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Entidades do TRC de SP reiteram pedido ao governo para vacinação dos profissionais do setor contra Covid 19
Notícias 16 de junho de 2021
A FETCESP (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), a FTTRESP (Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo) e a FETRABENS (Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo) enviaram, na sexta-feira (11 de junho), ofício ao governador do Estado de São Paulo, João Doria, reiterando pedido de priorizar os profissionais do TRC na vacinação contra a covid 19
No documento as entidades avaliam a situação. “Incompreensível o não reconhecimento pelo Governo do Estado de São Paulo da situação de vulnerabilidade e o risco a que o motorista de transporte está submetido, deixando até agora de acolher o pedido de inclusão da categoria na lista de prioridade de vacinação, proporcionando indispensável proteção ao profissional fundamental para a continuidade de circulação de bens no País e que inclusive leva a vacina aos locais de vacinação, mas dela não lhe é permitido usufruir. Por isso, as entidades em conjunto resolveram reiterar pedido anteriormente encaminhado à Vossa Excelência desde dezembro de 2020, no sentido de priorizar o atendimento e vacinação dos motoristas profissionais empregados das empresas de transporte rodoviário de cargas e do motorista autônomo de veículos de carga, fazendo assim justiça com a categoria e reconhecendo a relevância dos serviços por eles prestados a toda a sociedade.”
Íntegra do documento
A FETCESP – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo, a FTTRESP – Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo e a FETRABENS – Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo são entidades que representam as empresas e seus motoristas empregados e autônomos que dirigem veículos de transporte de carga no Estado de São Paulo.
A categoria é composta de trabalhadores abnegados que não mediram esforços e aceitaram o risco de continuar exercendo sua atividade durante mais de um ano de pandemia, mantendo o escoamento da produção no Estado e o abastecimento de toda a cadeia de produção e consumo, assegurando o abastecimento ao consumidor de bens essenciais como remédios, alimentos e todos os gêneros de primeira necessidade, inclusive hospitais e estabelecimentos da saúde.
Incompreensível o não reconhecimento pelo Governo do Estado de São Paulo da situação de vulnerabilidade e o risco a que o motorista de transporte está submetido, deixando até agora de acolher o pedido de inclusão da categoria na lista de prioridade de vacinação, proporcionando indispensável proteção ao profissional fundamental para a continuidade de circulação de bens no País e que inclusive leva a vacina aos locais de vacinação mas dela não lhe é permitido usufruir.
Por isso, as entidades em conjunto resolveram reiterar pedido anteriormente encaminhado à Vossa Excelência desde dezembro de 2020, no sentido de priorizar o atendimento e vacinação dos motoristas profissionais empregados das empresas de transporte rodoviário de cargas e do motorista autônomo de veículos de carga, fazendo assim justiça com a categoria e reconhecendo a relevância dos serviços por eles prestados a toda a sociedade.
Ao ensejo, apresentamos a Vossa Excelência nossos protestos de elevada estima e consideração.
Atenciosamente,
CARLOS PANZAN
Presidente da FETCESP – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo
VALDIR DE SOUZA PESTANA
Presidente da FTTRESP – Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo
NORIVAL DE ALMEIDA SILVA
Presidente da FETRABENS – Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo
Presidente da CNT defende na OIT a requalificação profissional e a retomada das reformas
Notícias 16 de junho de 2021
O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Vander Costa, afirmou, nesta quarta-feira (16), que o Sistema S desempenhará papel estratégico na nova realidade da educação profissional, auxiliando as pessoas que estão enfrentando problemas para acessar o mercado de trabalho formal no contexto pós-covid-19. A declaração foi dada durante o seu discurso na 109ª Conferência da OIT (Organização Internacional do Trabalho), na qual o presidente da CNT foi o delegado da bancada patronal do Brasil.
De acordo com o Relatório da OIT, divulgado pelo seu diretor-geral, Guy Ryder, estima-se que a recuperação global do emprego acelere na segunda metade de 2021, desde que não haja um agravamento da situação geral de pandemia. O documento alerta, porém, que essa retomada pode ser desequilibrada, em função do acesso desigual às vacinas e da capacidade limitada da maioria das economias em desenvolvimento e emergentes para apoiar fortes medidas de estímulo fiscal.
Nesse contexto, a OIT chama atenção para o impacto causado pela pandemia da covid-19 no mercado de trabalho, especialmente com a formação dos jovens. O presidente da CNT ressaltou a importância de dar atenção à educação profissionalizante e à aproximação entre governo, setor privado e sistemas que promovem a formação profissional.
“O Brasil tem uma vantagem em relação a outros países, já que dispõe de sistemas de formação que estão ligados ao setor privado, como é o caso do SEST SENAT e das demais entidades que compõem o Sistema S, financiado pelas grandes empresas”, disse.
Vander Costa também destacou, em sua fala, a necessidade de o Brasil promover um ambiente de negócios propício à geração de empregos em massa. Para isso, ele afirmou que é necessário retomar as discussões, nos três poderes, sobre as reformas estruturantes do Estado brasileiro. “As reformas administrativa e tributária, por exemplo, contribuirão de maneira decisiva para aplacar o déficit nas contas públicas, que cresce a cada ano.”
Mais de 400 mil trabalhadores do transporte foram vacinados contra covid-19
Notícias 15 de junho de 2021
Até a manhã desta segunda-feira (14/6), foram imunizados com a 1ª dose da vacina contra o novo coronavírus 462.964 trabalhadores do transporte em todo o país. Outros 1.787 receberam as duas doses. Os estados que mais vacinaram esse público são São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, segundo informações do Ministério da Saúde.
