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Receita refaz estimativa de perdas com desoneração da folha

Notícias 16 de janeiro de 2024

Diante de cálculos conflitantes apresentados pela própria equipe econômica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu que a Receita Federal refizesse as estimativas de perda com a prorrogação da desoneração da folha de pagamento. Ele levou o novo número ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com quem se reúne na noite desta segunda-feira (15).

Até agora, o Ministério da Fazenda informou três impactos diferentes com a derrubada do veto. Inicialmente, a pasta tinha informado R$ 25 bilhões para o Orçamento de 2024. Posteriormente, informou R$ 20 bilhões e, por fim, R$ 16 bilhões.

“Eu pedi para a Receita reestimar [a perda de arrecadação]. A primeira providência que vou fazer é levar ao conhecimento do presidente Rodrigo Pacheco o que que não está previsto no Orçamento que foi aprovado. Porque, como não foi feito o cálculo pela Fazenda, o projeto foi aprovado sem que houvesse participação do Executivo. Então, nós usamos esse tempo para fazer uma estimativa de renúncia não prevista no Orçamento que compromete os objetivos pretendidos”, disse Haddad ao retornar de reunião com o presidente do Paraguai no Itamaraty.

Segundo Haddad, o novo cálculo considerará tanto a perda com a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores como com a redução da alíquota da Previdência Social para os municípios de pequeno porte.

Remessa Conforme

O ministro evitou informar de onde virão os recursos para compensar a perda de receitas, caso a medida provisória editada no fim do ano passado seja devolvida ou rejeitada pelo Congresso. Ele não confirmou se a taxação de compras onlinecuja decisão ficou para este ano, compensará o impacto fiscal.

“O orçamento é público: quando você faz uma renúncia fiscal você tem que compensar. É natural que haja lobbies, que haja grupos de interesses defendendo as suas propostas. Mas o papel do Ministério da Fazenda é buscar harmonizar o orçamento com aquilo que foi aprovado”, declarou. Segundo o ministro, a reunião desta segunda com Pacheco marcará o início de uma “discussão de alto nível” sobre o tema.

Antes do encontro com Pacheco, Haddad reuniu-se com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com o líder do Governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA). Ao deixar o ministério, Wagner repetiu que não acredita que o Congresso devolverá a medida provisória, mas não entrou em detalhes sobre a possibilidade de o Legislativo converter a proposta em projeto de lei.

 

Foto: Divulgação Agência Brasil

RNTRC: Prazo para revalidação de cooperativas de transporte de cargas termina esta semana

Notícias 15 de janeiro de 2024

Revalidação Ordinária do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está em andamento, é obrigatória e fundamental para manter a atuação no transporte de cargas. Os prazos para concluir a atualização variam entre janeiro e março de 2024, dependendo da categoria.

De acordo com o superintendente de Serviços de Transporte  e Multimodal de Cargas (Suroc) da ANTT, José Amaral, das 591 Cooperativas de Transporte  de Cargas (CTC), por exemplo, cujo prazo termina em 21 de janeiro, 332 ainda não realizaram a revalidação ordinária.

Além disso, dos cerca de 1,3 milhão de transportadores registrados nas três categorias, aproximadamente 714 mil ainda não atualizaram seus dados cadastrais e de seus veículos. Até a semana passada, 10,8% das Empresas de Transporte de Cargas (ETCs) que precisam efetuar a revalidação concluíram o processo. O número é ainda menor para a categoria Transportador Autônomo de Cargas (TAC), apenas 2,4%.

O não cumprimento das obrigações de Revalidação Ordinária pode resultar na suspensão do RNTRC e na aplicação de multas. Confira os prazos para concluir a atualização:

Prazos para concluir a atualização

CATEGORIA DO TRANSPORTADOR DATA DO FIM
CTC 21/01/2024
ETC 26/02/2024
TAC 22/03/2024

Como realizar a Revalidação Ordinária?

Os procedimentos para a Revalidação Ordinária foram regulamentados pela Portaria SUROC Nº 220 de 23 de dezembro de 2022. A ANTT realizará a atualização dos dados cadastrais e a verificação dos requisitos para a manutenção no RNTRC de forma automatizada. Isso não alterará o status do RNTRC do transportador que. se estiver em conformidade com todos os requisitos, terá seu registro automaticamente revalidado, sem a necessidade de nenhuma ação adicional. No entanto, se houver pendências ou inconformidades, será necessário realizar a “Revalidação Ordinária” no sistema RNTRC para regularizar o status.

Quais são as infrações e penalidades?

As infrações estão previstas no Art. 19 da Resolução Nº 5.982, que prevê multa de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais), por ocorrência, para os que não atualizarem as informações cadastrais ou deixarem de proceder à revalidação ordinária dos dados cadastrais, independente do transportador realizar ou não operação de transporte. Já no caso do Transportador Rodoviário Remunerado de Cargas (TRRC) sem inscrição no RNTRC ou com inscrição pendente, suspensa ou cancelada, está prevista multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) para os que forem contratados ou que efetuarem o transporte da carga por terceiros, mediante remuneração.

Fonte: NTC&LOG

Otimismo com a indústria inicia 2024 em alta, aponta CNI

Notícias 15 de janeiro de 2024

Empresário industrial deixou de registrar expectativas negativas para a economia; indicador de confiança avançou pelo segundo mês consecutivo em janeiro

A indústria brasileira começou o ano mais otimisma. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado nesta segunda-feira (15/1) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), avançou 2,2 pontos — de 51,0 para 53,2 — entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Medido numa faixa de 0 a 100 pontos, o indicador apresenta uma linha divisória de 50 pontos, com valores abaixo disso representando uma falta de confiança dos empresários, e acima representando confiança.

