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O crescimento do Brasil em 2024 está "contratado", aponta Vander Costa

Notícias 09 de janeiro de 2024

Foto CNT

O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, tem mais de um motivo para celebrar. As três casas que compõem o Sistema — CNT, SEST SENAT e ITL — fecharam 2023 com entregas de peso. Os planos para os próximos meses já estão traçados e as perspectivas são positivas, com oportunidades para o país e para o setor. Além disso, há uma efeméride marcante: os 70 anos da CNT, entidade que remonta ao governo de Getulio Vargas, com representatividade entre os transportadores brasileiros.

Na entrevista a seguir, o presidente repassa as lutas recentes mais aguerridas, sobretudo a travada nos bastidores da reforma tributária, e indica os próximos passos da atuação institucional em prol dos interesses do transporte. Ele está atento ao desenrolar de uma eventual contrarreforma trabalhista e diz que a entidade estará ao lado de sindicatos e federações durante as eleições municipais, em que o tema da mobilidade urbana surgirá como pauta de campanha.

A preocupação com a capacitação da mão de obra e com a qualidade de vida dos trabalhadores continua a guiar os projetos do Sistema. Estudos técnicos e pesquisas de fôlego estão nos planos, com uso de tecnologia de ponta e aderência à realidade das empresas. Vander Costa vê o setor cada vez mais comprometido com a inovação e a reflexão crítica. Os líderes de amanhã estão em gestação — e contam com as diversas faces do Sistema Transporte para avançar no rumo certo.   

Este é um ano muito especial, em que se comemora o aniversário de 70 anos da CNT. Como o senhor avalia essa história — tanto como empresário do setor, como, desde 2019, presidente do Sistema Transporte?

A CNT tem uma importância fundamental. São sete décadas de história. No começo, ela era basicamente dirigida e representada por transportadores autônomos. Posteriormente, houve um movimento dos empresários para poder assumir o controle. De lá para cá, a gente vê a história sendo reescrita pelos diferentes presidentes, como Camilo Cola, Thiers Fattori Costa e Clésio Andrade. Portanto, houve dois momentos. Lembro, ainda, que a instituição já se chamou CNTT, ou seja, Confederação Nacional do Transporte Terrestre. No fim de seu mandato, o presidente Clésio Andrade incentivou a criação da confederação dos transportadores autônomos. Ter a representação apenas de empresas nos trouxe mais legitimidade. Na maioria das vezes, é grande a convergência entre autônomos e empresários, mas existem alguns detalhes divergentes. Como a CNT tem um estatuto que preconiza a unanimidade de entendimento, algumas pautas ficavam difíceis de defender. Enfim, nos últimos 30 anos, com a criação do SEST SENAT, a CNT tem um trabalho de protagonismo e de representar, efetivamente, as empresas de transporte perante os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Por vezes, alguns empresários cobram uma atitude mais específica sobre determinado segmento, mas você tem de ter uma visão ampla, de trabalhar pelo transporte. Então, em minha gestão, próxima de completar cinco anos, temos focado em incentivar o transporte como um todo, em incentivar a multimodalidade e em trabalhar para cargas e passageiros sem distinção, criando um ambiente melhor para as empresas de transporte de todo o país.

O Sistema Transporte acompanhou de perto a tramitação da reforma tributária. Do ponto de vista do setor, a reforma ficou a contento?

Acho que sim. A grande mudança da reforma é a concentração de tributos, colocando o IVA no lugar de ISS, ICMS, IPI, PIS e Cofins. O IVA será dual, ou seja, com a parte do estado e a parte federal. Há um ganho grande, que é a uniformização da legislação no país, superando, por exemplo, as 26 versões do ICMS, fora a do Distrito Federal. Para o transporte urbano de passageiros, o projeto é razoável, porque você vai ter direito ao crédito por todos os insumos do transporte e uma alíquota reduzida em 60%. Assim, o que se gasta com combustível vai, praticamente, compensar o valor da tarifa, lembrando que, quando o Estado é o pagador, a imunidade tributária está mantida. Quanto ao transporte intermunicipal e ao interestadual, o legislador remeteu a definição da alíquota à lei complementar. O transporte de carga, por sua vez, terá um pequeno aumento da carga tributária, da ordem de 4 pontos percentuais. Porém, em nosso modo de ver, o ganho de ter uma legislação consolidada compensa essa situação. Agora, para a sociedade brasileira, o principal ganho é a consolidação das informações e um único banco de dados nacional. Hoje, o Estado tem informações sobre os tributos federais, mas ele não alcança a nota fiscal de um autônomo, emitida em nível municipal. No momento em que o Estado tiver a base de dados completa, vai usar Inteligência Artificial para cruzar informações e combater a sonegação. Com isso, a arrecadação aumentará e, no futuro, será possível, inclusive, reduzir a carga. Resta a crítica ao longo período de transição que vamos passar, quando teremos de conviver com dois sistemas. A CNT defendeu a redução do prazo de transição, mas não foi atendida. Como resultado, quem não tem benefício tributário vai ficar pagando para dar tempo daqueles que são beneficiados se acomodarem. Apesar disso, é a melhor reforma possível neste momento.

Há, no horizonte, outra pauta de interesse do setor de transporte que exija acompanhamento institucional por parte da CNT?

