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Ministro dos Transportes vai visitar o ES para falar sobre 101, 262, ferrovias...

Notícias 23 de maro de 2023

A informação está divulgada na coluna Abdo Filho do jornal A Gazeta desta quinta-feira, 23 de março. O ministro dos Transportes, Renan Filho, estará no Espírito Santo nesta sexta-feira, 24. De acordo com informações da coluna, “oficialmente, ele visitará as obras do Mestre Álvaro, na Serra, e da BR 447, em Cariacica”. No entanto, o governador, Renato Casagrande, deve aproveitar a presença dele e buscar apoio para solucionar alguns dos principais desafios logísticos do Estado: as BRs 101, 262 e o modal ferroviário.

Sobre a 101, diz a nota, o governo estadual quer velocidade no estudo que está sendo contratado pelo governo federal para analisar a viabilidade de conceder as BRs 101, 262 e 259 à iniciativa privada. Casagrande também pedirá apoio ao ministro na tentativo do Estado assumir, temporariamente, a concessão da BR 101. O governador aceita colocar R$ 1 bilhão nas obras, mas não aceita pagar nada para a EcoRodovias, concessionária que em julho do ano passado desistiu da concessão da via.

No que diz respeito à 262, também de acordo com a nota de Adbo Filho, além de pedir velocidade nos estudos para a concessão, Renato quer investimentos públicos na via. Na avaliação do Estado, a situação da BR é muito ruim e não é possível esperar para ver se haverá ou não concessão à iniciativa privada para tomar providências. Mais do que conservação, ele busca ampliação de trechos mais demandados e mudança de traçado.

A nota explica ainda que o governo também levará ao ministro a insatisfação com a demora dos desdobramentos da EF 118, ferrovia projetada para ligar o Espírito Santo ao Rio. Quase três anos depois de assinar o contrato de renovação da Ferrovia Vitória-Minas, assumindo o compromisso da fazer as obras da EF 118 até Anchieta e entregar o projeto pronto até a divisa com o Rio, a Vale não tem um cronograma de serviços pronto. E Casagrande também pretender dizer a Renan Filho que o Estado vê com bons olhos a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica, pleiteada pela VLI, atual concessionária.

Leia a nota íntegra neste link: https://www.agazeta.com.br/colunas/abdo-filho/ferrovias-101-262-a-pauta-do-ministro-dos-transportes-no-es-0323

Transportes: senadores pedem retomada de obras e solução para concessões

Notícias 22 de maro de 2023

A retomada de obras de infraestrutura que estão paralisadas, como estradas e ferrovias, e o reequilíbrio dos contratos para garantir a manutenção das concessões das principais rodovias do país foram alguns dos desafios apontados pelos senadores ao ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta terça-feira (21). Ele foi o primeiro representante do Executivo federal, na gestão que começou em janeiro, a participar de uma audiência pública no Senado. O objetivo foi apresentar aos parlamentares um diagnóstico do setor e detalhar o planejamento das ações e investimentos a serem executados pela sua pasta nos próximos anos.

A audiência, que durou mais de quatro horas, foi solicitada por duas comissões do Senado: a de Infraestrutura (CI) e a de Desenvolvimento Regional (CDR), que são presididas, respectivamente, por Confúcio Moura (MDB-RO) e Marcelo Castro (MDB-PI). 

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) se mostrou preocupado com o fato de que nenhum dos contratos de concessão de rodovias tenham avançado. Para ele, esse é um dos maiores gargalos, já que as atuais concessões se deram em trechos altamente rentáveis e de grande circulação de veículos. O parlamentar defendeu que o governo e o legislativo discutam a construção de um marco legal que viabilize a manutenção dessas concessões.

— Poderíamos contribuir para a elaboração de um marco legal. Imagine que nós temos algo como 4% ou 5% das rodovias concedidas em processo de relicitação há alguns anos, e nós não avançamos nas rodovias mais ricas do país. Isso é um dos maiores gargalos da infraestrutura — ressaltou Braga.

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) reforçou o alerta sobre os contratos de concessão. Ele reclamou dos altos preços cobrados nos pedágios, principalmente nos trechos que atravessam o estado de Goiás. Em contrapartida, afirmou Kajuru, os contratos têm oferecido à população serviços de má qualidade. Ele pediu auxilio do governo para solucionar essa questão.

— Um exemplo é a Concebra [Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil], que está apenas tapando os buracos. O Ministério dos Transportes poderia requerer algo?

Em resposta, o ministro informou que o governo federal quer avançar em mais de 20 novos projetos para conceder a gestão das rodovias à iniciativa privada. No entanto, Renan Filho destacou que a maior prioridade é solucionar, junto ao Tribunal de Constas da União (TCU) e ao Legislativo, as pendências que existem nos contratos de 5 mil quilômetros em relicitação — no total, foram concedidos 15 mil quilômetros à iniciativa privada. Eles demandam relicitação e reequilíbrio de contratos.