De acordo com levantamento da Agência CNT Transporte atual, 17 dos 26 Estados, além do Distrito Federal, começaram a imunizar essa parcela da população. Faltam ainda Amapá, Goiás, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Pertencem ao grupo os caminhoneiros, portuários — incluindo trabalhadores da área administrativa —, empregados das companhias aéreas nacionais, empregados de empresas metroferroviárias de passageiros, de cargas e de navegação, além de motoristas e cobradores de ônibus, tanto de transporte coletivo quanto de longo curso.
Em janeiro, o governo federal incluiu, a pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), segmentos dos profissionais do transporte no grupo prioritário da campanha nacional de vacinação contra a covid-19, recordou agência da própria CNT em informe.
“Além das unidades de saúde e drive thrus que estão aplicando a vacina, algumas unidades do SEST SENAT também estão servindo como ponto de vacinação”, informa a CNT.
Fonte: Globo Rural
e-Delivery inicia eletrificação do transporte de carga no Brasil
Notícias 15 de junho de 2021
Primeiro caminhão 100% elétrico desenvolvido no Brasil. e-Delivery começa a ser feito em série na fábrica da VWCO em Resende (RJ) neste semestre
O e-Delivery é o primeiro caminhão 100% elétrico desenvolvido no Brasil. Embora não tenha revelado a data, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) promete iniciar a produção em série em breve. Assim, o e-Delivery vai iniciar o processo de eletrificação do transporte de carga no País.
Ou seja, isso vai criar novos modelos de negócios. Por meio do e-Consórcio. Esse é o nome do sistema de produção da VWCO. Em outras palavras, os fornecedores atuam dentro da fábrica fluminense.
Assim, engloba projeto e desenvolvimento do produto. Bem como a criação de infraestrutura de recarga de baterias e seu descarte. Além da manutenção do veículo e seus periféricos.
Logo, o objetivo é criar um modelo de negócio para os futuros caminhões e ônibus elétricos da marca no País. Segundo o vice-presidente de engenharia/CTO da VW Caminhões e Ônibus, Rodrigo Chaves, trata-se de um momento de transformação.
“Quando olhamos os modais de transporte e os desafios com relação à despoluição nas grandes cidades, vemos uma grande oportunidade de liderar o processo de transformação”, diz Chaves. Segundo ele, isso inclui o desenvolvimento local e em conjunto com os fornecedores.
e-Consórcio
Dessa forma, a VWCO selecionou sistemistas das áreas que envolvem o e-Delivery. Assim, participam do e-Consórcio empresas com a Moura, que fornece as baterias e fará a montagem de parte do caminhão elétrico dentro da fábrica.
Do e-Consórcio também faz parte a Weg, fabricante do motores elétricos. Assim como a Meritor, como fornecedora do eixo trativo. Já a Semcon é a desenvolvedora do sistema de tração elétrica e de alguns componentes, como bombas e compressor do ar-condicionado.
Investimentos
O e-Delivery faz parte da estratégia de desenvolver a mobilidade elétrica anunciada pela Traton. Ou seja, o grupo dono das marcas VWCO, MAN e Scania.
Nesse sentido, vai investir € 1,6 bilhão (quase R$ 10 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos até 2025. Assim, no Brasil, a VWCO investiu R$ 111 milhões na planta de Resende para fazer caminhões elétricos.
Com isso, a empresa trabalhou no desenvolvimento do e-Delivery durante cinco anos. Dos quais dois anos e meio apenas em testes. Segundo a empresa, os protótipos rodaram mais de 400 mil km entre testes em condições reais.
Validações
Os 15 caminhões e-Delivery passaram por testes de durabilidade acelerada. Assim como no processo tradicional, o caminhão percorreu trechos em cidades, rodovias e estradas de terra e mal pavimentadas.
Os caminhões rodaram na capital paulista. Bem como na região da fábrica da VWCO, em condições reais de tráfego. Além disso, houve simulações feitas no campo de provas.
Segundo a VWCO, sua engenharia também desenvolveu testes. Ou seja, avaliações de bateria e recarga, de interferência magnética e do sistema de propulsão 100% elétrico. Em baixas a altas temperaturas. Ou seja, mais de 100 testes específicos e 250 pontos instrumentados para aferição de dados.
Para tanto, a VWCO criou a infraestrutura específica para o e-Delivery, como carregadores de alta potência de diferentes modelos. Os veículos rodaram 24 horas por dia em três turnos.
Parcerias
As avaliações práticas ocorreram com o primeiro cliente do e-Delivery. Na rota da Cervejaria Ambev, na distribuição de bebidas, em São Paulo. Os testes somaram mais de 40 mil quilômetros rodados.
Gerente de e-Mobility da VWCO, Argel Franceschini explica que essa parceria permitiu desenvolver um veículo ajustado às operações urbanas. “Ou seja, o e-Delivery pode rodar durante o dia e recarregar à noite, quando chegar à garagem.”
“Outro benefício está relacionado à economia de energia. Enquanto o caminhão está parado no trânsito, não consome energia. Desenvolver o caminhão com o cliente nos deu essa base de conhecimento para preparar um veículo que se adapte à condição real”, diz Franceschini.
Nesse sentido, durante os testes práticos os caminhões deixaram de emitir mais de 22 toneladas de CO² na atmosfera. Segundo a VWCO, também foram economizados 6,5 mil litros de diesel.
Metas
Como resultado da parceira, a Ambev garantiu as 100 unidades produzidas do e-Delivery. Aliás, a empresa tem metas ambiciosas com relação ao futuro de sua frota. Assim, firmou um contrato com a VW que prevê a entrega de 1,6 mil unidades do caminhão elétrico.
Além disso, a parceria vai ajudar a Volkswagen na ampliação de sua linha de veículos elétricos. Bem como desenvolver modelos para novas aplicações. Dessa forma, a empresa também pretende oferecer caminhões elétricos com maior capacidade de carga em breve.
Segundo a VWCO, outras tecnologias ligadas à eletrificação também estão sendo desenvolvidas. é o caso do e-Flex, ônibus híbrido cujo motor a combustão é emprestado de automóveis.