No Congresso, precisamos estar sempre atentos. Constantemente, devemos estar atentos à defesa do Sistema S. Na reforma tributária, há o risco de que algum congressista não compreenda o valor da formação de mão de obra qualificada e tente, de alguma forma, atentar contra. Outra atenção permanente é com relação à legislação trabalhista. Exige-se atenção para não deixar essa vontade ideológica atrapalhar o crescimento econômico do Brasil. A reforma trabalhista está gerando emprego — gerou mais de 2 milhões de empregos no governo Bolsonaro e, no primeiro ano do governo Lula, temos o menor índice de desemprego já visto. Apesar dos números, ainda assim, não se enxerga o bom resultado como um fruto da reforma trabalhista. Penso que o povo brasileiro foi sábio, nas últimas eleições, ao escolher um presidente com viés de esquerda, mas um Congresso com viés conservador. A CNT está unida às outras confederações de empregadores para barrar essas tentativas (de contrarreforma), mas é um ponto, sim, de atenção, principalmente, com relação às normas infralegais, que podem ser alteradas por decreto. Se isso acontecer, é o caso de recorrer ao Congresso e buscar proposta de decreto legislativo para derrubar aquilo que não tenha, como objetivo, o benefício da sociedade brasileira.

Recentemente, o Sistema Transporte participou da COP28, em Dubai, e lançou publicações sobre hidrogênio renovável e outras fontes alternativas de energia. O que a instituição pode agregar para a temática ambiental?

Podemos agregar conhecimento, experiência, estatística. Fala-se que o transporte é responsável por mais de 40% da emissão de gases. Porém pouco se fala que mais da metade das emissões vem de motocicletas e automóveis. Ônibus e caminhões já se aperfeiçoaram muito, desde que o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) saiu do zero e foi para a fase P8. Por exemplo, a emissão de particulados foi reduzida em mais de 90%. Hoje, a emissão de um ônibus é menor do que uma moto, sendo que o ônibus transporta 60 pessoas. Sem querer diminuir nossa responsabilidade, precisamos mostrar que estamos fazendo a nossa parte. O Brasil tem uma solução excelente, que é fazer o carro elétrico com etanol. Vamos chegar ao carbono zero e continuar tendo mobilidade. Precisamos pensar grande e colocar como meta não a emissão zero, mas o carbono neutro, retirando o gás carbônico da natureza. Em outra frente, no fim do ano passado, trouxemos um estudo da UnB (Universidade de Brasília) que mostra que a majoração do biodiesel na mistura do diesel aumenta o consumo dos veículos em até 15%, elevando, também, a emissão de CO2. Portanto, trata-se de desmistificar que o biodiesel reduz a emissão de poluentes.

Outra pauta relevante para o Sistema é a segurança pública. Inclusive, no ano passado, ela foi tema do Fórum CNT de Debates. Por que esse assunto continua sendo tão importante para o setor?

Segurança é sempre importante para o transporte. Em sua participação no Fórum CNT, o então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, diagnosticou perfeitamente o problema: não adianta apenas procurar o bandido que rouba a carga do caminhão — tenho que mirar em quem ganha com esse crime. Da mesma maneira, preciso saber quem ganha com o vandalismo de ônibus. Do contrário, estaremos enxugando gelo. Eu tenho que quebrar a corrente financeira. Hoje, com os meios de pagamento e a inteligência que se tem na Receita Federal e na Polícia Federal, é possível rastrear o dinheiro. Então, acho que o governo está no caminho certo no enfrentamento ao crime. O Sistema Transporte não tem poder de polícia, mas vai trabalhar incentivando as forças policiais e o cruzamento de informações. Perceba que a carga, depois de roubada, é vendida com nota fiscal. Ora, o cruzamento vai identificar o que não teve entrada. Nós defendemos endurecer a punição para os receptadores da carga roubada. São eles que fomentam o crime e, portanto, precisam perder o estoque inteiro, ter o estabelecimento lacrado e o produto destinado a leilão da Receita Federal.

O Sistema continua produzindo materiais de referência, como a Pesquisa CNT de Rodovias, a Pesquisa CNT Perfil Empresarial e a Pesquisa CNT de Opinião. Como esses estudos técnicos subsidiam os transportadores na tomada de decisão?

A Pesquisa CNT de Rodovias é referência no país e, na edição passada, a 26ª, contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, em seu lançamento. Ela emprega muita inteligência artificial em sua produção e continua evoluindo. Talvez não cresça muito em extensão avaliada, pois já cobre toda a malha pavimentada federal e as principais rodovias estaduais do Brasil, mas a qualidade sempre será apurada. Quando o ministro nos perguntou o que deveria ser feito para melhorar a infraestrutura no ano que vem, apontamos para a publicação, que traz uma relação das intervenções prioritárias, destacando os pontos críticos. Estão lá os pontos que resultam em mais acidentes e mortes. Sobre a Pesquisa CNT Perfil Empresarial e a Pesquisa CNT de Opinião, precisamos conhecer quem estamos representando. Como promover ações aqui, em Brasília, sem conhecer a vontade da base? Portanto, essas pesquisas servem para isso: mostrar como os nossos representados pensam.

Em 2023, o ITL (Instituto de Transporte e Logística) completou 10 anos de atuação como braço acadêmico do Sistema Transporte. Por que é importante investir na alta gestão e na formação de lideranças?

