Setor privado fez 70,5% dos investimentos em infraestrutura em 2024

Notícias 29 de setembro de 2025

Os investimentos em infraestrutura chegaram a 2,27% do PIB em 2024, com a soma de R$ 266,8 bilhões. Desse montante, 70,5% são representados pelo setor privado, o que corresponde a investimentos de R$ 188,1 bilhões. Os investimentos públicos tiveram impulso dos governos subnacionais e voltaram a crescer, atingindo R$ 78,6 bilhões (0,67% do PIB).

Os números fazem parte da 24ª edição da Carta de Infraestrutura, elaborada pela consultoria Inter.B, que também aponta as projeções para 2025, novos cálculos do estoque de capital no setor e seus principais segmentos, e uma agenda de modernização da infraestrutura no país. Quanto às projeções para este ano, o estudo indica R$ 277,9 bilhões de investimentos em infraestrutura – 2,19% do PIB projetado.

Segundo a Inter.B, apesar do aumento dos investimentos em anos recentes, um nível de serviços consistente com as necessidades do país segue distante. “Mais: o país está se afastando da fronteira”, informa a consultoria. No cálculo da trajetória do estoque de capital em infraestrutura e do hiato de investimentos para alcançar o estoque-alvo, que é estimado em 63,7% do PIB, a Inter.B conclui que a demanda de investimentos representa desafios adicionais para a modernização do setor.

“Num horizonte de duas décadas, serão necessários investimentos de 4,65% do PIB ao ano em contraposição a 4,16% do PIB pelas estimativas realizadas na segunda metade da década passada”, observa. De acordo com essa análise, os recursos adicionais são necessários para atender às novas demandas de resiliência, relacionadas às mudanças climáticas e ao crescimento da população e da atividade econômica, além das demandas referentes à expansão das manchas metropolitanas e da aceleração das mudanças tecnológicas (que resultam em uma depreciação mais rápida dos ativos).

Fonte: Agência Infra 

NTC&Logística participa do VII Fórum de Segurança do Transcares em Vitória

Notícias 29 de setembro de 2025

No dia 25 de setembro, no Hotel Senac/Ilha do Boi, em Vitória, Espírito Santo, ocorreu o VII Fórum de Segurança – Prevenção e Combate ao Furto e Roubo de Cargas, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Espírito Santo – TRANSCARES, que reuniu autoridades, dirigentes do setor de transporte e logística, especialistas e forças policiais para debater um tema que segue desafiador e urgente. O evento também contou com a participação da Associação Nacional do Transporte de Cargs e Logística – NTC&Logística, representada pelo vice-presidente extraordinário de Segurança, Roberto Mira, e pelo delegado de polícia e especialista em segurança, Dr. Waldomiro Milanesi.

Entre os ilustres presentes, estiveram o deputado estadual (União Brasil) e presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos; o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Romualdo Gianordoli Neto; o presidente da Federação das Empresas de Transportes do Estado do Espírito Santo – FETRANSPORTES e do Conselho Regional do Espírito Santo (CRES) do SEST SENAT, Renan Chieppe; o assessor de Segurança da Confederação Nacional do Transporte – CNT, Getúlio Bezerra, além de dirigentes sindicais e representantes de instituições como a Receita Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) no Espírito Santo. A participação dessas lideranças confirmou a importância do fórum e a necessidade de união entre diferentes esferas para enfrentar o roubo de cargas no país.

Para o estado do Espírito Santo, que ainda figura entre aqueles que registram casos significativos de furto e roubo de cargas, o fórum constituiu-se em oportunidade de reforçar a articulação local e nacional. Segundo dados da NTC&Logística, em 2024 foram contabilizados 10.478 roubos de carga em todo o país, com prejuízos estimados em R$ 1,2 bilhão, números que demonstram que, embora haja variações regionais, o problema permanece intenso.