Híbrido ou elétrico?
Ou seja, os híbridos têm motor elétrico e a combustão. Este pode ser a gasolina, etanol, flexível, GNV, etc. Já os 100% elétricos utilizam baterias ou célula a combustível.
Infraestrutura para recarga de elétricos
Segundo Franceschini, a VWCO também trabalha com a Enel, empresa do setor de distribuição de eletricidade. Assim, o objetivo é criar a infraestrutura de recarga das baterias.
Segundo ele, isso inclui a instalação de cerca de 30 carregadores de recarga rápida. “Essa fase deve ser implementada no médio prazo”, diz.
Assim, esses carregadores serão instalados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. Com isso, o objetivo é permitir que o e-Delivery atue em operações interurbanas. Ou seja, em rotas de até 200 km.
O e-Delivery
Assim, o e-Delivery terá duas versões. Ou seja, com peso bruto total (PBT) de 11 e 14 toneladas. Porém, a VWCO não informou qual chegará primeiro. Nem se ambas serão lançadas ao mesmo tempo.
O motor, produzido pela Weg, gera até 260 kW de potência, equivalentes a 348 cv. Por sua vez, o torque, de 233 mkgf, fica disponível imediatamente, como em qualquer outro veículo elétrico.
Além disso, o e-Delivery pode ou não ter transmissão. O sistema será necessário nos modelos de maior capacidade. Porém, a VWCO ainda não informou qual será a fornecedora;
Autonomia
Da mesma forma, a autonomia pode variar conforme a quantidade de baterias. Ou seja, de acordo com a necessidade de cada transportador. Nesse sentido, haverá opções de 100 km a 200 km. Portanto, o caminhão poderá ter três e seis pacotes de bateria.
Segundo a VWCO, a eletricidade pode ser gerada por fontes limpas, como eólica e solar. Além disso, o sistema de regeneração da força de frenagem pode gerar até 43% da energia utilizada pelo e-Delivery.
Aplicação
Seja como for, o foco do e-Delivery será o transporte de cargas em centros urbanos. Colabora com isso o baixo nível de ruído gerado pelo caminhão elétrico.
Dessa forma, o e-Delivery tem grande potencial para operar à noite. Bem como em locais com restrição de circulação, como próximo a hospitais.
Além disso, com o pacote maior de baterias, pode atuar no transporte interurbano de curta distância. É o caso de operações em grandes regiões metropolitanas, como o ABC paulista, por exemplo.
Custos operacionais
Segundo a VWCO, o baixo custo de operação é outra vantagem do caminhão elétrico. Ou seja, no dia a dia, chega a ser 50% mais baixo que um modelo equivalente com motor a diesel. Segundo o gerente de estratégia corporativa da empresa, Walter Pellizzari.
“O custo da bateria também caiu. Ao mesmo tempo, a autonomia aumentou”, diz Pellizzari. “Ou seja, cada vez mais a tecnologia vai ficando acessível. E, com o aumento da demanda, a tendência é o preço baixar ainda mais”, afirma o especialista.
Baterias
De acordo com a montadora, os componentes vem evoluindo. Nesse sentido, a durabilidade aumentou, assim como a capacidade de armazenamento de energia, por exemplo.
Assim também, o e-Delivery está preparado para receber novas gerações de baterias. Ou seja, sem que seja necessário trocar ou mesmo atualizar o sistema do caminhão.
Da mesma forma, as baterias estão bem protegidas. Dessa forma, o risco de danos em caso de colisão, por exemplo, foi bastante reduzido.
No mesmo sentido, a VWCO ajudou a treinar equipes de bombeiros. Portanto, o objetivo é multiplicar a formação de equipes capacitadas a atender veículos envolvidos em acidentes.
Manutenção
De acordo com a montadora, o custo de manutenção do caminhão elétrico é baixo. Isso é resultado do menor número de componentes. Por exemplo, não há correias, bem como velas de ignição, bicos de injeção e lubrificantes, entre outros.
Porém, a assistência técnica só poderá ser feita por profissionais altamente capacitados. Isso porque o sistema utiliza alta voltagem. Portanto, a manutenção não poderá ser feita fora da rede autorizada.
Nesse sentido, a rede vai receber o mesmo treinamento da equipe que vai montar o e-Delivery na fábrica de Resende. Isso inclui o processo conhecido como comissionamento de energia.
Treinamento ao cliente
Da mesma forma, os motoristas que vão dirigir o e-Delivery devem receber treinamento. Sobretudo para tirar o melhor proveito do sistema. É o caso da frenagem, por exemplo.
Ou seja, o dispositivo funciona como um dínamo e gera eletricidade em desacelerações, por exemplo. Da mesma forma, isso reduz o desgaste de componentes como discos, panelas, lonas e pastilhas.
Da mesma forma, o e-Delivery contará com vários recursos de segurança. É o caso de alertas visual e sonoro em caso de risco de acidente, por exemplo. Alguns desses dispositivos serão oferecidos na lista de itens opcionais.
Rumo à eletrificação
A mudança de rumo da indústria para a eletrificação veicular é notória. A Volvo, por exemplo, não oferece mais automóveis com motor apenas a combustão. No Brasil, toda a linha de carros da marca é híbrida. Recentemente, chegou ao País o XC60 Recharge, SUV 100% elétrico.
Por sua vez, a divisão de caminhões da marca sueca promete “virar a chave” até 2030 na Europa. Por ora, não há informações sobre a vinda de caminhões elétricos da Volvo ao Brasil. Seja como for, toda a linha de pesados rodoviários da empresa tem versões elétricas no mercado europeu.
Por aqui, a chinesa BYD lidera a corrida rumo à eletrificação do setor de transportes. Sobretudo no segmento de ônibus. O primeiro caminhão elétrico da marca lançado no País foi o eT8, em 2011. O modelo era destinado à coleta de lixo.