As decisões são emanadas da gestão. É ela que dá o direcionamento na empresa. Se eu estou preocupado com ESG (boas práticas ambientais, sociais e em governança), não adianta eu convencer apenas o funcionário e o gerente da filial — tem que ter o envolvimento da alta gestão. Portanto, esse tipo de conhecimento precisa estar na cabeça da alta gestão, porque é ela que vai direcionar o processo, ainda que não o execute. O ITL está com essa missão e tem feito um bom papel. O feedback dos participantes tem sido muito positivo e o futuro vai dizer se o transporte será mais racional. Eu tenho certeza de que sim, e já temos indícios disso. Por exemplo, hoje você vê mais empresários preocupados com equidade de gênero.

As Missões Internacionais do Transporte, o SEST SENAT Summit e o Executive Program são exemplos de produtos do Sistema com foco em inovação. Qual é a importância desse tipo de olhar para o setor?

Esses três estão me trazendo uma dor de cabeça grande, porque todo mundo quer participar (risos). Quanto mais missão propomos, mais gente quer ir. E era esse mesmo o objetivo, e o fato de ter uma grande aceitação demonstra o sucesso. A Missão Internacional é um programa intensivo, com viagens, que mescla o conhecimento da realidade do transporte em diversos países com conhecimento acadêmico. É um momento para estudar, para ouvir teóricos, e uma oportunidade para pensar como será o transporte daqui a 10, 20 ou 30 anos. Nas imersões, ficamos juntos por vários dias, com o objetivo de fazer o empresário pensar no futuro, no meio ambiente, na sustentabilidade do negócio. Esse é o sentido desses programas.

Também parte do Sistema Transporte, o SEST SENAT continua sua trajetória, desta vez, com um ciclo de planejamento estratégico visando garantir a empregabilidade e a longevidade das pessoas e das empresas. Como o senhor vê o futuro da instituição?

O futuro do SEST SENAT é a mudança constante, para continuar criando um ambiente social para o trabalhador e para a família dele e formando mão de obra de qualidade para as empresas de transporte. Antigamente, ficávamos muito fechados nas unidades operacionais. Hoje, a gente está provocando as empresas, os grandes contribuintes, a utilizar a rede. Ter uma maior interação ajuda a mostrar que a contribuição compulsória das empresas não é mera despesa, mas investimento. O SEST SENAT pode retribuir, treinando e qualificando a mão de obra com qualidade. Além disso, é importante cativar a família do trabalhador do transporte. Os atendimentos em psicologia, nutrição, fisioterapia e odontologia fazem a diferença para filhos e cônjuges. Muitas vezes, a esposa ou o filho do empregado pede para que ele permaneça em determinada empresa porque gosta de frequentar a unidade mais próxima. O ambiente agradável proporcionado pelo SEST SENAT também tem essa finalidade: precisamos fazer com que o trabalhador queira trabalhar no setor.

Estamos em um ano de eleições municipais. Por que o pleito é tão importante para o transporte e, em especial, para a mobilidade urbana?

Por uma questão de capilaridade, as eleições municipais são um assunto, sobretudo, das federações e dos sindicatos. A CNT não consegue acompanhar a eleição nos quase 5 mil municípios do país, de modo que nossa atenção será macro. Vamos acompanhar de perto as principais capitais e incentivar a ação da base, por meio dos sindicatos e das federações. É o momento de colocar em discussão, sim, a mobilidade urbana. Já houve um avanço muito grande ao quebrar a concepção de que dinheiro público no transporte coletivo de passageiros é subsídio ao empresário. Hoje, está claro que é subsídio ao passageiro. Em se tratando de política pública, cabe ao prefeito definir se quer passagem cara para o eleitor ou se vai, com dinheiro público, reduzir o custo da passagem. Em muitas cidades, já se fala em tarifa zero. Algumas querem fazer de modo experimental, zerando a tarifa em alguns dias da semana. Outras querem de modo universal. Vemos com satisfação essa discussão. O transporte deve ser regulado pelo município, mas isso não significa que não deva existir verba federal. A CNT defende que o assunto seja tratado como direito constitucional, como é o SUS (Sistema Único de Saúde) e a educação básica. Ora, cabe ao município cuidar de educação e saúde, mas cabe ao governo federal mandar os recursos, tendo em vista a concentração de arrecadação de verbas em nível federal. Hoje, existe, ainda, uma alternativa muito flexível, que são as emendas parlamentares. Deputados e senadores podem destinar recursos ao município, determinando que sejam aplicados em mobilidade urbana.

Que mensagem o senhor gostaria de deixar para o transportador em 2024?

Uma mensagem de otimismo. Os economistas insistem em dizer que o Brasil vai crescer pouco, mas, para mim, um crescimento na ordem de 3% já está contratado. O que movimenta a economia é a massa salarial e o Brasil nunca teve uma taxa de desemprego tão pequena. Fala-se que a média salarial vem decrescendo. Porém é emprego de qualidade: nós estamos gerando 2 milhões de empregos com carteira assinada. Ora, é muito melhor ter um emprego com carteira assinada do que estar na informalidade. Estamos colocando os informais para dentro do sistema, por isso, a base é um pouco mais baixa. Os salários dos executivos não foram reduzidos. Quando falo que o crescimento está contratado, lembro, por exemplo, que redes de transmissões para energia elétrica estão previstas. O Brasil só não produz mais energia solar e eólica por falta de rede de transmissão. Com isso resolvido, vamos gerar emprego na transmissão, vamos gerar emprego, também, nas usinas renováveis. Vamos gerar emprego com infraestrutura de transporte e algumas rodovias já foram contratadas. Na parte de infraestrutura de comunicação, o 5G está prestes a ser implantado. Tudo isso é emprego e vem do capital privado. Se tudo isso acontecer — e está nos contratos —, não tem como o Brasil crescer menos de 3%. Se o governo fizer alguma coisa para ajudar, vai acelerar mais ainda. Portanto, é preciso que o governo tenha responsabilidade com o arcabouço fiscal que foi aprovado. Tem razoabilidade o discurso do presidente Lula, de que é preciso investir para gerar emprego. Porém é investir — e não gastar. Gastança gera inflação e desemprego. Investimento é colocar dinheiro em rodovia, hidrovia, ferrovia. Isso, sim, dá retorno. O Sistema Transporte continua defendendo que o investimento em infraestrutura seja feito, porque ele vai se pagar e dar retorno.