— A ligação de Brasilia com Goiânia é uma das menores distâncias entre capitais do Brasil. É uma distância relativamente pequena, com muito fluxo, com indústrias importantes no meio, como a indústria de fármaco, de Anápolis, e outras tantas, com o agro muito forte, com renda per capita média elevada na região. Mas, mesmo nesse trecho, a gente está com dificuldade. A gente precisa resolver essa relicitação porque ali, na minha visão, há como fazer investimentos com pedágio mais barato. A gente precisa aproveitar a experiência adquirida nos últimos anos para cuidar disso — declarou o ministro, acrescentando que, na avaliação dele, isso pode ser feito por meio da criação de um marco legal que envolva normas também para parcerias público-privadas [PPIs] em alguns trechos ou com uma decisão do TCU.

Os senadores também debateram a necessidade de o país voltar a ter mais investimentos públicos em infraestrutura, com atenção às obras de recuperação de estradas, principal matriz de transporte e escoamento da produção, mas também salientaram a importância da execução de obras na malha ferroviária. Marcelo Castro disse que existem hoje no Brasil mais de 12 mil obras paradas, e que isso contribui para a falta de competitividade do país.

— Um dos pontos principais de deficiência do nosso país é o número de obras inacabadas e inconclusas. Esse número varia, mas se fala entre 12 mil, 15 mil obras. E, no Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes], no Ministério dos Transportes, não é diferente. E é claro que o Brasil, embora tardiamente, está olhando para outro modais: hidroviário, ferroviário, portos, aeroportos. O país cresce celeremente na produção agropecuária, somos o terceiro maior produtor de grãos do mundo, o maior exportador, (…) e a gente precisa escoar essa produção de maneira mais célere — frisou o presidente da CDR.

Arcabouço fiscal

Ao concordar com Marcelo Castro, o ministro ressaltou que desde 2015 o país vem registrando uma redução da capacidade de investimento público no setor. Segundo dados do Ministério dos Transportes, o maior investimento público no setor aconteceu em 2012, quando o seu orçamento atingiu R$ 45 bilhões. Em 2022, o total foi de R$ 7,7 bilhões.

Para Renan Filho, as propostas do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária precisam ser aprovadas mantendo-se os investimentos previstos para 2023 — que, com a aprovação da PEC da Transição, são de R$ 21,6 bilhões.

— A gente está vendo no Brasil obras que não terminam nunca, obras paralisadas. A gente está vendo no Brasil estradas que eram asfaltadas e voltaram a ser de barro. E o cidadão sem entender o porquê disso acontecer num país como o nosso. Essas coisas ocorrem porque houve uma redução da capacidade pública e privada de investimento — argumentou o ministro.

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) elogiou a intenção do novo governo de ampliar os investimentos no setor.

— Não há história de nenhum país do mundo que tenha saído de uma crise econômica sem investimento estatal, e especialmente em infraestrutura. Eu diria que o setor privado também não investiu porque o próprio Estado brasileiro não estava investindo na sua própria infraestrutura.

Por outro lado, o senador Esperidião Amin (PP-SC) manifestou preocupação com o crescimento de gastos públicos previsto no Orçamento de 2023. Ele alertou para o risco de a “bolha estourar” neste ano, e sem que haja um cenário favorável para os anos seguintes. O ministro, durante a exposição de dados, indicou que a destinação de recursos para obras de cada estado será cerca de três vezes maior do que a de 2022.

— Eu acho muito importante termos um marco fiscal que promova uma exceção razoável, em matéria de gastos sociais e investimentos, sob pena de nós não termos um projeto nacional. Isso vale para o Ministério dos Transportes e para outros (…). O marco fiscal é a pedra angular, é o que vai segurar a estrutura — ponderou Renan Filho.

O ministro tentou tranquilizar os senadores em relação aos cenários futuros. Ele disse confiar na proposta de criação do novo marco fiscal, a ser encaminhada pelo governo nos próximos dias. E reforçou que a infraestrutura não pode “ter um voo de galinha” no que tange aos investimentos públicos, sob pena de não dar vazão a necessidades da população, como a duplicação de rodovias, a recuperação de estradas e a continuidade das obras de ferrovias.

— Nós vamos iniciar uma série de obras este ano acreditando que os orçamentos dos anos vindouros darão condições de levá-las adiante. Então, se for mesmo uma bolha que estoure ao longo deste ano e no ano que vem nós voltemos a ter recursos próximos ao que impunha ao Brasil o Teto de Gastos, essa bolha vai gerar o seguinte problema: além da queda, nós vamos levar um coice. Que é depois piorar mais. Então eu sinceramente não acredito que  esse será o caminho do Brasil, porque eu sinto que o governo está estimulando que façamos novos investimentos e que enfrentemos novas dificuldades.

100 dias de governo

De acordo com Renan Filho, a previsão inicial do governo era de que, nos 100 primeiros dias de gestão, a execução orçamentária seria de R$ 1,7 bilhão. No entanto, segundo ele, o valor já foi superado. O ministro informou que o governo retomou 495 contratos de obras novas ou de manutenção que estavam totalmente paradas ou com velocidade de execução aquém da necessidade do cronograma físico e financeiro, como a BR-381, em Minas Gerais; a BR-116, no Ceará; e a conclusão da Ferrovia Norte Sul.