Quase dez anos depois, em 2020, a também chinesa JAC Motors lançou o iEV 1200 T no Brasil. Ou seja, um caminhão com PBT de 7 toneladas. O caminhão está entre os dez leves mais vendidos no País. Assim, teve 23 unidades emplacadas de janeiro a maio de 2021.
A BYD também anunciou a chegada dos modelos eT7 e eT018. Os caminhões vêm da China. Além disso, têm PBT de, respectivamente, 21 e 18 toneladas.
Da mesma forma, até marcas clássicas, como a FNM, estão investindo na eletrificação. A empresa, que sempre produziu no Rio de Janeiro, promete fazer caminhões elétricos em Caxias do Sul (RS).
São Paulo é precursora
Seja como for, o Brasil não tem uma política de incentivos à venda de veículos elétricos. Assim, a capital paulista é uma das poucas cidades a acenar com benefícios.
Nesse sentido, acaba de ser aprovada uma lei que permite usar o valor do IPVA par pagar o IPTU. Porém, o cidadão só tem direito a utilizar os 50% do imposto que cabem ao município. Ou seja, os
outros 50% vão para os cofres do Estado.
A medida poderia ser uma evolução da incentivo ao Uso de Carros Elétricos ou movidos a hidrogênio, que virou lei em 2014. Porém, o benefício é limitado a veículos elétricos e híbridos com preço sugerido de até R$ 150 mil. Logo, deixa de fora qualquer modelo 100% elétrico.
Isso porque o veículo elétrico mais barato à venda no Brasil tem preço sugerido de R$ 159,9 mil. Ou seja, estamos falando do hatch chinês JAC iEV20. Já o caminhão elétrico mais barato é o também chinês BYD eT8, com tabela de R$ 355 mil.
Livre do rodízio
Portanto, para empresas de transporte a maior vantagem é a liberação do rodízio municipal. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), Adalberto Maluf. Ou seja, a lei que limita a circulação de veículos na capital paulista durante os horários de pico.
“O empresário faz conta. Logo, sabe que caminhão parado significa prejuízo. Portanto, desconto no IPVA não significa muita coisa para o profissional do setor de transporte”, diz Maluf.
Veículo elétrico vem do passado
Embora não haja consenso sobre a data exata do surgimento do primeiro veículo elétrico, estamos falando do Século 19. Ou seja, antes mesmo da disseminação dos modelos com motor a combustão.
Por exemplo, em 1900 havia mais carros elétricos do que a gasolina em Nova York, nos Estados Unidos. Naquele ano, dos 4.192 automóveis vendidos no país, ou 28%, eram movidos a eletricidade.
Anos depois, a indústria se voltou paro os veículos a gasolina e outros combustíveis. Porém, com o aquecimento global e a necessidade de redução dos níveis de emissões, a eletricidade voltou a ser a melhor opção para o transporte de pessoas e cargas.
Pontos de Parada e Descanso - Portaria nº 676
Notícias 15 de junho de 2021
Certifica 3 novos estabelecimentos como Pontos de Parada e Descanso - PPD e renova a certificação de 10 estabelecimentos reconhecidos pela Portaria nº 594, de 3 de março de 2020, considerando que os estabelecimentos atendem às condições sanitárias, de segurança, e de conforto, conforme disposto na Portaria nº 45/2021, deste Ministério, bem como, na Portaria nº 1.343/2019, do Ministério da Economia, e obediência à Lei nº 13.103/2015.
O SECRETÁRIO NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES, no uso da atribuição que lhe confere o Art. 17 da Portaria nº 45, de 11 de março de 2021, do Ministério da Infraestrutura - MINFRA, publicada no Diário Oficial da União, de 12 de março de 2021, e em conformidade com a Lei nº 13.103, de 02 de março de 2015, resolve:
Art. 1º Certificar três estabelecimentos (Anexo A) e renovar a certificação de dez estabelecimentos (Anexo B), como sendo Pontos de Parada e Descanso - PPDs, para motoristas profissionais do transporte rodoviário de passageiros e de cargas.
- 1º São certificados os estabelecimentos que cumprem integralmente com os requisitos e condições mínimas sanitárias, de segurança e conforto, estabelecidos pelos atos normativos relacionados aos PPDs, com validade de quatro anos, a partir da publicação desta portaria.
- 2º Após a certificação, a qualquer momento e sem aviso prévio, poderão ser realizadas vistorias, tendo como objetivo verificar se o estabelecimento mantém as condições exigidas no ato de certificação.
- 3º Caso seja verificado descumprimento de qualquer dos requisitos ou condições exigidas, a certificação estará sujeita a suspensão ou cancelamento, mediante ato do MINFRA.
- 4º A renovação da certificação dos estabelecimentos como PPDs deverão ser solicitadas pelos interessados, seis meses antes do término de sua validade. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
MARCELLO DA COSTA VIEIRA
Fonte:in.gov.br
Mais de 400 mil trabalhadores do transporte já foram vacinados contra a covid-19 no Brasil
Notícias 14 de junho de 2021
Até a manhã desta segunda-feira, 14 de junho, 462.964 trabalhadores do transporte já haviam sido imunizados com a 1ª dose da vacina contra a covid-19 em todo o Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde. Outras 1.787 pessoas já estão vacinadas com as duas doses. Os estados que mais vacinaram esse público são São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Atendendo a pedido da CNT (Confederação Nacional do Transporte), o governo federal incluiu, em janeiro, segmentos dos profissionais do transporte no grupo prioritário da campanha nacional de vacinação contra a covid-19.