Segundo Larissa Nocko, economista da CNI, o resultado demonstra que a indústria iniciou o ano com a confiança mais intensa e disseminada. “Tipicamente, nos meses de janeiro a confiança registra um patamar mais alto que em relação ao restante do ano, mas vale destacar que o índice começou o ano 4,6 pontos acima de janeiro de 2023″, ressaltou.

O ICEI é formado pela junção de dois indicadores, um que mede a percepção da indústria sobre as condições atuais e outro sobre as expectativas futuras. Foram entrevistadas 1.271 empresas, sendo 512 de pequeno porte, 470 de médio porte e 289 de grande porte, entre os dias 4 e 10 de janeiro.

O índice que mede a percepção sobre as condições atuais avançou 1,5 ponto no período, chegando a 48,3 pontos. Estando abaixo da linha de 50 pontos, esse valor mostra que ainda há desconfiança, mas que ela está menor em relação aos últimos seis meses. Embora a avaliação dos empresários com relação às condições atuais seja relativamente negativa, a avaliação com relação às próprias empresas deixou o campo negativo ao passar para os 50,2 pontos.

Por sua vez, o Índice de Expectativas avançou 2,6 pontos — chegando a 55,7 pontos —, o que mostra otimismo da indústria para os próximos seis meses. Em particular, as expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses deixaram o campo de desconfiança na passagem entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, com avanço expressivo de 3,8 pontos — de 46,3 para 50,1 pontos.

Fonte: NTC&LOG

Após último reajuste, média do preço do diesel comum aumenta no país

Notícias 11 de janeiro de 2024

Nos primeiros dias de janeiro o tipo comum registrou um aumento de 0,17%, ante o dia 26 de dezembro, e o S-10 ficou 0,99% mais caro; Aumentos refletem no ajuste de PIS/Cofins sobre o diesel

De acordo com dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa, uma semana após a última redução anunciada no preço do litro do diesel repassado às refinarias, o tipo comum aumentou em média de 0,17% no país. No último dia 26, quando o reajuste foi anunciado, o comum estava sendo comercializado a R$ 5,96. Já no dia 3 de janeiro, o combustível foi encontrado a uma média de R$ 5,97.

O litro do diesel S-10 foi encontrado a R$ 6,15 no dia 3 de janeiro nos postos de abastecimento do país, com um aumento médio de 0,99%, ante o dia 26 de dezembro.

“Apesar da redução para o diesel anunciada no dia 26 de dezembro, o ajuste de PIS/Cofins sobre o combustível, válido desde o dia 1º de janeiro, resultou em aumento no valor repassado aos motoristas”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

Ainda segundo Pina, no comparativo com o consolidado de dezembro, em que o tipo comum fechou a R$ 6,02 e o S-10 a R$ 6,18, o cenário ainda é de redução média de 1% para o comum e de 0,5% para o S-10.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Edenred Ticket Log, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

Fonte: NTC&Log

Lei sobre debêntures de infraestrutura amplia possibilidade de captação de recursos para o transporte

Notícias 11 de janeiro de 2024

Após intensas articulações da CNT (Confederação Nacional do Transporte) em prol do fomento a projetos voltados a alavancar o setor de transporte no Brasil, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, nesta quarta-feira (10), a lei nº 14.801/24.

Publicada no Diário Oficial da União, a referida norma, que dispõe sobre as debêntures de infraestrutura, amplia o leque de mecanismos de captação de recursos privados. Isso significa que, com as atualizações das regras de debêntures de infraestrutura trazidas pela norma, as concessionárias de serviços públicos emitirão, no mercado de capitais, títulos de crédito mais atrativos, com financiamentos a longo prazo para projetos de investimento.

Para o setor, esse é um feito de fundamental importância, já que, há décadas, a infraestrutura de transporte no Brasil não tem conseguido o aporte suficiente de recursos públicos e privados para resolver problemas que impactam seriamente todos os modais do transporte, como a má conservação da malha rodoviária.

A partir de agora, setores concessionados, como o ferroviário e o , terão uma nova possibilidade de aporte financeiro oriundo do setor privado. Com a nova lei, espera-se um aumento na atratividade das debêntures, contribuindo, assim, para o progresso de um dos setores mais importantes da economia.

Para o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Souza, as atualizações promovidas nas debêntures de infraestrutura serão essenciais para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, cujo principal gargalo é justamente a infraestrutura. “Desde o início, a Confederação Nacional do Transporte apoiou e trabalhou pela aprovação do Projeto de Lei nº 2.646/20 (sancionado como lei nº 14.801/24) por acreditar que ele vai contribuir para impulsionar os investimentos com cifras que podem chegar R$ 1 trilhão”, afirmou. Segundo ele, a lei hoje sancionada vai estimular os investidores interessados no desenvolvimento do transporte e da logística brasileira, por meio do fomento a projetos em rodovias, ferrovias, portos e outros equipamentos de infraestrutura.