Segundo ele, esse plano de retomada irá priorizar cinco eixos, que vão da revitalização e retomada de obras rodoviárias e ferroviárias, passando pela prevenção de acidentes, até medidas de fortalecimento para atração de investimentos privados.

— Pela primeira vez na história do Brasil, uma locomotiva vai sair do Porto do Arco Norte de Itaqui [Maranhão] e vai chegar ao Porto de Santos, em São Paulo. Estamos tocando a Transnordestina. Temos desafios a serem resolvidos, especialmente o braço de Pernambuco, de que o próprio presidente tem tratado.

Segundo o ministro, no ano passado, o orçamento para infraestrutura ferroviária foi de R$ 100 milhões, enquanto a previsão para este ano é de um orçamento de R$ 600 milhões.

Demandas urgentes

Grande parte dos senadores que participaram do debate desta terça-feira trouxe exemplos de rodovias federais que atravessam seus estados e estão em péssimo estado. Parlamentares que representam estados do Norte reclamaram do isolamento da região, inclusive de capitais, como Manaus e Porto Velho.

— Existem enormes populações ainda isoladas do ponto de vista da ligação rodoviária. As pessoas não conseguem compreender por que uma cidade como Manaus está isolada da ligação rodoviária há mais de 20 anos — protestou Eduardo Braga.

Essa crítica foi reforçada pelos senadores Dr. Hiran (PP-RR), Sérgio Petecão (PSD-AC), Alan Rick (União-AC) e Jaime Bagatolli (PL-RO).

— A BR-174, de Boa Vista até Pacaraima, está voltando a ficar igual à BR-319. (…) Lá nós vamos ter um problema grave de desabastecimento, tanto de Pacaraima, que já sofre com a migração venezuelana, e também nós vamos fazer sofrer os venezuelanos que precisam de gêneros alimentícios, que passam pela nossa estrada e que entram na Venezuela através de Pacaraima e Santa Elena do Uairen — declarou Dr. Hiran.

Burocracia

Para os senadores Jayme Campos (União-MT) e Wellington Fagundes (PL-MT), um dos entraves para que as obras sejam executadas é o excesso de burocracia em relação à concessão de licenças ambientais. Jayme Campos citou como exemplos a BR-319 no trecho que liga Porto Velho à Manaus e a BR-163 no trecho localizado em Mato Grosso, além da interrupção do projeto do Ferrogrão, que promete promover o escoamento de grãos do Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte. Ele defendeu a aprovação do PL 2.159/2019, projeto de lei que, na sua avaliação, vai ajudar a destravar impeditivos ambientais.

Já o senador Cleitinho (Republicanos-MG) defendeu projeto de sua autoria, o PL 1.252/2023, que cria incentivo para a recuperação de estradas com regras similares àquelas aplicadas por meio da Lei Rouanet (envolvendo isenções tributárias).

O ministro se prontificou a estudar, junto com o corpo técnico de sua pasta e do Dnit, as sugestões e demandas apresentadas pelos senadores.

— O Dnit é a principal casa de engenharia do país. Lá há capacidade técnica avançada para tocar adiante os projetos. Nós precisamos percorrer esse caminho como uma agenda de integridade e conectividade com as melhores experiências internacionais, em proximidade com os órgãos de controle internos do governo, órgãos de controle externos, principalmente com o Tribunal de Contas da União, e com responsabilidade ambiental. Eu acho que é essa a agenda que o Dnit precisa percorrer para auxiliar com a sua capacidade técnica — declarou ele.

Renan Filho também defendeu um sistema mais transparente para o Dnit, visando à prestação de contas à sociedade, com o andamento de cada obra e o quanto de recursos já foi executado e o quanto ela ainda irá demandar.

FONTE: SETCESP

Investimento em transportes aumenta competividade da economia e promove integração, diz Renan

Notícias 22 de maro de 2023

Recuperar o investimento no setor de transportes rodoviário e ferroviário vai aumentar a competividade econômica do Brasil, diminuir distâncias e reduzir desigualdades, disse nesta terça-feira (21) o ministro dos Transportes, Renan Filho. A avaliação ocorreu durante audiência pública conjunta nas comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.

Na visão do ministro, são dois os caminhos: recompor o orçamento público e avançar nas parcerias público-privadas. Para este ano, o Ministério dos Transportes tem R$ 20,5 bilhões para investir: R$ 6,6 bilhões da Lei Orçamentária Anual, R$ 12,2 bilhões da Emenda Constitucional do Bolsa Família e outros R$ 1,7 bilhão em restos a pagar. Com estes valores, foi possível retomar cerca de 100 obras que estavam paradas ou em ritmo lento.