Abrindo os trabalhos, o presidente do TRANSCARES, Luiz Alberto Teixeira, ressaltou: “Não é porque o Espírito Santo tenha índices menos expressivos, quando comparados aos de regiões mais críticas, que vamos tratar o tema com descuido – ao contrário, é mais um motivo para não baixarmos a guarda”. Para ele, a prevenção só é eficiente quando há integração plena entre o setor público, as empresas e as forças de segurança.

A programação contou com palestras técnicas da NTC&Logística, do TRANSCARES e da Federação das Empresas de Tansportes de Cargas e Logística do Estado de Minas Gerais – FETCEMG, além de intervenções das Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, e de especialistas em segurança, tecnologia e regulação. Entre os destaques, o delegado Waldomiro Milanesi apresentou o panorama nacional do roubo de cargas, apontando desafios, tendências criminais e a necessidade de resposta coordenada entre os estados.

Durante sua fala, o vice-presidente de Segurança da NTC&Logística, Roberto Mira, ratificou a importância do encontro e da continuidade do trabalho. “Este fórum é uma plataforma essencial para mantermos o tema em evidência, dado o impacto econômico e social que o roubo de cargas representa. O trabalho do TRANSCARES demonstra que a união de esforços entre entidades, empresas e forças policiais gera resultados concretos. A NTC&Logística atua nessa frente há quase 30 anos, fornecendo estudos, estratégias de prevenção e apoio técnico constante. E afirmo: o nosso trabalho não para, porque entendemos que não podemos descansar até que haja segurança efetiva para toda cadeia logística.”

O VII Fórum de Segurança realizado pelo TRANSCARES mostrou-se mais que um encontro de discursos: tornou-se uma declaração de compromisso entre representantes do setor público e privado – incluindo forças de segurança –, tendo contado com o firme apoio e efetiva participação da NTC&Logística – suporte técnico, articulação e constância de atuação.



Fonte: NTC&Logística, com informações do TRANSCARES 

Roubo e furto de cargas voltam ao centro das atenções durante o VII Fórum de Segurança, do Transcares

Notícias 26 de setembro de 2025

O roubo de cargas voltou a ficar na mira do Espírito Santo durante o VII Fórum de Segurança – Prevenção e Combate ao Furto e Roubo de Cargas, realizado na manhã desta quinta-feira, 25 de setembro, no Hotel Senac/Ilha do Boi, em Vitória. O evento jogou luz ao crime que resultou num prejuízo estimado de R$ 1,2 bilhão somente ano passado, com 10.478 casos registrados em todo o Brasil, reuniu autoridades, dirigentes e empresários do setor de transportes e logística, e representantes de forças policias, e o auditório lotado confirma: o tema continua atual como nunca!

Atual – e relevante! – até para o Espírito Santo, que continua vivendo uma espécie de realidade paralela no Sudeste. Enquanto a região continua liderando o ranking de ocorrências, respondendo por mais de 83% dos casos, o Estado capixaba registrou 68 casos em 2024 e até 31 de agosto eram 41. Mas como costuma repetir o presidente do Transcares, Luiz Alberto, “não é porque temos poucos casos que não vamos tratar do tema! É mais um motivo para não baixarmos a guarda.”

“É lógico que o cenário em que estamos nos orgulha, mas não nos acomoda. Pelo contrário! Entendemos que a prevenção é o caminho mais eficaz para evitar que essa realidade mude. E prevenção exige integração – integração entre iniciativa privada, poder público e forças policiais. É justamente essa soma de esforços que tem permitido ao nosso Estado construir uma cultura de segurança eficiente”, completou o anfitrião, que encerrou o fórum falando do seu prestígio, em consideração ao público presente.

Teixeira se referia a convidados como o presidente da Fetransportes e do Conselho Regional do Sest Senat, Renan Chieppe, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, o subsecretário de Inteligência de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, o delegado Romualdo Gianordoli, o Assessor de Segurança da CNT, Getúlio Bezerra, e o vice-presidente de Segurança da NTC & Logística, Roberto Mira, o presidente do Sindliqes, Joceny Calenzane, a delegada da Alfândega da Receita Federal, Adriana Junger, e o superintendente da Abim-ES, Diogo Magalhãs, dentre outros.