Para finalizar, Valter Souza ressaltou a importância da lei nº 14.801/24 para a CNT, já que a criação das debêntures de infraestrutura fez parte da Agenda Institucional da entidade, além de ter sido um dos pleitos feitos aos presidenciáveis. “No ano de 2022, a CNT elaborou a publicação “O Transporte Move o Brasil – Propostas da CNT ao País”, em que  reforçava a necessidade de o governo federal “fomentar o mercado de capitais, viabilizando o aumento de emissões de debêntures e da constituição de fundos de investimento em ativos de infraestrutura, promovendo incentivos para que fundos internacionais e investidores institucionais comprem esses ativos”.

Entenda o que são debêntures

Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais, podendo ser adquiridos por pessoas físicas ou jurídicas. Na prática, quem compra esses papéis de dívida empresta dinheiro para as empresas fazerem investimentos ou expandirem as suas operações. Como contrapartida, o comprador é remunerado com juros e correção monetária até o pagamento integral do título.

Fonte; NTC&Log

Veja como tirar a nova carteira de identidade a partir desta quinta no ES

Notícias 11 de janeiro de 2024

 

 Foto: REPRODUÇÃO/INSTITUTO-GERAL DE PERÍCIAS DO RS

A Carteira de Identidade Nacional (CIN), um documento de identificação digital que substitui o Registro Geral (RG), começará a ser emitida no Espírito Santo a partir desta quinta-feira (11).

A principal novidade, em relação ao modelo anterior é que o novo documento não tem mais o número do Registro Geral (RG), mas apenas o do Cadastro de Pessoa Física (CPF) como identificador, único e válido para todo o país.

Algumas dúvidas ainda permanecem sobre como será o processo de emissão da nova identidade no Espírito Santo, por exemplo, quais serão as primeiras pessoas contempladas, valor ou até mesmo se o atendimento será estendido a todo o Estado. 

Em entrevista ao Folha Vitória, a perita criminal Juliana Arósio Sales esclareceu diversos questionamentos, como o prazo para a adesão no interior do Espírito Santo e como solicitar o novo documento. 

Como vai funcionar a emissão da nova carteira de identidade no Espírito Santo? Quais serão as primeiras pessoas atendidas?

Nós vamos iniciar a emissão de carteira de identidade nesta quinta-feira (11) para as pessoas previamente selecionadas, que estão solicitando primeiras vias do documento e que não têm inconsistências nos cadastros da Receita Federal. Isso porque, em um primeiro momento, nós precisamos estabilizar o sistema. 
A partir desta quinta, diversos sistemas começam a conversar entre si: o governo do Estado do Espírito Santo com as plataformas do governo federal. Então, a gente precisa fazer vários testes e estabilizar esse funcionamento para que, efetivamente, em fevereiro, a gente disponibilize o serviço para a população em geral.

Quais são os documentos que precisam ser apresentados para a emissão da nova identidade?

São os mesmos documentos até então: a certidão de nascimento ou de casamento, conforme for o estado civil da pessoa. O comprovante de residência ela deve trazer. E se ela quiser acrescentar numerações de outros documentos, como Carteira de Trabalho, CNH ou cartão do SUS, também pode trazer para fazer a inserção. 

É necessário levar documento de identificação com foto?

Não. Nos postos da Grande Vitória, e na verdade em 32 postos no Estado, nós já temos coleta biométrica, nestes postos não é preciso levar fotografia.

No primeiro momento, a emissão será feita para pessoas selecionadas. O valor para emitir o documento muda para outras pessoas? 

Não muda. Será a mesma taxa, a mesma forma de agendamento. Lembrando que a primeira via da CIN é gratuita para todas as pessoas.

E quem perdeu um RG do modelo antigo? Já pode emitir o novo documento a partir de fevereiro? 

Sim, pode tirar o novo, pode procurar o agendamento. Se ela for uma das pessoas eleitas para a emissão da CIN, como eu falei, de primeira via, ou que não tenha intercorrência no cadastro da Receita Federal, já vai poder emitir a CIN. 
Se for uma situação que ela tenha uma inconsistência na Receita Federal, ela vai precisar resolver isso na Receita e depois voltar para emitir a CIN. Ou então ela pode escolher emitir ainda no modelo antigo, conforme for a urgência dessa pessoa.

Como funciona o novo documento

O novo documento não terá mais o Registro Geral (RG), apenas o Cadastro de Pessoa Física (CPF), válido para todo o país. Ele estará disponível em formatos físico e digital, sendo que a versão física virá estampada em papel moeda.

O prazo de validade da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) varia conforme a faixa etária: cinco anos para crianças de até 12 anos incompletos; dez anos para pessoas de 12 a 60 anos incompletos; e indeterminado para quem tem acima de 60 anos.

A primeira via e a renovação da nova carteira de identidade são gratuitas. Quem perdê-lo e precisar tirar a segunda via terá de pagar uma taxa estipulada por Estado.

A CIN terá um código QR que possibilita a verificação de suas ocorrências, facilitando a identificação de extravios ou furtos. 

Todos os brasileiros têm até fevereiro de 2032 para realizar a substituição para a nova identidade, até lá, o atual RG continua tendo a mesma validade do novo documento.

O agendamento pode ser feito por meio do site https://agenda.es.gov.br/. As senhas são liberadas todos os dias às 8h. A previsão é de que todos os postos do Espírito Santo ofereçam o serviço até o final do primeiro trimestre. 