“Poucas coisas nos unem tanto quanto a necessidade de investir em infraestrutura, porque ela desenvolve as fronteiras agrícolas, do turismo, minerais. Aumenta a eficiência e competitividade da economia, reduz desigualdades regionais, aproxima as regiões e promove a integração nacional. Quanto menos se investe em infraestrutura, menos competitivo é o país”, disse o ministro.

Investimento

Mesmo com o reforço orçamentário, o ministro avalia ser necessário avançar com as parcerias público-privadas. Uma das metas estabelecidas pelo Governo Federal é reduzir a quantidade de rodovias brasileiras consideradas regulares, ruins ou péssimas e torná-las boas e ótimas, na avaliação dos usuários, nos próximos anos. Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 66% das rodovias federais e estaduais tiveram avaliação negativa.

“O governo entende que é importante conceder o que há viabilidade econômica para tanto porque você concentra os seus esforços onde não há condição de a iniciativa privada, por meio de cobrança de pedágios, garantir a manutenção. Esse é um modelo utilizado no mundo inteiro. A gente já tem quase 15 mil quilômetros concedidos e a tendência é chegar, nos próximos anos, a 20 ou 25 mil quilômetros de concessões”, explicou o ministro.

FONTE: SETCESP

Almoço Executivo recomeça em novo dia, com presenças ilustres e anúncio do prefeito

Notícias 22 de maro de 2023

Não foi apenas a agenda de cursos do Transcares que teve início em março. Os Almoços Executivos também retornaram e a primeira edição do ano aconteceu nesta terça-feira, 21 de março, no Salão de Eventos do sindicato. Lançado em 2011, para propiciar um momento de interação e compartilhamento entre diretores, associados, autoridades, parceiros e mantenedores, ele sempre aconteceu às quartas-feiras, mas este ano o encontro do TRC passou para as terças. E nesta primeira edição, além de casa cheia teve um anúncio feito pelo prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, um dos convidados do presidente, Luiz Alberto Teixeira.

“Estamos enviando à Câmara Municipal um projeto de lei criando o Conselho de Desenvolvimento  de Cariacica e, se aprovado, o Transcares terá assento neste colegiado”.

No encontro, Euclério estava acompanhado da secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Lúcia, Dornellas, e além deles, também marcaram presença a subsecretária de Competitividade do Estado, Rachel Freixo, a superintendente da Fetransportes, Simone Garcia,  Henrique Lobo, da Vale, Wagner Cantarella, presidente da AEC (Associação Empresarial de Cariacica), e Danilo Santos e Paulo Fernando Oliveira, do Grupo Multi. Estes dois últimos, inclusive, propiciaram uma experiência aos convidados do almoço: conhecer a nova Nissan Frontier.

O presidente gosta de falar sobre a importância da união e do trabalho em conjunto para o fortalecimento da atividade transportadora no Espírito Santo e no Brasil. Nesta terça, ele teve o “reforço” de grande parte de seus diretores – Karla Diniz, Marcos Zon, Wesley Loose, Lauro Machado e Roberto Fabiani, de Cachoeiro de Itapemirim, Vansionir Paganini, de Iconha, e Sidnei Bof, de Ibiraçu – e de mantenedores – Alan Kumm e Gustavo Sthur, da Liga Vitória, Carlos Sad e Rogério Soares, da Provider, Leandro Vieira Rodrigues e Wagner dos Anjos, representantes da empresa Box Tributário.

Encerrado o almoço, a certeza do recomeço com pé direito. “Começamos muito bem!”, confirmou Luiz Alberto Alberto, satisfeito com o quórum e com aquele momento de descontração. 

 Assessoria de Imprensa Transcares - Anna Carolina Passos

 

Profissionais do transporte são incluídos no grupo prioritário da vacinação contra a gripe em 2023

Notícias 21 de maro de 2023

Atendendo a um pedido da CNT (Confederação Nacional do Transporte), o Ministério da Saúde incluiu caminhoneiros, motoristas e cobradores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso e trabalhadores portuários na campanha nacional de imunização contra o vírus da influenza, causador da gripe. Esses profissionais estão na segunda etapa da campanha, que será realizada entre 10 de abril a 31 de maio.

A CNT atuou, junto ao Ministério da Saúde, para a inclusão de todos os profissionais do transporte, de todos os modais (rodoviário, ferroviário, aéreo, navegação e portuário), de cargas e de passageiros, mas, em virtude do número de doses disponíveis, o ministério atendeu ao pedido parcialmente. A Confederação continuará atuando junto à pasta para serem incluídos os demais segmentos de trabalhadores.

Além de encaminhar o pedido de priorização desses trabalhadores, o Sistema CNT colocou à disposição do governo as 161 unidades operacionais do SEST SENAT em todo o Brasil como pontos de vacinação para a campanha.

O objetivo da CNT, ao solicitar a inclusão dos profissionais do transporte no grupo prioritário, é proteger a população contra as formas mais graves da influenza e diminuir a cadeia de transmissão dessa doença respiratória, uma vez que esses profissionais são fundamentais para o funcionamento do país.