 Fonte: CNT

Primeira edição do CONET de 2024 acontece em São Paulo

Notícias 09 de janeiro de 2024

A NTC&Logística está com inscrições abertas para a primeira edição de 2024 do Conselho Nacional de Estudos em Transportes, Custos, Tarifas e Mercado (CONET&Intersindical), que será realizada no dia 22 de fevereiro. O evento reunirá executivos, empresários e representantes sindicais do setor de transporte de cargas do Brasil para discutir questões importantes do setor e apresentar a mais recente pesquisa sobre o Índice Nacional dos Custos de Transporte (INCT).

O CONET é um evento bianual com o objetivo de divulgar pesquisas nacionais sobre tarifas, frete, legislação e políticas públicas voltadas para o Transporte rodoviário de Cargas (TRC). Além disso, proporciona um fórum para que os líderes do setor discutam e analisem questões que consideram recorrentes e de grande relevância para o desenvolvimento sustentável do setor.

O evento será realizado presencialmente na subsede da NTC&Logística em São Paulo e as inscrições já estão abertas, através do link.

Sugira pautas para o evento, clicando aqui.

O CONET é uma realização da NTC&Logística, e conta como entidade anfitriã, a FETCESP e os demais sindicatos do Estado de São Paulo. Apoio logístico da Braspress e apoio institucional do Sistema Transporte composto pela CNT, SEST SENAT e ITL e da FumTran.
Fonte: SETCESP

O custo, o tempo e a produtividade no transporte

Notícias 09 de janeiro de 2024

No transporte de carga, o tempo é um recurso valioso e escasso, tanto na operação quanto na logística. Ele impacta diretamente a rentabilidade das empresas, por conta da produtividade e também no bem-estar dos colaboradores.

Para garantir a otimização do tempo e a diminuição do custo, é preciso um planejamento da rota que observe aspectos como: distância, tráfego, velocidade, condições de rodagem e horário de carga e descarga. Mais um fator é a capacitação do motorista, que deve estar apto a utilizar tecnologias e ferramentas que possam ajudá-lo a economizar tempo e aumentar a segurança durante as viagens.

Lembrando que são diversos os fatores que podem aumentar o tempo gasto em uma rota no transporte, como congestionamentos, acidentes, interdições, etc. O tempo perdido nestas e outras situações pode gerar atrasos na entrega, multas por descumprimento de prazos contratuais e, consequentemente, prejuízos financeiros. Portanto, é fundamental que as empresas de transporte de carga invistam em estratégias para uma gestão eficiente do tempo.

Outro ponto é que a jornada do motorista é um aspecto importante a ser considerado, mesmo porque a legislação trabalhista estabelece limites de horas na direção e de descanso para garantir a segurança do profissional e dos demais usuários das estradas. O não cumprimento dessas regras pode gerar multas e sanções administrativas e o mais grave de tudo, colocar em risco a vida do motorista e de terceiros.

Ainda mais, depois das mudanças derivadas da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.322, que trouxeram significativas alterações na Lei 13.103/15 — que regulamenta a profissão do motorista. As empresas precisam reavaliar os custos de suas operações, para então mensurar os impactos financeiros causados por esta medida. Resultados difíceis de prever, uma vez que, para cada uma delas essa conta ‘fecharia’ de formas diferente, a depender do tipo de operação.

A priori é indicado começar analisando o custo do tempo, fator limitante neste processo, ou seja: o dia tem 24 horas, 22 dias úteis por mês em média, que já são reduzidos pela jornada de trabalho pré-estabelecida. Por isso, pense em todos os custos fixos e variáveis do veículo para se obter o custo por hora, a fim de entender melhor o cenário e a produtividade deles.

Depois, leve em consideração todos os parâmetros, os já mencionados anteriormente (horas trabalhadas/dia, dias trabalhados/mês) mais o percurso, a velocidade e o tempo de carga e descarga de como eram no cenário antes da ADI. Então, avalie o fim do tempo de espera em substituição por horas extras, como consequência das práticas advindas da ADI 5.322.

Resumidamente, se antes pagávamos 30% sobre esse tempo de espera, agora são 50%, devido às horas extras, somados aos encargos sociais e trabalhistas no nosso setor, que estão em aproximadamente 63,20%. Isso resultará em um valor por hora 7 vezes maior do que temos atualmente.

Ou seja, o impacto imediato é percebido no aumento do custo do tempo e diminuição na produtividade. Já que o tempo de espera é considerado jornada, a interjornada não pode ser fracionada, resultando menos viagens por veículo.

E o que poderíamos concluir disso tudo? O custo deve aumentar a depender do perfil das operações e o tempo de espera para carga e descarga passou a ser um fator potencializado. Quanto mais ficar parado, mais custo a empresa terá, isso agora em maior escala.