Fonte: Folha Vitória

714 MIL TRANSPORTADORES PODEM SER SUSPENSOS DE REALIZAR FRETE A PARTIR DE MARÇO, DIZ ANTT

Notícias 10 de janeiro de 2024

A Agência Nacional de Transportes Terrestres aponta que mais da metade das transportadoras ainda não fizeram a Revalidação Ordinária do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aponta que mais da metade dos transportadores de carga do País ainda não fizeram a Revalidação Ordinária do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). As informações constam em balanço encaminhado ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O processo está em andamento desde março do ano passado e terá o prazo encerrado entre este mês e o mês de março deste ano, conforme a categoria do transportador.

Dos cerca de 1,33 milhão de transportadores registrados, aproximadamente 714 mil ainda não atualizaram seus dados cadastrais e de seus veículos. Segundo explica a ANTT, a medida também visa a adequação aos requisitos para inscrição e manutenção dos registros.

Para a categoria de Cooperativas de Transporte  de Cargas (CTC), o prazo vai até o dia 21 deste mês. Para Empresa de Transporte  de Cargas (ETC), o limite é o dia 26 de fevereiro. Já para a categoria Transportador Autônomo de Cargas (TAC), o prazo vai até 22 de março.

Os procedimentos para a Revalidação Ordinária foram regulamentados pela Portaria SUROC Nº 220 de 23 de dezembro de 2022. A atualização não alterará o status do RNTRC do transportador que, se estiver em conformidade com todos os requisitos, terá seu registro automaticamente revalidado, sem a necessidade de nenhuma ação adicional. No entanto, se houver pendências ou inconformidades, será necessário realizar a “Revalidação Ordinária” no sistema RNTRC para regularizar o status.

A não atualização poderá acarretar em infração prevista no Art. 19 da Resolução Nº 5.982, que prevê multa de R$ 750,00. No caso do Transportador Rodoviário Remunerado de Cargas (TRRC) sem inscrição no RNTRC ou com inscrição pendente, suspensa ou cancelada, está prevista multa de R$ 3.000,00 para os que forem contratados ou que efetuarem o transporte da carga por terceiros, mediante remuneração.

Fonte: NTC&LOG

PESQUISA: Mercado no ano 2023

Notícias 10 de janeiro de 2024

A NTC&Logística está realizando uma pesquisa com as empresas de Transporte de Carga e Logística para verificar a situação econômica do TRC no ano de 2023.

São algumas questões, todas de múltipla escolha, que podem ser respondidas em poucos minutos.

A sua participação é muito importante. Clique aqui


Fonte: NTC&LOG

ANTT aprova o Plano de Atuação Internacional para o ano de 2024

Notícias 10 de janeiro de 2024

O transporte internacional de passageiros e cargas pelo modal terrestre é de grande importância para a logística e, consequentemente, para a economia do país. Ciente deste compromisso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou o Plano de Atuação Internacional (PLAI) 2024, um documento que traz, dentre vários pontos, as diretrizes para a boa atuação da ANTT em eventos e missões internacionais e no relacionamento com organismos estrangeiros.

Acesse aqui, para consulta e download, o PLAI 2024

O documento é o resultado do trabalho da Assessoria de Relações Internacionais (ASINT), unidade da ANTT que tem, entre suas atribuições, representar o Brasil junto a organismos internacionais em convenções, acordos e tratados, além de se relacionar com demais órgãos e entidades do Governo Brasileiro, oferecendo assim condições para que o Brasil possa aperfeiçoar o fluxo de transporte terrestre com outros países da América do Sul.

Sinergia com a governança

Desde que foi criada, em 2001, a ANTT tem no rol de suas atribuições a de representar o Brasil junto aos organismos internacionais e em convenções, acordos e tratados na sua área de competência. Assim, o PLAI 2024 alinha-se com os instrumentos de governança da Agência, entre eles:

  • PDP – Plano de Desenvolvimento de Pessoas
  • Plano Estratégico
  • PGA – Plano de Gestão Anual
  • Agenda Regulatória
  • Programa PROREV
  • Proposta orçamentária

Agenda

O cronograma de eventos e encontros virtuais e presenciais previstos, abertos para todos os stakeholders e interessados no ramo de transportes terrestres, estão em anexo específico do PLAI 2024.

Conheça o cronograma do Plano acessando aqui

Protagonismo mundial

No atual cenário internacional, o Brasil é membro de diversos organismos de integração regional, dentre os quais, destacam-se: a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), que é o maior grupo latino-americano de integração, e o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Ela é formada por 13 países-membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Já o Mercosul é constituído por quatro países membros: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

O Brasil possui, ainda, acordos bilaterais de transporte terrestre com Venezuela, Guiana e França (Guina Francesa); além de ter iniciado as tratativas para futura união com Colômbia e Equador.

 

Foto: Divulgação Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT

O custo, o tempo e a produtividade no transporte

Notícias 09 de janeiro de 2024

No transporte de carga, o tempo é um recurso valioso e escasso, tanto na operação quanto na logística. Ele impacta diretamente a rentabilidade das empresas, por conta da produtividade e também no bem-estar dos colaboradores.

Para garantir a otimização do tempo e a diminuição do custo, é preciso um planejamento da rota que observe aspectos como: distância, tráfego, velocidade, condições de rodagem e horário de carga e descarga. Mais um fator é a capacitação do motorista, que deve estar apto a utilizar tecnologias e ferramentas que possam ajudá-lo a economizar tempo e aumentar a segurança durante as viagens.