Veja os requisitos para a vacinação dos profissionais:

Caminhoneiros

Quem tem direito: Motorista de transporte rodoviário de cargas, definido no art. 1º, II, da lei n.º 13.103, de 2 de março de 2015, que trata da regulamentação da profissão de motoristas.

Comprovação: documento que comprove o exercício efetivo da função de motorista profissional do transporte rodoviário de cargas (caminhoneiro).

Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso

Quem tem direito: Motoristas e cobradores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso.

Comprovação: documento que comprove o exercício efetivo da função de motorista e cobrador profissional do transporte de passageiros.

Trabalhadores portuários

Quem tem direito: Qualquer trabalhador portuário, incluindo os empregados da área administrativa.

Comprovação: documento que comprove o exercício efetivo da função de trabalhador portuário.

FONTE: SETCESP

Mistura de biodiesel ao diesel passa a ser de 12% a partir de abril

Notícias 20 de maro de 2023

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou resolução que estabelece em 12% o teor de mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel fóssil, a partir do mês de abril, e o aumento para 15% de forma progressiva até 2026. Hoje, esse percentual é de 10%. A decisão foi tomada em reunião do CNPE, nesta sexta-feira (17), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a medida, a previsão é que haja aumento de 2 centavos no preço do diesel na bomba para o consumidor. “Fizemos estudos técnicos profundos para evitar que tivesse um impacto econômico muito grave no preço do diesel e, portanto, chegamos à conclusão que o número mais coerente [é de 12%], que não impacta praticamente nada, 1 centavo a cada 1% do aumento da composição [de biodiesel]”, explicou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista após a reunião.

A mistura de biodiesel no diesel, assim como a mistura de etanol na gasolina, foi instituída com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes prejudiciais ao meio ambiente e à saúde da população. Em março de 2021, o CNPE autorizou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a elevar o percentual a 13%, mas a medida foi revista pelo governo Jair Bolsonaro na tentativa de frear o aumento de preço dos combustíveis.

Com a decisão de hoje, a adição de biodiesel subirá para 12% a partir de abril deste ano, 13% em abril de 2024, 14% em abril de 2025 e 15% em abril de 2026. “Sem prejuízo do CNPE, a qualquer momento, poder revisitar esses números”, explicou Alexandre Silveira.

Segundo o ministro, a decisão visa equilibrar diversos aspectos, como as questões ambiental, produtiva e social. Enquanto a indústria do biodiesel e os ambientalistas esperavam um aumento mais acelerado desse percentual, a medida pesa no bolso do consumidor e é criticada pelo setor de transporte, que aponta falta de qualidade do biocombustível para misturas acima de 10%, o que causaria problemas mecânicos nos veículos, como a formação de borra nos motores.

Silveira explicou que é pacificado em todo o mundo pela indústria automotiva que a elevação de biodiesel em até 15% não traz prejuízos para operação de motores e equipamentos com esse teor de mistura. “Estamos desenvolvendo estudos para poder darmos mais segurança no aumento do biodiesel, levando em consideração a balança técnica, comercial, mas, fundamentalmente, social, que é o grande espectro do governo do presidente Lula, combater a desigualdade no país”, disse o ministro.

Selo social

A medida vai ao encontro das diretrizes da Política Nacional dos Biocombustíveis (RenovaBio). Em vigor desde 2017, a política trata da expansão, de forma sustentável, da produção e uso do biodiesel, visando ao desenvolvimento regional, à inclusão social de pequenos produtores e à redução de emissão de gases causadores do efeito estufa.

“Quando Lula, no primeiro mandato, criou o biodiesel [Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel], ele tinha um aspecto social, com objetivo de atingir as famílias de plantadores de pinhão-manso, de mamona, nas famílias do semiárido e do Norte e Nordeste, e isso se perdeu no caminho”, afirmou Alexandre Silveira.

Segundo o ministro, hoje, 86% do biodiesel consumido no país é fruto da soja ou de grande produtores. Por isso, também foi aprovado nesta sexta-feira pelo CNPE o retorno de um selo social, dado à indústria pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que comprova a origem da matéria-prima utilizada para produção de biodiesel.

Silveira explicou que será obrigatória a compra de 20% de matéria-prima a partir de regiões do semiárido, que inclui norte de Minas Gerais, e do Norte e Nordeste do país. Segundo ele, isso acontecerá a partir de um cronograma, para garantir que haja oferta de insumos para que a indústria possa adquirir nesse mercado. “Ou seja, com aumento da participação da agricultura familiar no projeto do biodiesel”, disse.

Política de preços

O CNPE, presidido pelo ministro de Minas e Energia, é órgão de assessoramento do presidente da República para formulação de políticas e diretrizes de energia. O conselho é composto por 16 ministros de Estado, dois membros da academia e dois membros da sociedade civil.

Segundo Silveira, na próxima reunião, ainda sem data definida, o grupo deve começar a discutir a política de preços dos combustíveis no Brasil.