                                                                               

Programação

A programação do Fórum incluiu palestras técnicas da NTC&Logística, Transcares e Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de Minas Gerais), e de representantes das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal. E outra duas apresentações – de Claudio Marota, da #S Tecnologia, e Max da Mata, diretor de Relações Institucionais da Comprocard.

Os palestrantes, o delegado de Polícia Civil de São Paulo Waldomiro Milanezi, que apresentou o cenário nacional do roubo de cargas, Mario Natali, que falou das ações de integração realizadas no Espírito Santo (Transcares), Ivanildo dos Santos, responsável por mostrar o cenário de Minas Gerais, além do delegado de Polícia Civil, Christian Waichert, do tenente-coronel da Polícia Militar Johnny Jihei Tanaka, do inspetor da PRF Thiago Rangel e do delegado Guilherme Pacífico, subsecretário de Comando e Inovação da Sesp (secretaria de Segurança Púbica), foram unânimes: combater o furto e roubo de cargas passa, obrigatoriamente, por uma maior integração.

“Para entregar uma investigação de qualidade precisamos de informação. E muitas vezes essas informações não chegam a nós. Então, quando falamos da necessidade de uma comunicação rápida e integrada, não me refiro apenas à polícia, mas a todos os envolvidos – empresas gerenciadores de risco e seguradoras, transportadoras e polícia”, argumentou o titular da Delegacia Especializada de Crimes contra o Transporte de Cargas no Espírito Santo, Christian Waichert.

O mineiro Ivanildo dos Santos seguiu na mesma direção e foi ainda mais longe. “Existem empresários que não falam que foram roubados. Isso atrapalha o trabalho da polícia e as estatísticas, e enfraquece o ecossistema de prevenção e combate”.

Além de endossar as palavras de Christian e Ivanildo, o delegado de São Paulo Waldomiro Milanezi destacou a posição do Espírito Santo, tratando-a como case de sucesso para o Brasil. “Precisamos entender o que e feito aqui para replicar nacionalmente”.

O VII Fórum de Segurança – Prevenção e Combate ao Furto e Roubo de Cargas foi uma realização do Transcares, com apoio institucional do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social (Sesp), teve patrocínio da 3S Tecnologia, Comprocard, Santos e Silveira Corretora de Seguros, Ellos Corretora de Seguros, Ticket Log, Ecovias Capixaba, Neocount e Sincades, e apoio da Fetransportes e da Fecomércio.

Fonte: Anna Carolina Passos

Entidades do Transporte Rodoviário de Cargas reúnem-se com o vice-presidente Geraldo Alckmin: pauta sobre energia limpa

Notícias 23 de setembro de 2025

No último dia 17 de setembro de 2025, representantes da NTC&Logística e demais entidades do Transporte Rodoviário de Cargas participaram de audiência, em Brasília, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tratar da inclusão do setor no acesso ao crédito para projetos de energia limpa do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

A reunião teve, como base, ofício previamente encaminhado ao Ministério, no qual as entidades ressaltaram a urgência de ações para reduzir as emissões de CO2 do setor de transporte rodoviário, que responde por 93% das emissões do transporte nacional. O documento enfatizava a necessidade de ampliar o uso de biocombustíveis e de fomentar a renovação de frota com caminhões movidos a biometano, elétricos e híbridos, dentro das diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima.

Participaram da audiência o vice-presidente, o diretor financeiro, o diretor jurídico e a vice-presidente extraordinária da Pauta ESG da NTC&Logística – Antonio Luiz Leite; José Maria Gomes; Marcos Aurélio Ribeiro e Joyce Bessa, respectivamente; o conselheiro vitalício da entidade, Urubatan Helou; o presidente da FETCESP, Carlos Panzan; o presidente da ABTLP, Oswaldo Vieira Caixeta Junior; o presidente do Sindipesa, Julio Eduardo Simões; a diretora-executiva adjunta da CNT, Fernanda Rezende, e o presidente da TransJordano, João Bessa.