Estão nesse grupo os caminhoneiros; portuários, incluindo trabalhadores da área administrativa; empregados das companhias aéreas nacionais (aeronautas e aeroviários); empregados de empresas metroferroviárias de passageiros e de cargas; empregados de empresas brasileiras de navegação; e motoristas e cobradores do transporte coletivo rodoviário de passageiros, incluídos os motoristas de longo curso.
Além das unidades de saúde e drive thrus que estão aplicando a vacina, algumas unidades do SEST SENAT também estão servindo como ponto de vacinação – veja aqui quais são.
Veja abaixo estados e capitais que já estão vacinando e como conseguir se imunizar. As informações são das secretarias estaduais e municipais de saúde.
Alagoas
Em Maceió, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros, do transporte ferroviário, aéreo, aquaviário, portuários e caminhoneiros estão sendo vacinados. A imunização acontece das 9h às 16h, nos oito pontos de vacinação distribuídos pela cidade. Além de documento com foto e CPF, as categorias precisam apresentar original e cópia que comprove o desempenho da função em Maceió. Para saber mais, acesse aqui.
Acre
Começou a vacinação dos trabalhadores do transporte com mais de 18 anos em Rio Branco. Estão inclusos os trabalhadores do transporte coletivo rodoviário urbano e de longo curso; caminhoneiros; trabalhadores dos transportes aéreo metroviário, ferroviário, aquaviário e portuário. Para receber a vacina é preciso levar um documento com foto, o cartão do SUS e contracheque ou declaração da empresa na qual trabalha.
Amazonas
Trabalhadores que atuam no setor de transporte podem realizar seu cadastro no Imuniza Manaus. É preciso acessar o site, escolher a opção “Cadastro de Cidadão”, preencher os dados pessoais e marcar a categoria a que pertencem. Os profissionais devem informar se atuam no transporte aéreo, aquaviário, coletivo rodoviário de passageiros ou se são caminhoneiros. A partir das informações inseridas, o sistema realiza o agendamento para horários e locais de vacinação considerando o endereço residencial informado no cadastro.
Bahia
Em Salvador, rodoviários, metroviários, trabalhador do transporte aquaviário, trabalhador do transporte intermunicipal e caminhoneiros com idade igual ou superior a 18 anos podem ser vacinados. Para ter acesso à vacina, o trabalhador deve estar em pleno exercício das atividades, com os nomes cadastrados no site da Secretaria Municipal de Saúde, atuar em Salvador e no ato da vacina apresentar documento oficial com foto e cópia impressa do último contracheque. Trabalhadores do transporte intermunicipal e caminhoneiros precisam ser moradores de Salvador. Para os caminhoneiros será obrigatória ainda a apresentação da Carteira de Habilitação Categoria E, documento do caminhão e cópia impressa do comprovante atualizado de pagamento do ISS, ou do último Imposto de Renda, ou último contracheque da empresa de transporte de carga, ou última nota fiscal. A vacinação desse público é feita das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira.
Ceará
A capital cearense começou a vacinar caminhoneiros e demais profissionais que trabalham com o transporte. Para poder receber a vacina, é necessário fazer o cadastro na plataforma Saúde Digital. A confirmação do agendamento é enviada via e-mail e WhatsApp informando a data, horário e o local da vacinação. Para ver os documentos necessários para apresentar no dia, é só conferir aqui.
Distrito Federal
A secretaria de Saúde do DF iniciou a vacinação para os aeroportuários e para os funcionários do sistema de transporte rodoviário da capital federal que está sendo feita mediante lista encaminhada pelo sindicato. A orientação da pasta é de que sejam priorizados os motoristas e cobradores, por estarem mais expostos a possíveis infecções. Para se vacinar, o rodoviário deve apresentar um documento oficial de identificação, para que a identidade do usuário seja conferida com o nome na lista. Estarão administrando a vacina a este novo público a UBS 5 de Ceilândia, a UBS 1 do Riacho Fundo e o drive-thru do Parque da Cidade.
Espírito Santo
No estado, os trabalhadores do Transporte Coletivo Rodoviário de Passageiros, trabalhadores portuários e aeroportuários já receberam a 1ª dose da vacina.
Maranhão
No dia 19 de maio, todas as cidades do estado começaram a imunizar caminhoneiros e profissionais dos transportes rodoviário, ferroviário, aéreo, aquaviário e portuário. A vacinação dessas categorias está sendo escalonada por idade. Para isso, foi definido um calendário com grupos etários por cidade.
Mato Grosso
Em Cuiabá, os motoristas de transporte coletivo estão sendo imunizados na sede de seus respectivos trabalhos. A Secretaria de Saúde da capital está agendando horários com as empresas e realizando a vacinação no local de trabalho dos motoristas, conforme o cronograma da prefeitura.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, o cadastro de caminhoneiros com 45 anos ou mais e de trabalhadores dos transportes coletivo rodoviário de passageiros, aéreo, aquaviário, portuário com mais de 18 anos deve ser feito pela internet. São 34 pontos de vacinação distribuídos pelas sete regiões da cidade, com funcionamento a partir das 7h30, sendo que, nas unidades de saúde, as salas de vacinação começarão a aplicar as doses às 13h.
Minas Gerais
A Prefeitura de Belo Horizonte começou a vacinação contra a covid-19 dos trabalhadores do transporte, conforme o cronograma a seguir:
- 2/06: trabalhadores de transporte aéreo, entre 18 e 59 anos completos até 30 de junho, que exerçam a atividade laboral em Belo Horizonte.
- 10/06: motoristas e cobradores de transporte coletivo rodoviário de passageiros, entre 18 e 59 anos completos até 30 de junho.
- 10/06: trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário, entre 18 e 59 anos completos até 30 de junho.
- 12/06: caminhoneiros registrados ou que trabalham para empresas de Belo Horizonte, entre 18 e 59 anos completos até 30 de junho.