Provavelmente, seja necessário investir em mão de obra e na aquisição de veículos, a depender novamente do seu perfil de operações, pois talvez não seja possível atender a mesma demanda nas condições atuais. Até porque, sabemos da escassez de motoristas no mercado, outro gargalo do setor de transportes a ser enfrentado.

Em síntese, para garantir a produtividade no transporte de carga em viagens rodoviárias, deve-se considerar o custo do tempo e investir em tecnologias, capacitação e condições adequadas de trabalho para o motorista. Desta forma, será possível garantir eficiência e segurança operacional sem prejudicar o caixa.

Raquel Serini é economista e coordenadora de projetos do IPTC.

Preço do Diesel cai para 2024, mas reforma tributária pode impactar combustíveis

Notícias 08 de janeiro de 2024

Com o anúncio recente da Petrobras sobre a redução do preço do diesel, o novo ano começa com uma nota positiva para os consumidores brasileiros. A nova política de preços implementada pela Petrobras neste mês resultou em uma queda significativa nos preços do diesel, tornando-o mais económico para os distribuidores em todo o país.

Diesel em preço mais baixo para 2024

Desde 27 de dezembro de 2023, o preço do diesel estará mais baixo para os distribuidores em todo o Brasil. Esta é a segunda redução feita pela Petrobras neste mês, o que significa que os brasileiros começarão o próximo ano com preços mais baixos para este combustível.

No entanto, não são apenas boas notícias. A expectativa é de que a Reforma Tributária também influencie o preço dos combustíveis, podendo resultar em um possível aumento.

Detalhes da redução de preços do diesel

A Petrobras anunciou recentemente que o preço do diesel ficará R$ 0,30 por litro mais barato. Isso significa que o diesel A terá um custo de R$ 3,48 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 88% de Diesel A e 12% de biodiesel para formar o diesel comercializado nos postos, a parte da Petrobras teve uma redução de R$ 0,26 por litro.

Com essa mudança, o preço médio do diesel em todo o Brasil espera-se ser de R$ 3,06 por litro. Já o Diesel A S10 deve ter um custo médio entre R$ 4,63 e R$ 8,26 por litro nas bombas de combustível.

Impacto da Reforma Tributária sobre os preços dos combustíveis

A contar de 2024, será aplicado o IVA dual, uma única taxa em todo o Brasil que varia de acordo com o tipo de produto. Este imposto será cobrado uma única vez em toda a cadeia produtiva. Em adição a isso, os combustíveis estarão sujeitos ao Imposto Seletivo, que será aplicado a todos os produtos que podem causar danos para a saúde e ao meio ambiente. Com base nisso, a alíquota será de 1%.

O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) prevê que apenas o Imposto Seletivo deve produzir uma receita de R$ 9 bilhões. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) sustenta que esse novo sistema pode aumentar significativamente o preço dos combustíveis no próximo ano. Para mais detalhes sobre os preços do diesel, você pode visitar o site oficial da Petrobras.

Fonte: SETCESP

Mercado eleva projeção para PIB em 2024 e vê inflação abaixo do teto da meta em 2023

Notícias 08 de janeiro de 2024

O mercado melhorou sua perspectiva para a economia este ano e confirmou a expectativa de que a inflação encerrou 2023 abaixo do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.

De acordo com o levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, o IPCA deve ter encerrado 2023 com alta de 4,47%, 0,01 ponto percentual a mais do que o esperado na semana anterior. Com isso, a inflação ficaria dentro da faixa estipulada como objetivo para o ano passado.

O IBGE divulga na quinta-feira o dado de dezembro e de 2023 do IPCA. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para 2024 a inflação seguiu sendo calculada em 3,90%, com as projeções de alta de 3,50% para o IPCA em 2025 e 2026 também mantidas.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), os especialistas consultados seguem prevendo um crescimento de 2,92% em 2023, mas melhoraram sua conta para este ano em 0,07 ponto, a 1,59%.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve terminar 2024 em 9,0%, sem alterações em relação ao levantamento anterior.

Depois de cortar a Selic quatro vezes em 0,5 ponto percentual, levando-a ao patamar atual de 11,75%, o Comitê de Política Monetária do BC volta a se reunir no final deste mês para deliberar sobre a política monetária.

Fonte: SETCESP

NOTA DE POSICIONAMENTO

Notícias 05 de janeiro de 2024

O TRANSCARES na qualidade de representante legal das empresas de transporte de cargas e de logística no Estado do Espírito Santo vem à público apresentar seu veemente repúdio e indignação em face da publicação da Medida Provisória 1.202/2023 pelo Governo Federal. Na prática a referia Medida Provisória editada em 28/12/2023 revoga a Lei nº 14.784, de 27 de dezembro de 2023 que prorrogou a contribuição sobre a receita bruta dos 17 setores que mais geram empregos no Brasil.

Além de sua flagrante inconstitucionalidade e a perigosa e antidemocrática investida do poder executivo contra o que fora debatido e decidido pelo congresso nacional, a MP 1.202/2023 compromete de forma incontornável a manutenção dos preciosos empregos no setor de transportes de cargas, inviabiliza o desenvolvimento planejado das empresas transportadoras e amplia o cenário de insegurança jurídica que permeia o setor transportador já bastante afetado pela reforma tributária e pela decisão do STF em relação à lei do motorista profissional. O Trancares alerta que o inconcebível e irracional aumento da carga tributária sobre o emprego que a MP 1.202/2023, poderá provocar demissões em massa já no primeiro trimestre de 2024 além de grave retrocesso econômico para o país. O setor transportador capixaba envidará todos os esforços para que a MP 1.202 seja integralmente devolvida ou rejeitada pelo Congresso Nacional em benefício do desenvolvimento do país.