Durante o encontro, foi destacado que o acesso ao Fundo Clima – Logística de Transporte, Transporte Coletivo e Mobilidade Verdes, operacionalizado pelo BNDES, deve contemplar de maneira efetiva as demandas do setor de cargas, permitindo condições diferenciadas de crédito para investimentos em frota e infraestrutura sustentáveis.

Para o vice-presidente da NTC&Logística, Antonio Luiz Leite, o papel estratégico do setor no processo de descarbonização da economia brasileira foi ratificado na audiência. “O Transporte Rodoviário de Cargas é essencial para o país, mas também é um dos maiores emissores de CO2. Por isso, precisamos de apoio diferenciado para investir em alternativas sustentáveis. O acesso facilitado ao crédito do BNDES é fundamental para que possamos avançar em direção a uma frota mais limpa e contribuir com as metas climáticas do Brasil”, afirmou.

As entidades reforçaram, ainda, que a agenda de descarbonização é estratégica não apenas para o setor, mas para o futuro energético e ambiental do Brasil, especialmente diante do protagonismo internacional que o país terá como sede da COP30.

FONTE: NTC&Logística / FOTO: NTC&Logística

ANTT disponibiliza nova funcionalidade de cancelamento no RNTRC Digital

Notícias 23 de setembro de 2025

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) lançou uma ferramenta que permite aos transportadores realizar, de forma ágil e simplificada, o cancelamento do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC).

A funcionalidade está disponível gratuitamente no RNTRC Digital, eliminando a necessidade de protocolar pedidos presenciais junto à Agência e proporcionando maior praticidade, segurança e economia de tempo. Para auxiliar os usuários, a ANTT disponibilizou um vídeo tutorial detalhando o passo a passo do procedimento em seu canal no YouTube.

O serviço é destinado a transportadores com registros nas situações “Ativo”, “Pendente”, “Suspenso Cautelarmente”, “Suspenso” ou “Vencido”. O cancelamento pode ser realizado de forma rápida e intuitiva pelo RNTRC Digital ou, alternativamente, presencialmente, por meio de um representante legal, em Pontos de Atendimento credenciados pela ANTT, como ETC, TAC ou CTC.

Para consultar a situação do registro, o transportador pode acessar a Consulta Pública da ANTT ou utilizar o próprio RNTRC Digital, garantindo total transparência e controle sobre os dados cadastrais.

O cancelamento do RNTRC pode ocorrer nos seguintes casos:

  • A pedido do transportador ou de seu representante legal;
  • Em razão de óbito ou encerramento da pessoa jurídica;
  • Por decisão definitiva em processo administrativo tramitado na ANTT, conforme previsto na Resolução ANTT nº 5.982/2022.

Essa iniciativa reforça o compromisso da ANTT com a modernização dos serviços, a inclusão digital e a simplificação de processos, beneficiando diretamente transportadores em todo o país.

Todos os serviços realizados pelo RNTRC Digital são gratuitos.

>>> Acesse aqui o RNTRC Digital <<<

>>> Acesse aqui o vídeo tutorial passo a passo <<<

Como cancelar seu RNTRC de forma rápida e segura

Siga nosso passo a passo simples e intuitivo para cancelar seu RNTRC de forma ágil, segura e gratuita, diretamente pelo RNTRC Digital.

 

1. Acesse o RNTRC Digital

Entre no portal rntrcdigital.antt.gov.br de qualquer dispositivo, sem precisar se deslocar até a Agência.

2. Selecione o Registro

Escolha o RNTRC que deseja cancelar e verifique sua situação: Ativo, Pendente, Suspenso ou Vencido.

3. Confirme o Cancelamento

Revise todas as informações e confirme o cancelamento. O processo é rápido, seguro e totalmente gratuito.

4. Assista ao Tutorial

Para mais detalhes, confira o passo a passo no vídeo tutorial da ANTT: Clique aqui.

FONTE: Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT

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