Pernambuco
Trabalhadores do transporte foram incluídos no grupo que está recebendo a imunização em todo o estado de Pernambuco, no dia 27 de maio. O agendamento está sendo organizado de acordo com o esquema de cada município.
Rio de Janeiro
A vacinação de motoristas e cobradores de ônibus e condutores de transporte escolar que atuam na cidade do Rio de Janeiro foi suspensa no dia 7 de maio, após decisão do Supremo Tribunal Federal. Os profissionais que haviam tomado a primeira dose poderão procurar os postos de saúde para receberem a segunda dose na data indicada no cartão de vacina.
A imunização dos trabalhadores portuários e do transporte aéreo foi antecipada por recomendação do Ministério da Saúde. No Porto do Rio e no Aeroporto Santos Dumont, a vacinação aconteceu até o dia 7. Já no Galeão, a ação se estende até o dia 11 de junho, das 9h às 16h. A vacinação nos três pontos será exclusiva para os profissionais que atuam nesses locais.
Rio Grande do Norte
Em Natal, os trabalhadores de transporte público com capacidade para mais de 30 passageiros são vacinados no shopping Via Direta, como a condição de que apresentem crachá ou contracheque, além do documento com foto e cartão de vacinação.
Em todo o estado, a vacinação para portuários e trabalhadores do setor aéreo também já está sendo realizada.
Rio Grande do Sul
A imunização de trabalhadores do transporte aéreo e portuários de todo o Estado começou em 27 de maio.
Santa Catarina
Trabalhadores de aeroportos, das companhias aéreas e das empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo já estão vacinados no antigo aeroporto de Florianópolis, das 9h às 16h, e precisa apresentar a credencial do aeroporto para se vacinar.
Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros, do transporte portuário e aquaviário e caminhoneiros podem se vacinar nos pontos fixos de Florianópolis, das 9h às 16h
São Paulo
Já teve início a imunização dos trabalhadores do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), das áreas de segurança, manutenção e limpeza e dos agentes de estação na linha de frente com 47 anos ou mais; além de operadores de trem de todas as idades. Também podem receber a primeira dose os motoristas e cobradores de ônibus do transporte coletivo municipal e intermunicipal, profissionais dos transportes aéreo e portuário. Quem faz parte dos públicos-alvo da campanha pode realizar um pré-cadastro no site Vacina Já.
Sergipe
Em Aracaju, trabalhadores do transporte aéreo e do coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso podem fazer o cadastro no site. Esse cadastro prévio no portal é obrigatório para esse público pois facilita o acesso dos cidadãos à vacina com o envio dos documentos que comprovam a inclusão no grupo prioritário.
Esta matéria será atualizada assim que novas localidades anunciarem a vacinação dos trabalhadores do transporte.
Por Agência CNT Transporte Atual
Registro de ocorrência de trânsito sem vítima
Notícias 14 de junho de 2021
A partir de 00h00min terça-feira, 15/06/2021, o BPTran da PMES não mais irá atender ocorrências SEM vítimas nos municípios de Vitória, Serra, Vila Velha Cariacica e Viana.
As ocorrência deverão ser feitas via internet no Site da PMES https://pm.es.gov.br/boletimtransito
Mesmo que os veículos não se locomovam, os condutores deverão fotografar os detalhes para inserir no sistema no momento da confecção da ocorrência e providenciar a retirada dos mesmos da via.
OBS: PARA CONFECCIONAR A OCORRÊNCIA, O CIDADÃO DEVERA SE CADASTRAR NO E-CIDADAO ES https://acessocidadão.es.gov.br
Para ter acesso ao ofício. clique aqui!
Ministério da Economia publica normativo que simplifica o empreendedorismo no Brasil
Notícias 11 de junho de 2021
Com o objetivo de simplificar, desburocratizar e propiciar um ambiente mais favorável para a realização de negócios, bem como melhorar a posição do Brasil no Ranking Doing Business do Banco Mundial, o Ministério da Economia (ME) atualizou as normas de Registro Público de Empresas. A Instrução Normativa nº 55/2021, de iniciativa do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei), facilita o empreendedorismo no Brasil.
“Com a diminuição expressiva do número de dias para abertura de empresas, custos e procedimentos, toda a sociedade brasileira é beneficiada. Afinal, a facilidade em empreender é parâmetro internacional de investimentos no país”, explica André Santa Cruz, diretor do Drei. A medida alcança diretamente os novos empreendedores, empresários individuais, Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (Eireli), sociedades e profissionais que atuam com o processo de abertura, alteração e baixa de empresas e pessoas jurídicas, como contadores e advogados.
Entre as alterações estão as simplificações trazidas pela Medida Provisória nº 1.040/2021, que modernizou questões como a utilização do CNPJ como nome empresarial, bem como a exclusão da proibição de arquivamento de nomes empresariais semelhantes. Essas modificações visam eliminar a análise humana e qualquer mecanismo que impeça a análise automática. Além disso, a ausência de registro ou de atividade operacional da empresa perante a Junta Comercial não significará mais que a empresa está inativa.
Também foi inserida, de forma expressa, a não necessidade do reconhecimento de firma para as procurações e reafirmada a possibilidade de utilização de qualquer tipo de certificado digital ou outros meios que garantam a comprovação da integridade de documentos eletrônicos. Inclusive, as Juntas Comerciais podem emitir esses certificados no momento da abertura de empresas, sem a necessidade de deslocamento ou coleta de dados adicionais por parte dos usuários.
Nos atos submetidos a registro poderão ser usados elementos gráficos – como imagens, fluxogramas e animações, dentre outros (técnicas de visual law) – além de timbres e marcas d"água.
As alterações foram realizadas a partir de amplo debate com a Federação Nacional das Juntas Comerciais (Fenaju). Também houve participação popular por consulta pública, entre os dias 6 e 19 de maio deste ano, no site Participa +Brasil, e de sugestões enviadas por e-mail diretamente ao Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração.