Luiz Alberto Teixeira
Presidente do Transcares

Transcares – Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado do Espírito Santo

Confira ainda a Manifestação das Confererações do setor produtivo que representam o Brasil.
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Subsídio de carteira de motorista para pessoa com deficiência passa em comissão da Câmara dos Deputados

Notícias 05 de janeiro de 2024

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que autoriza a destinação dos recursos provenientes de multas de trânsito para subsidiar os custos relacionados à habilitação de pessoas com deficiência. A proposta, que modifica o Código de Trânsito Brasileiro, visa utilizar esses fundos para cobrir despesas como taxas de órgãos de trânsito, incluindo a obtenção da licença de aprendizagem e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O projeto, de autoria do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), foi aprovado com um substitutivo apresentado pelo relator Maurício Carvalho (União-RO). Carvalho destacou a dificuldade enfrentada por muitas pessoas com deficiência, que não apenas lidam com desafios financeiros devido a gastos com equipamentos, tratamentos e medicamentos, mas também enfrentam custos mais elevados nas autoescolas em comparação com o público em geral.

O texto aprovado não inclui a medida original que propunha a gratuidade na renovação da CNH para indivíduos com deficiência, uma vez que isso poderia interferir nas prerrogativas dos estados e do Distrito Federal, conforme explicou o relator.

A proposta agora seguirá para análise em caráter conclusivo nas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, de Constituição e Justiça, e de Cidadania. Cabe ressaltar que o substitutivo também incorpora aspectos do Projeto de Lei 2401/23, apresentado pelo deputado Marx Beltrão (PP-AL), que aborda temática semelhante.

Fonte: Folha Vitória

Governo antecipa medida e percentual de biodiesel no diesel subirá para 14% em março de 2024

Notícias 05 de janeiro de 2024

O Conselho Nacional de  Energética (CNPE) decidiu que o teor de biodiesel na mistura ao óleo sofrerá aumento de 12% para 14% em março de 2024.

Com a expectativa de evitar a emissão de 5 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, além de incentivar a redução de cerca de R$ 7,2 bilhões com a importação de diesel fóssil, o Conselho Nacional de  Energética (CNPE) decidiu que o teor de biodiesel na mistura ao óleo sofrerá aumento de 12% para 14% em março de 2024. Para 2025 o aumento será de 15%.

O cronograma anterior previa a mistura B14 para abril de 2025 e a B15 para 2026. De acordo com o o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o incremento no percentual do biodiesel na matriz energética reduz a dependência do Brasil da importação de óleo diesel. Isso ajuda na descarbonização do País, além de estimular a agricultura brasileira.

Na ocasião, o referido Conselho também aprovou a suspensão, ainda que temporária, da importação de biodiesel, revertendo decisão do governo anterior.

“Deliberamos junto com o aumento da mistura que fica suspensa a importação deliberada pela ANP até que um grupo de trabalho defina se essa é ou não a melhor estratégia nacional”, informou o segundo ministro.

Também se criou um grupo de trabalho para discutir tecnicamente sobre a possibilidade de aumentar a mistura do álcool anidro na gasolina de 27,30% para 30%. Uma mudança já prevista no Projeto de Lei do Combustível do Futuro, apresentado pelo MME, e que está em tramitação no Congresso Nacional.

Posicionamento do setor

Em nota o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás – IBP, principal representante do setor de combustíveis no país, manifesta preocupação com a decisão do CNPE, de antecipar o cronograma de adição de biodiesel ao óleo diesel para fins de cumprimento de mistura obrigatória, aprovando a mistura de 14% em março de 2024, e de suspender a importação de biodiesel, recém implementada pela Resolução nº 962/23 da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), até que sejam avaliados os impactos ao setor.

O IBPI ressalta que, por diretriz do próprio CNPE, esta resolução da ANP autorizou a importação de até 20% do volume de biodiesel necessário para cumprir o mandato de mistura ao diesel e seguiu todo o rito regulatório de análise de impacto e consulta à sociedade, e que alterações extemporâneas numa pauta longamente debatida com a sociedade comprometem a estabilidade regulatória e geram insegurança no mercado.

O IBP considera, ainda, que a abertura à importação de biodiesel vai ao encontro do tamanho do Brasil no comércio internacional.  O manifesto redigido pelo Instituto, relata que, hoje o setor de biodiesel importa óleo vegetal para produzir o produto. Além disso, exporta excedentes de biodiesel e que, por isso, não há razão para se excluir a importação de biodiesel desta cadeia de comércio internacional. O IBP, ressalta ainda, que a importação é elemento importante na promoção da competição no segmento, através de um marcador externo de preço, ganhos de eficiência e qualidade, estimulando a evolução contínua do setor energético brasileiro, em conformidade com os objetivos mais amplos de desenvolvimento sustentável, segurança energética e proteção dos interesses do consumidor.

Sobre a antecipação do cronograma de mistura de biodiesel ao óleo diesel, o Instituto reforça a relevância da previsibilidade e da clareza das regras.

A instituição destacou ainda que o planejamento operacional dos agentes passa por diversas etapas para que o produto esteja disponível ao consumidor no local certo e de forma tempestiva, sendo necessário considerar, pelo menos:

  • negociações com fornecedores de biodiesel e diesel;
  • obrigações regulatórias e registro de contratos na ANP;
  • contratação da logística de coleta de biodiesel;
  • adequação da operação nas bases de distribuição.