Lembrando que são diversos os fatores que podem aumentar o tempo gasto em uma rota no transporte, como congestionamentos, acidentes, interdições, etc. O tempo perdido nestas e outras situações pode gerar atrasos na entrega, multas por descumprimento de prazos contratuais e, consequentemente, prejuízos financeiros. Portanto, é fundamental que as empresas de transporte de carga invistam em estratégias para uma gestão eficiente do tempo.

Outro ponto é que a jornada do motorista é um aspecto importante a ser considerado, mesmo porque a legislação trabalhista estabelece limites de horas na direção e de descanso para garantir a segurança do profissional e dos demais usuários das estradas. O não cumprimento dessas regras pode gerar multas e sanções administrativas e o mais grave de tudo, colocar em risco a vida do motorista e de terceiros.

Ainda mais, depois das mudanças derivadas da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.322, que trouxeram significativas alterações na Lei 13.103/15 — que regulamenta a profissão do motorista. As empresas precisam reavaliar os custos de suas operações, para então mensurar os impactos financeiros causados por esta medida. Resultados difíceis de prever, uma vez que, para cada uma delas essa conta ‘fecharia’ de formas diferente, a depender do tipo de operação.

A priori é indicado começar analisando o custo do tempo, fator limitante neste processo, ou seja: o dia tem 24 horas, 22 dias úteis por mês em média, que já são reduzidos pela jornada de trabalho pré-estabelecida. Por isso, pense em todos os custos fixos e variáveis do veículo para se obter o custo por hora, a fim de entender melhor o cenário e a produtividade deles.

Depois, leve em consideração todos os parâmetros, os já mencionados anteriormente (horas trabalhadas/dia, dias trabalhados/mês) mais o percurso, a velocidade e o tempo de carga e descarga de como eram no cenário antes da ADI. Então, avalie o fim do tempo de espera em substituição por horas extras, como consequência das práticas advindas da ADI 5.322.

Resumidamente, se antes pagávamos 30% sobre esse tempo de espera, agora são 50%, devido às horas extras, somados aos encargos sociais e trabalhistas no nosso setor, que estão em aproximadamente 63,20%. Isso resultará em um valor por hora 7 vezes maior do que temos atualmente.

Ou seja, o impacto imediato é percebido no aumento do custo do tempo e diminuição na produtividade. Já que o tempo de espera é considerado jornada, a interjornada não pode ser fracionada, resultando menos viagens por veículo.

E o que poderíamos concluir disso tudo? O custo deve aumentar a depender do perfil das operações e o tempo de espera para carga e descarga passou a ser um fator potencializado. Quanto mais ficar parado, mais custo a empresa terá, isso agora em maior escala.

Provavelmente, seja necessário investir em mão de obra e na aquisição de veículos, a depender novamente do seu perfil de operações, pois talvez não seja possível atender a mesma demanda nas condições atuais. Até porque, sabemos da escassez de motoristas no mercado, outro gargalo do setor de transportes a ser enfrentado.

Em síntese, para garantir a produtividade no transporte de carga em viagens rodoviárias, deve-se considerar o custo do tempo e investir em tecnologias, capacitação e condições adequadas de trabalho para o motorista. Desta forma, será possível garantir eficiência e segurança operacional sem prejudicar o caixa.

Raquel Serini é economista e coordenadora de projetos do IPTC.

Primeira edição do CONET de 2024 acontece em São Paulo

Notícias 09 de janeiro de 2024

A NTC&Logística está com inscrições abertas para a primeira edição de 2024 do Conselho Nacional de Estudos em Transportes, Custos, Tarifas e Mercado (CONET&Intersindical), que será realizada no dia 22 de fevereiro. O evento reunirá executivos, empresários e representantes sindicais do setor de transporte de cargas do Brasil para discutir questões importantes do setor e apresentar a mais recente pesquisa sobre o Índice Nacional dos Custos de Transporte (INCT).

O CONET é um evento bianual com o objetivo de divulgar pesquisas nacionais sobre tarifas, frete, legislação e políticas públicas voltadas para o Transporte rodoviário de Cargas (TRC). Além disso, proporciona um fórum para que os líderes do setor discutam e analisem questões que consideram recorrentes e de grande relevância para o desenvolvimento sustentável do setor.

O evento será realizado presencialmente na subsede da NTC&Logística em São Paulo e as inscrições já estão abertas, através do link.

Sugira pautas para o evento, clicando aqui.

O CONET é uma realização da NTC&Logística, e conta como entidade anfitriã, a FETCESP e os demais sindicatos do Estado de São Paulo. Apoio logístico da Braspress e apoio institucional do Sistema Transporte composto pela CNT, SEST SENAT e ITL e da FumTran.
Fonte: SETCESP

O crescimento do Brasil em 2024 está "contratado", aponta Vander Costa

Notícias 09 de janeiro de 2024

Foto CNT

O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, tem mais de um motivo para celebrar. As três casas que compõem o Sistema — CNT, SEST SENAT e ITL — fecharam 2023 com entregas de peso. Os planos para os próximos meses já estão traçados e as perspectivas são positivas, com oportunidades para o país e para o setor. Além disso, há uma efeméride marcante: os 70 anos da CNT, entidade que remonta ao governo de Getulio Vargas, com representatividade entre os transportadores brasileiros.

Na entrevista a seguir, o presidente repassa as lutas recentes mais aguerridas, sobretudo a travada nos bastidores da reforma tributária, e indica os próximos passos da atuação institucional em prol dos interesses do transporte. Ele está atento ao desenrolar de uma eventual contrarreforma trabalhista e diz que a entidade estará ao lado de sindicatos e federações durante as eleições municipais, em que o tema da mobilidade urbana surgirá como pauta de campanha.