Fonte:ANTT
Receita define nova forma para contribuinte parcelar a multa por atraso na entrega da Declaração do IRPF
Notícias 11 de junho de 2021
Em razão da atualização da tabela de códigos de receita, as dívidas relativas às multas por atraso na entrega da Declaração do Imposto de Renda deste ano deixaram de aparecer no sistema de parcelamento simplificado, normalmente utilizado para parcelar as dívidas do próprio imposto.
Para resolver o problema, a Receita Federal realizou a migração destes códigos para um novo sistema de cobrança, permitindo que as dívidas de multa pudessem ser parceladas pelo e-CAC. Foram migradas para o novo sistema a multa de atraso na entrega da DIRPF (código 5320), a multa de atraso na entrega da DIRF (código 2170) e a multa de atraso na entrega da declaração de espólio (código 7130).
Passo a passo
Para parcelar a multa, o contribuinte deve seguir os seguintes passos:
- Acessar o e-CACcom sua conta gov.br ou código de acesso;
- Selecionar a seção Pagamentos e Parcelamentos
- Clicar em Parcelamento – Solicitar e acompanhar.
Em seguida, basta clicar em “aderir modalidade de parcelamento” e prosseguir com o preenchimento das telas seguintes para selecionar suas dívidas e informar os dados da conta bancária.
Fonte: ANTT
Documento Eletrônico de Transporte recebe apoio de representantes do setor produtivo
Notícias 11 de junho de 2021
Instituído pela Medida Provisória 1.051/2021, o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e) recebeu nesta quarta-feira (9) uma nota de apoio da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio (CTLog), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Câmara tem como função identificar problemas na cadeia produtiva e encaminhar propostas de soluções ao Governo Federal.
A decisão da CTLog de formalizar apoio ao DT-e ocorreu após o detalhamento do projeto pelo secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio, e pela diretora de Programa da Secretaria Executiva da pasta, Mariana Pescatori. Na avaliação de Sampaio, ao simplificar, reduzir a burocracia e unificar documentos obrigatórios ao transporte de cargas no país, em todos os modais, a plataforma tecnológica será o maior legado do atual governo ao setor
“O DT-e tem o potencial de reduzir significativamente o preço do frete no país, de aproximar embarcadores e caminhoneiros, de diminuir o percentual que hoje fica com intermediários. Quem paga o frete pagará menos; quem recebe por ele receberá mais. Com isso, aumentaremos a eficiência e a competitividade do setor, com mais transparência”, afirmou o secretário-executivo.
PRÓXIMOS PASSOS – Em tramitação na Câmara dos Deputados, a MP 1.051/2021 é relatada pelo deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que já discute o tema com o MInfra e com todo o setor produtivo. “A diretriz do ministro Tarcísio Gomes de Freitas é implementar o DT-e com a maior brevidade possível. Por isso o presidente Bolsonaro entendeu por bem encaminhar uma MP, e precisamos de apoio também para aprová-la. Isso dará o suporte e a musculatura necessários a essa agenda”, acrescentou Sampaio.
Segundo Mariana Pescatori, a implantação do DT-e começa em julho, em algumas rotas e apenas com cargas de granéis vegetais. “O DT-e não será implantado do dia para a noite. Por isso nos reunimos, participamos de fóruns com os diversos segmentos e órgãos envolvidos, encaminhamos tira dúvidas para caminhoneiros e pessoas jurídicas”, destacou a diretora.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura
Reforma tributária não terá grande novidade, não é o momento de reforma ampla, diz Guedes
Notícias 10 de junho de 2021
Ministro afirma que desoneração da folha não será proposta agora; imposto sobre consumo deve ter alíquota menor para comércio e serviços
O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta terça-feira (8) que a reforma tributária que será proposta pelo governo não terá grande novidade e será moderada. Depois de afirmar que gostaria de fazer uma reforma ampla, com desoneração da folha de salários, ele ponderou que agora não é o momento e que o governo fará o que é possível.
Em videoconferência com a Frente Parlamentar do Setor de Serviços, o ministro afirmou que a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), tributo sobre consumo já apresentado ao Congresso, deve ter uma alíquota especial —mais baixa— para os setores de serviços e comércio.
“Não vai ter grande novidade na reforma tributária, é uma reforma moderada. Eu gostaria de fazer um pouco mais ampla, inclusive com desoneração de folha, tudo isso. Não é o momento ainda, mas nós não vamos desistir, vamos fazer em fatias, gradualmente. Vamos fazer o que é possível agora”, afirmou.
A Folha mostrou no último sábado (4) que diante das resistências no governo e no Congresso ao imposto sobre transações, Guedes decidiu propor uma reforma tributária de menor impacto, enxugando medidas que defende e promovendo uma redução mais tímida de alíquotas.
No plano considerado ideal pelo ministro, o imposto aos moldes da extinta CPMF poderia ser usado para compensar a perda de receita com a redução de outros tributos.
Sem a arrecadação anual de R$ 120 bilhões estimadapara o novo imposto, a equipe econômica afirma que não será possível fazer a redução de encargos trabalhistas e outras reduções de alíquotas.
Também devem ficar de fora da proposta do governo um corte mais intenso no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e uma redução das alíquotas do Imposto de Renda da pessoa física.
Sem a CPMF, o time de Guedes ainda afirma que terá de lidar com entraves na unificação de PIS e Cofins, já enviada ao Congresso, criando a CBS.
Como a desoneração da folha não deve ser implementada, o governo terá de criar uma segunda alíquota da CBS, que será baixa para reduzir o efeito negativo sobre setores específicos. O projeto original prevê cobrança única de 12%.
“Estamos pensando em fazer duas alíquotas, uma para serviços e comércio, mais baixa, e outra para indústria, um pouco mais alta”, disse. “Enquanto não for possível essa compensação com a desoneração da folha para comércio e serviços, que é quem cria mais emprego e tem mais esses encargos trabalhistas, vamos tratar de forma diferente esses setores”.