“O governo perseguirá [a redução dos preços] com muita determinação, parcimônia, equilíbrio, porque sabemos que temos que conciliar a natureza da própria Petrobras, que é uma empresa de capital aberto, listada em bolsa, mas sabemos que a Constituição e a Lei das Estatais preveem o papel social da Petrobras e outras petroleiras que estão explorando a costa brasileira. Então, com muito diálogo, tranquilidade, nós realmente buscaremos priorizar papel social dos combustíveis no Brasil”, disse.

FONTE: SETCESP

Executivo ressalta benefícios com a implementação do Free Flow em rodovias

Notícias 20 de maro de 2023

A era da evolução para a mobilidade do transporte rodoviário está mais próxima do que nunca. Com a regulamentação da nova forma de pedágio nas estradas e rodovias do país, o chamado free flow, muitas expectativas estão sendo geradas com sua integração, que já entrou em vigor no início de fevereiro.

Esse novo sistema de serviço funcionará de forma automática, similar ao que já existe atualmente. Porém, a ideia é oferecer praticidade aos condutores com a ausência de cancelas e de limite mínimo de velocidade em sua passagem, permitindo ao motorista manter-se na mesma velocidade tolerada na via.

Somente no último ano, o fluxo de veículos em rodovias com pedágio aumentou expressivamente, segundo dados do índice da Associação Brasileira de Concessionárias (ABCR) feito em 2022. Houve um acréscimo de 14,1% de veículos leves e de 6,1% de pesados, alto índice que se deu pela flexibilização da pandemia, elevando a transitação e, consequentemente, a passagem nas praças de pedágio.

Ainda de acordo com as pesquisas concessionárias, o motorista pode chegar a desperdiçar em torno de uma hora em um caminho com 10 pedágios. Pensando nos veículos pesados, como caminhões e ônibus, essa estimativa precisa ser levada em consideração pelo tempo do transporte, além de haver também um desgaste de freio e de óleo dos veículos, ocasionado pelas paradas em pedágios e que é incluído nos cálculos das transportadoras. Portanto, este novo modelo de cobrança, a partir da idealização do free flow, veio para oferecer a facilidade que a mobilidade viária necessita.

De acordo com o diretor da Anacirema Transportes e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas e Região (SINDICAMP), a implementação do free flow será muito benéfica para todos os setores: “A cobrança com esse novo sistema será positiva não somente para o transporte de cargas, mas para todo o público, pois possibilitará o pagamento de uma tarifa mais justa pelo uso da rodovia e tornará a viagem mais rápida e segura por não haver a necessidade de redução de velocidade ou de parada do veículo para o pagamento dessa tarifa”, comenta o executivo.

No entanto, para que as operações das transportadoras no modal rodoviário sejam viabilizadas pelo free flow como planejando, é preciso existir, também, a participação colaborativa do Ministério da Infraestrutura e de empresas públicas e privadas na conservação e manutenção da malha rodoviária: os dados da Pesquisa CNT de Rodovias 2022 mostram que quase 70% das estradas do país apresentam algum tipo de problema, oscilando entre péssimas, ruins e regulares.

“Como todo novo processo, há um período de adaptação, mas acredito que não haverá grandes dificuldades para o transporte rodoviário de cargas, pois será semelhante a transitar em uma rodovia sem pedágios. A preocupação será, além de conferir se o valor cobrado está de acordo com o previsto, continuarmos nos atentando às pautas que refletem o nosso trabalho, como o estado das estradas e rodovias”, informa José Alberto.

A análise de fluxos de motoristas e o funcionamento das novas tecnologias já estão sendo realizados com a implantação dos pórticos deste novo modelo de pedágio, que funcionaram em fase de testes durante todo o mês de fevereiro na Rio-Santos, uma das rodovias de grande importância para as operações logísticas devido à utilização da região portuária de Santos.

O balanceamento da funcionalidade do novo sistema poderá ser averiguado pelos órgãos reguladores já neste mês, tendo em vista que as cobranças começaram a ser efetuadas no início de março.

“O fato de o teste ter sido feito na Rio-Santos demonstra prudência por ser uma rodovia ampla e de movimentação moderada. Dessa forma, é possível realizar uma análise bem completa e assertiva para os próximos pórticos a serem implantados. Para o transporte rodoviário de cargas, só vejo bons frutos a serem colhidos com essa nova funcionalidade”, finaliza o executivo.

Após leilões frustrados, duplicação do trecho norte da BR-381 pode se tornar realidade

Notícias 20 de maro de 2023

“Acidente com dois micro-ônibus deixou 15 vítimas na região metropolitana de Belo Horizonte.” “Grave acidente sentido Governador Valadares na proximidade de Ipatinga.” “Um homem morreu após um acidente próximo a Belo Oriente.” “ As manchetes acima foram compiladas com uma busca rápida na internet e têm algo em comum: o cenário. Todos esses episódios trágicos ocorreram no trecho norte da BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, em Minas Gerais. Trata-se de um percurso de 304 quilômetros que atravessa o Vale do Aço, importante polo siderúrgico do país.