A preocupação com a capacitação da mão de obra e com a qualidade de vida dos trabalhadores continua a guiar os projetos do Sistema. Estudos técnicos e pesquisas de fôlego estão nos planos, com uso de tecnologia de ponta e aderência à realidade das empresas. Vander Costa vê o setor cada vez mais comprometido com a inovação e a reflexão crítica. Os líderes de amanhã estão em gestação — e contam com as diversas faces do Sistema Transporte para avançar no rumo certo.   

Este é um ano muito especial, em que se comemora o aniversário de 70 anos da CNT. Como o senhor avalia essa história — tanto como empresário do setor, como, desde 2019, presidente do Sistema Transporte?

A CNT tem uma importância fundamental. São sete décadas de história. No começo, ela era basicamente dirigida e representada por transportadores autônomos. Posteriormente, houve um movimento dos empresários para poder assumir o controle. De lá para cá, a gente vê a história sendo reescrita pelos diferentes presidentes, como Camilo Cola, Thiers Fattori Costa e Clésio Andrade. Portanto, houve dois momentos. Lembro, ainda, que a instituição já se chamou CNTT, ou seja, Confederação Nacional do Transporte Terrestre. No fim de seu mandato, o presidente Clésio Andrade incentivou a criação da confederação dos transportadores autônomos. Ter a representação apenas de empresas nos trouxe mais legitimidade. Na maioria das vezes, é grande a convergência entre autônomos e empresários, mas existem alguns detalhes divergentes. Como a CNT tem um estatuto que preconiza a unanimidade de entendimento, algumas pautas ficavam difíceis de defender. Enfim, nos últimos 30 anos, com a criação do SEST SENAT, a CNT tem um trabalho de protagonismo e de representar, efetivamente, as empresas de transporte perante os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Por vezes, alguns empresários cobram uma atitude mais específica sobre determinado segmento, mas você tem de ter uma visão ampla, de trabalhar pelo transporte. Então, em minha gestão, próxima de completar cinco anos, temos focado em incentivar o transporte como um todo, em incentivar a multimodalidade e em trabalhar para cargas e passageiros sem distinção, criando um ambiente melhor para as empresas de transporte de todo o país.

O Sistema Transporte acompanhou de perto a tramitação da reforma tributária. Do ponto de vista do setor, a reforma ficou a contento?

Acho que sim. A grande mudança da reforma é a concentração de tributos, colocando o IVA no lugar de ISS, ICMS, IPI, PIS e Cofins. O IVA será dual, ou seja, com a parte do estado e a parte federal. Há um ganho grande, que é a uniformização da legislação no país, superando, por exemplo, as 26 versões do ICMS, fora a do Distrito Federal. Para o transporte urbano de passageiros, o projeto é razoável, porque você vai ter direito ao crédito por todos os insumos do transporte e uma alíquota reduzida em 60%. Assim, o que se gasta com combustível vai, praticamente, compensar o valor da tarifa, lembrando que, quando o Estado é o pagador, a imunidade tributária está mantida. Quanto ao transporte intermunicipal e ao interestadual, o legislador remeteu a definição da alíquota à lei complementar. O transporte de carga, por sua vez, terá um pequeno aumento da carga tributária, da ordem de 4 pontos percentuais. Porém, em nosso modo de ver, o ganho de ter uma legislação consolidada compensa essa situação. Agora, para a sociedade brasileira, o principal ganho é a consolidação das informações e um único banco de dados nacional. Hoje, o Estado tem informações sobre os tributos federais, mas ele não alcança a nota fiscal de um autônomo, emitida em nível municipal. No momento em que o Estado tiver a base de dados completa, vai usar Inteligência Artificial para cruzar informações e combater a sonegação. Com isso, a arrecadação aumentará e, no futuro, será possível, inclusive, reduzir a carga. Resta a crítica ao longo período de transição que vamos passar, quando teremos de conviver com dois sistemas. A CNT defendeu a redução do prazo de transição, mas não foi atendida. Como resultado, quem não tem benefício tributário vai ficar pagando para dar tempo daqueles que são beneficiados se acomodarem. Apesar disso, é a melhor reforma possível neste momento.

Há, no horizonte, outra pauta de interesse do setor de transporte que exija acompanhamento institucional por parte da CNT?

No Congresso, precisamos estar sempre atentos. Constantemente, devemos estar atentos à defesa do Sistema S. Na reforma tributária, há o risco de que algum congressista não compreenda o valor da formação de mão de obra qualificada e tente, de alguma forma, atentar contra. Outra atenção permanente é com relação à legislação trabalhista. Exige-se atenção para não deixar essa vontade ideológica atrapalhar o crescimento econômico do Brasil. A reforma trabalhista está gerando emprego — gerou mais de 2 milhões de empregos no governo Bolsonaro e, no primeiro ano do governo Lula, temos o menor índice de desemprego já visto. Apesar dos números, ainda assim, não se enxerga o bom resultado como um fruto da reforma trabalhista. Penso que o povo brasileiro foi sábio, nas últimas eleições, ao escolher um presidente com viés de esquerda, mas um Congresso com viés conservador. A CNT está unida às outras confederações de empregadores para barrar essas tentativas (de contrarreforma), mas é um ponto, sim, de atenção, principalmente, com relação às normas infralegais, que podem ser alteradas por decreto. Se isso acontecer, é o caso de recorrer ao Congresso e buscar proposta de decreto legislativo para derrubar aquilo que não tenha, como objetivo, o benefício da sociedade brasileira.