Dessa forma, qualquer alteração de teores obrigatórios de mistura requer antecedência entre a decisão e sua execução, sob pena de se gerar uma corrida por produto e pela logística, com elevação de preços e potencial risco ao abastecimento.

Outro ponto importante, segundo o IBP, é a necessidade de investimentos para ampliar a capacidade de mistura dos 14% em 2024. Ou seja, investimentos que seguiam calendário pré-estabelecido pelo próprio CNPE em março de 2023, e que já estavam previamente programados para o ano seguinte.

Além disso, o Instituto considera relevante que elevações do teor de biodiesel sejam debatidas dentro da necessidade do Brasil de progredir no desenvolvimento de rotas tecnológicas avançadas de produção de biocombustíveis, elegíveis para motores diesel (como o diesel verde – HVO e a parcela renovável do diesel de coprocessamento) e de avião (combustível sustentável de aviação – SAF). Tais rotas se comunicam diretamente com os programas do governo de adensamento tecnológico e aumento da eficiência para descarbonização da matriz de transporte. Ou seja, compatíveis com a infraestrutura existente.

Por fim, o IBP reforça que a previsibilidade e a estabilidade regulatória são fatores preponderantes para que os agentes se organizem de forma eficiente. Além disso, cumpram o seu papel no abastecimento nacional, sem ônus para sociedade. Assim como são fundamentais para segurança dos necessários investimentos com vistas a um futuro mais sustentável e resiliente.

Fonte: NTC&LOG

Reoneração da folha: Pacheco chama reunião e avisa a Haddad que medida sofre rejeição

Notícias 04 de janeiro de 2024

Deputados e senadores avaliam que a tendência é o Congresso rejeitar a medida provisória (MP) que retoma a tributação gradual da folha de pagamento das empresas.

No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve reunir líderes partidários na próxima segunda-feira ou terça-feira. O objetivo inicial de Pacheco era ouvir a opinião dos parlamentares mais influentes sobre a MP da reoneração, mas os vetos impostos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também devem entrar nas discussões.

Pacheco já indicou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conversa reservada, que a medida provisória da reoneração da folha de salários vai ter muitas dificuldades de avançar no Congresso, mesmo que não seja devolvida à Presidência da República, apurou o Estadão/Broadcast. Governistas tentam reverter o quadro e abrir um caminho de diálogo dos congressistas com o governo até fevereiro, quando o Legislativo volta do recesso.

MAIS MUDANÇAS

A medida provisória da reoneração da folha foi anunciada por Haddad no último dia 29, cerca de duas semanas após o Congresso derrubar o veto do governo à lei que estende o benefício fiscal a 17 setores da economia até 2027, além da redução da contribuição previdenciária patronal paga pelas prefeituras.

A proposta de acabar com o incentivo, segundo o petista, está alinhada à meta de zerar o déficit das contas públicas este ano, já que repõe aos cofres do governo recursos que não estavam inicialmente previstos no projeto de lei orçamentária.

A MP também prevê uma extinção gradativa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), aprovado por deputados e senadores para ajudar as empresas do setor em razão da pandemia da covid-19 e que foi prorrogado.

O texto da MP ainda estabelece uma nova regra para compensação de crédito tributário, que será aplicada a volumes que empresas tenham direito superiores a R$ 10 milhões, em razão de decisões judiciais.

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Folha Vitória

 

PRF inicia fiscalização do exame toxicológico

Notícias 04 de janeiro de 2024

A Polícia Rodoviária Federal está realizando, em todo o país, uma fiscalização especial direcionada aos motoristas profissionais, aqueles habilitados nas categorias C, D e E, para verificação do cumprimento da obrigatoriedade do exame toxicológico. Entre 28/12 e 28/01, a PRF vai realizar a fiscalização com caráter educativo, buscando conscientizar os motoristas que estão com o exame vencido.

As datas usadas pela corporação coincidem com o prazo estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estipula como limite àqueles que não desejam ser multados já no início da fase punitiva.

Depois do dia 28 de janeiro, a fiscalização vai passar a autuar os motoristas que estiverem dirigindo veículos com o exame toxicológico vencido há mais de 30 dias.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os motoristas que estiverem na direção de um veículo sem realizarem o exame, com o toxicológico vencido ou com resultado positivo estarão passíveis às infrações consideradas gravíssimas – com inclusão de sete pontos na CNH, cuja penalidade é a aplicação de multa com fator multiplicador por cinco (valor da multa x 5), totalizando R$ 1.467,35.

Em caso de reincidência no período de 12 meses, o fator multiplicador é dez (valor da multa x10), e a suspensão do direito de dirigir.

A PRF destaca que, em 2023, foram registrados 80 acidentes nas rodovias federais, sendo 17 graves, que foram causados por motoristas que tinham ingerido substâncias psicoativas, número que é 12% maior do que o registrado em 2022. Além do prejuízo material, esses acidentes resultaram em 72 pessoas com ferimentos e dez mortas.

Como saber a data de validade do exame

Os motoristas profissionais podem saber a data correta do vencimento do exame toxicológico por meio do aplicativo “Carteira Digital de Trânsito”, do Governo Federal.

Ao acessar o aplicativo e fazer login, o motorista clica em “Condutor” e depois em “Exames Toxicológicos”. Ali é possível ver a data limite para realização do próximo exame, e informações sobre laboratórios credenciados pela Senatran e outras informações relevantes.