Pista simples em sua maior parte, o trecho tem 500 curvas, sendo 200 delas concentradas nos cerca de 100 quilômetros entre a capital mineira e o município de João Monlevade. Não bastasse o traçado sinuoso, o asfalto está em más condições, falta sinalização e as pontes são estreitas. Apenas em 2021, foram registrados 2.054 acidentes e 162 óbitos no local, reforçando o apelido de “rodovia da morte”. A duplicação da BR-381 — pleito histórico dos transportadores — é defendida pela CNT, que a menciona com destaque no documento O Transporte Move o Brasil – Propostas da CNT ao País, entregue aos candidatos à presidência da República em 2022.

Durante a campanha eleitoral, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se sensibilizado e, em visita à cidade de Ipatinga, chegou a dizer: “É um compromisso nosso cumprir aquilo que queríamos fazer quando Dilma era presidenta. Não queremos que essa estrada continue sendo chamada de ‘a estrada da morte’”.

Eis que as obras na BR-381, sob responsabilidade do governo federal, aparecem como prioridade no Plano de 100 Dias, apresentado, em janeiro, pelo ministro dos Transportes, Renan Filho. Dias antes do anúncio, o ministro havia se reunido com o presidente da CNT, Vander Costa, que reforçou a importância da pauta tanto do ponto de vista do custo humano quanto do custo Brasil, já que a rodovia serve ao escoamento de produtos agrícolas, pecuários e industrializados, além de minério. Paralelamente, foi retomada a discussão sobre a concessão da via à iniciativa privada, esboçada diversas vezes no passado, mas sem sucesso. 

Em 2022, um novo projeto foi aprovado pelo extinto Ministério da Infraestrutura. À época, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) encaminhou os documentos ao TCU (Tribunal de Contas da União), com uma previsão inicial de R$ 5,5 bilhões em investimentos privados. Desta vez, o leilão não envolverá o repasse, no mesmo lote, da BR-262, ativo considerado pouco atrativo para investidores. 

 

Quase R$ 13 bilhões em 2022

Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, divulgado pela CNT em fevereiro mostra: 

- O custo total estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais em 2022 foi de R$ 12,92 bilhões. 

- O valor é praticamente 100% maior do que todo o investimento público federal aplicado ano passado na malha pública federal (R$ 6,51 bilhões) e representa um aumento de quase R$ 800 milhões em relação a 2021. 

- O ranking de custos de 2022 por estado é liderado por Minas Gerais (R$ 1,69 bilhão), que tem a maior malha rodoviária do país. 

 

Desatando o nó

O edital que reunia as concessões da BR-381 e da BR-262 foi publicado em 1º de setembro de 2021, com leilão previsto para 25 de novembro daquele ano. A data mudou em três oportunidades, o certame acabou não ocorrendo e o projeto foi suspenso para reestruturação. Finalmente, decidiu-se suprimir da proposta a BR-262 – decisão apoiada pela CNT. 

Com a redução, chegou-se à previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos. O número de pedágios foi reduzido de 11 para cinco, nas cidades de Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares. O consórcio vitorioso se comprometerá em operar a rodovia, fazer a manutenção e custear melhorias – entre elas, a duplicação da via. O prazo de concessão é de 30 anos, prorrogáveis por mais cinco. 

A concessão é considerada altamente prioritária pelo Ministério dos Transportes, que, em nota, informou à reportagem: “O compromisso do ministro Renan Filho é de licitar o projeto da BR-381 no curto prazo, assim que sair do TCU. Os projetos de concessão estão sendo reavaliados individualmente pela atual gestão, a fim de agregar elementos que potencializem a atratividade dos projetos no que tange à segurança dos usuários, ao desenvolvimento econômico das regiões e à sustentabilidade ambiental”.



Pujança mineira

- Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do Brasil com 272.062,90 quilômetros de rodovias

- O estado detém o terceiro maior PIB (Produto Interno Bruto) do país

- Em 2021, o PIB mineiro registrou a maior participação sobre o brasileiro em 20 anos, passando de 9%, em 2020, para 9,3%. 

 

Sinônimo de prejuízo

A imprevisibilidade causada pelas condições da rodovia tem efeitos deletérios para toda a cadeia de serviços. “As indústrias acabam fazendo estoque de segurança, temendo que a carga não chegue ao seu destino. Isso traz um aumento de custo para diversos setores e um desestímulo a novos investimentos no Vale do Aço”, alerta Sérgio Pedrosa

O trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade é uma verdadeira sequência de obstáculos para os motoristas, opina o professor Marcelo Franco Porto, do Programa de Pós-Graduação em Geotecnia e Transportes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Para ele, a solução exigirá um esforço multidisciplinar, com estudos em geometria da via, pavimento, sinalizações horizontal e vertical, drenagem, monitoramento via câmeras, entre outros aspectos. “Isso ocorrerá ao se transferir a responsabilidade sobre as obras e a manutenção da BR-381 para um consórcio ou empresa privada. O ganhador (do leilão) deverá cumprir as ‘metas’ contidas no PER (Programa de Exploração de Rodovias) ”, indica. O professor lembra que, atualmente, a precariedade da via é de tal ordem que os motoristas preferem utilizar uma rota alternativa, que prolonga a viagem por cerca de três horas, o que onera a operação para os transportadores.