Recentemente, o Sistema Transporte participou da COP28, em Dubai, e lançou publicações sobre hidrogênio renovável e outras fontes alternativas de energia. O que a instituição pode agregar para a temática ambiental?

Podemos agregar conhecimento, experiência, estatística. Fala-se que o transporte é responsável por mais de 40% da emissão de gases. Porém pouco se fala que mais da metade das emissões vem de motocicletas e automóveis. Ônibus e caminhões já se aperfeiçoaram muito, desde que o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) saiu do zero e foi para a fase P8. Por exemplo, a emissão de particulados foi reduzida em mais de 90%. Hoje, a emissão de um ônibus é menor do que uma moto, sendo que o ônibus transporta 60 pessoas. Sem querer diminuir nossa responsabilidade, precisamos mostrar que estamos fazendo a nossa parte. O Brasil tem uma solução excelente, que é fazer o carro elétrico com etanol. Vamos chegar ao carbono zero e continuar tendo mobilidade. Precisamos pensar grande e colocar como meta não a emissão zero, mas o carbono neutro, retirando o gás carbônico da natureza. Em outra frente, no fim do ano passado, trouxemos um estudo da UnB (Universidade de Brasília) que mostra que a majoração do biodiesel na mistura do diesel aumenta o consumo dos veículos em até 15%, elevando, também, a emissão de CO2. Portanto, trata-se de desmistificar que o biodiesel reduz a emissão de poluentes.

Outra pauta relevante para o Sistema é a segurança pública. Inclusive, no ano passado, ela foi tema do Fórum CNT de Debates. Por que esse assunto continua sendo tão importante para o setor?

Segurança é sempre importante para o transporte. Em sua participação no Fórum CNT, o então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, diagnosticou perfeitamente o problema: não adianta apenas procurar o bandido que rouba a carga do caminhão — tenho que mirar em quem ganha com esse crime. Da mesma maneira, preciso saber quem ganha com o vandalismo de ônibus. Do contrário, estaremos enxugando gelo. Eu tenho que quebrar a corrente financeira. Hoje, com os meios de pagamento e a inteligência que se tem na Receita Federal e na Polícia Federal, é possível rastrear o dinheiro. Então, acho que o governo está no caminho certo no enfrentamento ao crime. O Sistema Transporte não tem poder de polícia, mas vai trabalhar incentivando as forças policiais e o cruzamento de informações. Perceba que a carga, depois de roubada, é vendida com nota fiscal. Ora, o cruzamento vai identificar o que não teve entrada. Nós defendemos endurecer a punição para os receptadores da carga roubada. São eles que fomentam o crime e, portanto, precisam perder o estoque inteiro, ter o estabelecimento lacrado e o produto destinado a leilão da Receita Federal.

O Sistema continua produzindo materiais de referência, como a Pesquisa CNT de Rodovias, a Pesquisa CNT Perfil Empresarial e a Pesquisa CNT de Opinião. Como esses estudos técnicos subsidiam os transportadores na tomada de decisão?

A Pesquisa CNT de Rodovias é referência no país e, na edição passada, a 26ª, contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, em seu lançamento. Ela emprega muita inteligência artificial em sua produção e continua evoluindo. Talvez não cresça muito em extensão avaliada, pois já cobre toda a malha pavimentada federal e as principais rodovias estaduais do Brasil, mas a qualidade sempre será apurada. Quando o ministro nos perguntou o que deveria ser feito para melhorar a infraestrutura no ano que vem, apontamos para a publicação, que traz uma relação das intervenções prioritárias, destacando os pontos críticos. Estão lá os pontos que resultam em mais acidentes e mortes. Sobre a Pesquisa CNT Perfil Empresarial e a Pesquisa CNT de Opinião, precisamos conhecer quem estamos representando. Como promover ações aqui, em Brasília, sem conhecer a vontade da base? Portanto, essas pesquisas servem para isso: mostrar como os nossos representados pensam.

Em 2023, o ITL (Instituto de Transporte e Logística) completou 10 anos de atuação como braço acadêmico do Sistema Transporte. Por que é importante investir na alta gestão e na formação de lideranças?

As decisões são emanadas da gestão. É ela que dá o direcionamento na empresa. Se eu estou preocupado com ESG (boas práticas ambientais, sociais e em governança), não adianta eu convencer apenas o funcionário e o gerente da filial — tem que ter o envolvimento da alta gestão. Portanto, esse tipo de conhecimento precisa estar na cabeça da alta gestão, porque é ela que vai direcionar o processo, ainda que não o execute. O ITL está com essa missão e tem feito um bom papel. O feedback dos participantes tem sido muito positivo e o futuro vai dizer se o transporte será mais racional. Eu tenho certeza de que sim, e já temos indícios disso. Por exemplo, hoje você vê mais empresários preocupados com equidade de gênero.

As Missões Internacionais do Transporte, o SEST SENAT Summit e o Executive Program são exemplos de produtos do Sistema com foco em inovação. Qual é a importância desse tipo de olhar para o setor?