Fonte: Folha de São Paulo
‘Problema é o país e não as montadoras’, diz presidente da Anfavea
Notícias 10 de junho de 2021
Para Luiz Carlos Moraes, acordo bilateral entre Mercosul e União Europeia é essencial para exportações
O acordo bilateral entre Mercosul e União Europeia permitirá que o Brasil exporte – e importe – com mais facilidade para países do Velho Continente. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o contrato deve trazer 125 bilhões de dólares ao PIB (Produto Interno Bruto) em 15 anos, mas também levanta dúvidas da indústria por conta de questões tributárias e fiscais.
Mesmo com a assinatura de ambos blocos, o acordo ainda está sob dúvidas por conta dos debates em relação ao desmatamento da Amazônia. Para entender como o meio ambiente se tornou fundamental para a economia na atualidade.
Dificuldades para a indústria brasileira
“O problema é o país e não as montadoras. Nossas fábricas são tão modernas quanto lá fora e temos indústrias 4.0 [que têm inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem]. Mas é desafiador. É difícil convencer novos investimentos para um país com dificuldades de resolver problemas estruturais”, diz Luiz Carlos Moraes é presidente da Anfavea.
Em entrevista à EXAME, o executivo explica que, por conta de recursos limitados das matrizes, países mais competitivos levam vantagem na hora de receber aportes e novos modelos, por exemplo. Tanto que já existe uma coalizão (com 15 entidades que representam setores de aço, eletrônicos e plástico) para determinar métricas de como o “Custo Brasil” afeta nossa indústria.
“ Competitividade é um problema do país. Já tínhamos essa questão no passado e ainda temos hoje. E nós estamos endereçando isso. Tanto que a Anfavea pontuou vários obstáculos. E, quanto mais rápido forem resolvidos os problemas, mais chances de investimentos. Em relação à defasagem tecnológica, analisamos experiências de China, EUA, Europa e Índia”, afirma Moraes.
Foco na exportação de produtos industrializados
Para Antônio Jorge Martins, coordenador de cursos da área automotiva na Fundação Getúlio Vargas, o acordo pode reforçar o volume de exportações de veículos com baixo conteúdo tecnológico, enquanto modelos com maior conteúdo deverão ser trazidos de fora. E o pacto entre Mercosul e União Europeia também pode representar uma oportunidade para indústria de autopeças.
“Mas existe uma questão, porque, se abrirmos o leque de importações sem impostos, será difícil que a nacionalização aconteça futuramente. Produzimos caminhões com tecnologias embarcadas porque esse mercado consegue comprar. Mas a renda per capta é baixa e, apesar de termos esperança de aumentar, é difícil visualizar medidas econômicas que melhorem isso”, afirma Martins.
Historicamente, a associação de fabricantes de veículos apoia o contrato comercial – que começou a ser negociado pelos governos em 1999 –, considerado essencial para o fortalecimento dos negócios e para a vinda de novas tecnologias a menores custos por conta da redução tarifária prevista pelo pacto bilateral, além de aumentar o potencial de exportação dos produtos industrializados.
“Queremos ter portfólio que sirva para exportação e que garanta volume. Porque a nossa indústria é de volume. Estamos mapeando as possibilidades e, no futuro próximo, poderemos decidir. Estamos na fase de construção de análise. Nossa indústria é competitiva, mas o problema é o país. Nossas fábricas, assim como nossos produtos, estão atualizadas”, afirma o presidente da Anfavea.
Em coletiva à imprensa, Luiz Carlos Moraes reforçou a importância das exportações para que a indústria contorne os aumentos de preços de peças e componentes dos modelos produzidos aqui. Apenas no mês de maio, foram exportados 37 mil autoveículos – que incluem automóveis e veículos pesados –, ou seja, crescimento de 9,1% em relação a abril. No acumulado, são 166.600 unidades.
“O acordo prevê redução tarifaria gradativa tanto para importação como para exportação. Então, dará para trazer sistemas de tecnologia. Essa integração importa, porque será um grande parceiro comercial, o que ajuda na importação e na exportação. E acordo é muito bom quando é um grande acordo. Países com maiores exportações são aqueles que têm grandes acordos”, diz o executivo.
Existe risco de desindustrialização com o acordo bilateral?
De acordo com Antônio Jorge Martins, é pouco provável que haja desindustrialização em massa do país após acordo entre ambos blocos, já que a indústria automobilística representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Brasil – que, apesar de cair durante a pandemia da covid-19, corresponde a 4% do PIB geral. Por isso, o setor tem peso considerável na economia nacional.
“Seria um desastre em termos de industrialização. E as próprias indústrias não se interessariam, já que, na Europa, a relação é de um veículo por habitante. No Brasil, é de 4,6 habitantes por veículo. Então, há muito potencial de crescimento do nosso mercado. Abrir mão dessa indústria com alta empregabilidade e focar em produtos agrícolas seria muito ruim ao país”, afirma o acadêmico.
Para o coordenador de cursos da área automotiva na Fundação Getúlio Vargas, aumentar a exportação é importante porque garante proteção à indústria em relação às variações do dólar e até do mercado – já que alterações da economia são comuns em países em desenvolvimento. Por isso, passou a ser ponto estratégico para os fabricantes que estão instalados no mercado brasileiro.
“Atualmente, o acordo está em fase de revisão jurídica e tradução para os idiomas de todos os países. Depois, será encaminhado para ratificação dos parlamentos na União Europeia e no Mercosul. Então, quando essas etapas estiverem concluídas, será definida a ‘data zero’. Por conta da complexidade do acordo, talvez seja ratificado em 2023. E depende dos governos”, diz Moraes.
Fonte: Exame
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