“A fiscalização para cumprimento da norma vai além da observação do ambiente de trânsito. É um item de preocupação com o bem-estar do motorista e alcança uma perspectiva de saúde pública, que ajuda a construir uma  de segurança viária plena”, destacou a PRF em nota.

Fonte: NTC&Log

Medida provisória sobre novas regras da contribuição previdenciária da empresa e limitação de aproveitamento de créditos tributários judiciais transitados em julgados

Notícias 04 de janeiro de 2024

O Governo Federal editou a Medida Provisória nº 1.202/2023 modificando as regras de recolhimento da Contribuição Previdenciária da Empresa, que estava amparada pela Lei nº 14.784/2023 que permitia o recolhimento deste tributo calculado à alíquota que variava de 1% a 4%, conforme a atividade econômica da empresa.

A citada Medida Provisória acima entra em vigor no dia 01.01.2024, mas só produzirá efeitos a partir de 01.04.2024, em face do princípio Constitucional da anterioridade nonagésimal, vide artigo 7º da MP combinado com a letra “c”, inciso III, do artigo 150 da Constituição Federal.

A Medida Provisória vale por 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias, sendo que o Congresso Nacional tem que votar sua validade aprovando-a, revogando-a ou, se no prazo de 120 dias não houver tal votação, a mesma caducará, ou seja, deixará de existir no mundo jurídico. Sobre os efeitos da mesma durante o período de sua vigência, o Congresso Nacional deverá, por decreto legislativo, definir as relações jurídicas dela decorrentes. Lembramos, por outro lado, que o Congresso Nacional está em recesso e deve retomar suas atividades no dia 02.02.2024, vide artigo 57 da Constituição Federal.

Como serão as novas regras?

As empresas constantes do Anexo I da Medida Provisória 1.202/2023 (vide lista abaixo) poderão (digo poderão, porque se trata de uma opção), passar a recolher a Contribuição Previdenciária com as seguintes alíquotas:
Baixe aqui o ANEXO I

  1. a) dez por cento em 2024;
  2. b) doze inteiros e cinco décimos por cento em 2025;
  3. c) quinze por cento em 2026; e
  4. d) dezessete inteiros e cinco décimos por cento em 2027; e

Para as empresas que exercem as atividades relacionadas no Anexo II (vide lista abaixo) poderão recolhe a Contribuição Previdenciária mediante aplicação das alíquotas de:
Baixe aqui o ANEXO II

  1. a) quinze por cento em 2024;
  2. b) dezesseis inteiros e vinte e cinco centésimos por cento em 2025;
  3. c) dezessete inteiros e cinco décimos por cento em 2026; e
  4. d) dezoito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento em 2027.

Mas, atenção! As alíquotas incidirão sobre o valor do salário mínimo, sendo que o valor que ultrapassar a esta quantia será tributada normalmente, ou seja, 20%. Fazendo uma interpretação literal do parágrafo único do artigo 1º da citada Medida Provisória, um empregado que tenha, por exemplo, um salário de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), as novas alíquotas incidirão sobre R$ 1.412,00 (mil, quatrocentos e doze reais), que será o salário mínimo vigente em 2024, e o restante, R$ 3.588,00 (três mil, quinhentos e oitenta e oito reais), será tributado a 20%. Mas é aconselhável aguardar a publicação de Instrução Normativa por parte do Instituto Nacional de Previdência Social – INSS que, como de praxe, sempre que há alteração em leis relacionadas à previdência social, costuma publicar norma orientativa sobre o assunto.

Paras empresas que decidirem em fazer a opção ao recolhimento da Contribuição Previdenciária na forma da Medida Provisória nº 1.202/2023, e que por ventura tenham duas atividades ou mais, deverão considerar o CNAE da atividade principal, entendo como tal a que apurou a maior receita no ano calendário de 2023.

Outra exigência é que a empresa que aderir às novas regras de recolhimento da sua Contribuição Previdenciária terá que manter o mesmo número de empregados, ou maior, registrados no dia 01.01.2024. Se houver diminuição, perderá o direito a esta opção durante o ano calendário vigente, ou seja, até 31.12.2024.

Da limitação do aproveitamento de créditos tributários referentes a decisões judiciais transitadas em julgados

A Medida Provisória 1.202/2023 também trouxe outra novidade, que foi a limitação de aproveitamento de créditos judicias transitados em julgados cujo valor seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).

Nesses casos o valor mensal que poderá ser aproveitado será graduado pela Receita Federal do Brasil, conforme o valor que foi aprovado pelo Poder Judiciário, mas não poderá ser superior a 1/60 (um sessenta avos) mês.

A Receita Federal do Brasil oportunamente irá também publicar norma regulamentando o assunto.

Adauto Bentivegna Filho
Assessor Jurídico do SETCESP

Baixe aqui o ANEXO I
Baixe aqui o ANEXO II

 

Lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento foi sancionada

Notícias 28 de dezembro de 2023

esde a publicação da Lei nº12.546/ 11, a atividade de transporte rodoviário de cargas – CNAE 4930-2 está enquadrada na desoneração da folha de pagamentos de salários. O que significa dizer que a Contribuição Previdenciária patronal será calculada sobre a receita bruta da empresa.

Após grandes esforços das entidades do setor, foi possível derrubar o Veto Presidencial e então, foi publicada hoje (28), a Lei nº 14.784/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para o setor até 31 de dezembro de 2027.

 

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