Esses três estão me trazendo uma dor de cabeça grande, porque todo mundo quer participar (risos). Quanto mais missão propomos, mais gente quer ir. E era esse mesmo o objetivo, e o fato de ter uma grande aceitação demonstra o sucesso. A Missão Internacional é um programa intensivo, com viagens, que mescla o conhecimento da realidade do transporte em diversos países com conhecimento acadêmico. É um momento para estudar, para ouvir teóricos, e uma oportunidade para pensar como será o transporte daqui a 10, 20 ou 30 anos. Nas imersões, ficamos juntos por vários dias, com o objetivo de fazer o empresário pensar no futuro, no meio ambiente, na sustentabilidade do negócio. Esse é o sentido desses programas.

Também parte do Sistema Transporte, o SEST SENAT continua sua trajetória, desta vez, com um ciclo de planejamento estratégico visando garantir a empregabilidade e a longevidade das pessoas e das empresas. Como o senhor vê o futuro da instituição?

O futuro do SEST SENAT é a mudança constante, para continuar criando um ambiente social para o trabalhador e para a família dele e formando mão de obra de qualidade para as empresas de transporte. Antigamente, ficávamos muito fechados nas unidades operacionais. Hoje, a gente está provocando as empresas, os grandes contribuintes, a utilizar a rede. Ter uma maior interação ajuda a mostrar que a contribuição compulsória das empresas não é mera despesa, mas investimento. O SEST SENAT pode retribuir, treinando e qualificando a mão de obra com qualidade. Além disso, é importante cativar a família do trabalhador do transporte. Os atendimentos em psicologia, nutrição, fisioterapia e odontologia fazem a diferença para filhos e cônjuges. Muitas vezes, a esposa ou o filho do empregado pede para que ele permaneça em determinada empresa porque gosta de frequentar a unidade mais próxima. O ambiente agradável proporcionado pelo SEST SENAT também tem essa finalidade: precisamos fazer com que o trabalhador queira trabalhar no setor.

Estamos em um ano de eleições municipais. Por que o pleito é tão importante para o transporte e, em especial, para a mobilidade urbana?

Por uma questão de capilaridade, as eleições municipais são um assunto, sobretudo, das federações e dos sindicatos. A CNT não consegue acompanhar a eleição nos quase 5 mil municípios do país, de modo que nossa atenção será macro. Vamos acompanhar de perto as principais capitais e incentivar a ação da base, por meio dos sindicatos e das federações. É o momento de colocar em discussão, sim, a mobilidade urbana. Já houve um avanço muito grande ao quebrar a concepção de que dinheiro público no transporte coletivo de passageiros é subsídio ao empresário. Hoje, está claro que é subsídio ao passageiro. Em se tratando de política pública, cabe ao prefeito definir se quer passagem cara para o eleitor ou se vai, com dinheiro público, reduzir o custo da passagem. Em muitas cidades, já se fala em tarifa zero. Algumas querem fazer de modo experimental, zerando a tarifa em alguns dias da semana. Outras querem de modo universal. Vemos com satisfação essa discussão. O transporte deve ser regulado pelo município, mas isso não significa que não deva existir verba federal. A CNT defende que o assunto seja tratado como direito constitucional, como é o SUS (Sistema Único de Saúde) e a educação básica. Ora, cabe ao município cuidar de educação e saúde, mas cabe ao governo federal mandar os recursos, tendo em vista a concentração de arrecadação de verbas em nível federal. Hoje, existe, ainda, uma alternativa muito flexível, que são as emendas parlamentares. Deputados e senadores podem destinar recursos ao município, determinando que sejam aplicados em mobilidade urbana.

Que mensagem o senhor gostaria de deixar para o transportador em 2024?

Uma mensagem de otimismo. Os economistas insistem em dizer que o Brasil vai crescer pouco, mas, para mim, um crescimento na ordem de 3% já está contratado. O que movimenta a economia é a massa salarial e o Brasil nunca teve uma taxa de desemprego tão pequena. Fala-se que a média salarial vem decrescendo. Porém é emprego de qualidade: nós estamos gerando 2 milhões de empregos com carteira assinada. Ora, é muito melhor ter um emprego com carteira assinada do que estar na informalidade. Estamos colocando os informais para dentro do sistema, por isso, a base é um pouco mais baixa. Os salários dos executivos não foram reduzidos. Quando falo que o crescimento está contratado, lembro, por exemplo, que redes de transmissões para energia elétrica estão previstas. O Brasil só não produz mais energia solar e eólica por falta de rede de transmissão. Com isso resolvido, vamos gerar emprego na transmissão, vamos gerar emprego, também, nas usinas renováveis. Vamos gerar emprego com infraestrutura de transporte e algumas rodovias já foram contratadas. Na parte de infraestrutura de comunicação, o 5G está prestes a ser implantado. Tudo isso é emprego e vem do capital privado. Se tudo isso acontecer — e está nos contratos —, não tem como o Brasil crescer menos de 3%. Se o governo fizer alguma coisa para ajudar, vai acelerar mais ainda. Portanto, é preciso que o governo tenha responsabilidade com o arcabouço fiscal que foi aprovado. Tem razoabilidade o discurso do presidente Lula, de que é preciso investir para gerar emprego. Porém é investir — e não gastar. Gastança gera inflação e desemprego. Investimento é colocar dinheiro em rodovia, hidrovia, ferrovia. Isso, sim, dá retorno. O Sistema Transporte continua defendendo que o investimento em infraestrutura seja feito, porque ele vai se pagar e dar retorno.

 Fonte: CNT

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