“Quando se fala em custos do transporte, dois tipos devem ser considerados: os fixos, como depreciação do veículo, salários e remuneração do capital; e os variáveis, como manutenção, combustível e pneus”, pondera Sérgio Pedrosa, presidente da Fetcemg (Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais).

“O péssimo estado da BR-381 provoca um aumento nos custos variáveis, enquanto o maior tempo de viagem aumenta os custos fixos, uma vez que o veículo fará menos viagens por mês. De Belo Horizonte a Ipatinga são cerca de 200 quilômetros. Se a rodovia estivesse em boas condições, o caminhão alcançaria uma velocidade média de 55 km/h. O trecho, porém, é feito a 30 km/h, resultando em mais de  seis horas de viagem””, calcula.

“Temos os custos de manutenção e o investimento em treinamento dos motoristas para evitar acidentes. O tempo de viagem imprevisível dificulta o atendimento à legislação da jornada do motorista e há casos em que o profissional tem que parar em algum lugar antes de completar a viagem. Além disso, temos dificuldade em conseguir mão de obra, pois muitos motoristas não gostam de trabalhar na BR-381 devido ao cansaço e ao alto índice de acidentes”, complementa o presidente da Fetcemg.

História repleta de sobressaltos

- 1952 - O trecho de rodovia entre Belo Horizonte e João Monlevade foi pavimentado; 

- 1959 - A ligação entre Belo Horizonte e Pouso Alegre ocorreu em pista simples, durante o governo Juscelino Kubitschek; 

- 1990 - A duplicação do trecho norte da BR-381 começou com a lei nº 9.277/96, que passou para os estados os bens da União; 

- 1998 - O governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, firmou, com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, um acordo que previa que o estado executaria a duplicação entre Belo Horizonte e João Monlevade e uma terceira faixa até Ipatinga. Os recursos viriam da recém-realizada privatização da Vale do Rio Doce. 

- 1999 - Durante a gestão do ex-presidente Itamar Franco no estado, a rodovia acabou sendo devolvida à União. 

- 2009 - O presidente Lula, em seu segundo mandato, incluiu a duplicação do trecho na fase dois do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). 

- 2014 - Primeira ordem de serviço para a duplicação, já no governo Dilma Rousseff. Desse modo, a rodovia foi fracionada em 11 lotes, dos quais sete foram licitados. 

2023 – O trecho sob jurisdição federal que fica entre Belo Horizonte e Governador Valadares, teve concluídas três obras de duplicação que somam 55 quilômetros (lotes 3.2, 3.3 e 7). Agora, o Ministério dos Transportes promete entregar cinco quilômetros do lote 3.1, entre Jaguaraçu e Antônio Dias, até a primeira quinzena de março. O restante das obras ficará a cargo da futura concessionária.

FONTE: Confederação Nacional do Transporte (CNT)

Conselho de Política Energética debate nesta sexta aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel

Notícias 17 de maro de 2023

Assunto gera polêmica entre setores ligados ao agronegócio e transportes.

Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) — responsável por assessorar o presidente da República na formulação da política energética — fará nesta sexta-feira (17) a sua primeira reunião no governo Lula.

O encontro ganhou relevância por três fatores:

será a primeira reunião do CNPE com uma nova composição – ministérios que, normalmente, não faziam parte do conselho passaram a integrar o colegiado (veja mais abaixo);
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai à reunião;
será debatido o aumento do percentual obrigatório de biodiesel a ser acrescido no diesel.
 Atualmente, a adição obrigatória de biodiesel no combustível fóssil está em 10%, abaixo do percentual estabelecido na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).

A redução do percentual foi uma das diversas medidas adotadas pelo governo Bolsonaro para baixar o preço do diesel.

Em meio à guerra da Ucrânia, o preço do óleo de soja – principal matéria-prima do biodiesel – disparou. Com isso, quanto maior era o percentual de mistura, mais impactava o preço final do diesel.

 Pela política do RenovaBio, suspensa pelo governo, o percentual de mistura deveria ter sido de 14% desde março de 2022 e ter passado a 15% em março deste ano.

O governo Lula decidiu manter o percentual de 10% até este mês de março para decidir, na reunião do CNPE, um novo cronograma de aumento do biodiesel – ambientalmente mais sustentável que o diesel, um combustível fóssil e poluente.

Pauta do CNPE

 Apesar de a pauta do CNPE não ser divulgada previamente, o g1 apurou que o conselho debaterá nesta sexta apresentará ao presidente Lula a proposta de ampliar o percentual obrigatório de biodiesel acrescido no diesel dos atuais 10% para 12%, ou 13%.

Também será proposto aumentar gradualmente a mistura, de modo a chegar em 15% em 2025. Esses percentuais foram discutidos nas reuniões técnicas prévias à reunião ministerial do CNPE.

O cronograma, contudo, pode sofrer alterações, já que depende também da capacidade da indústria de fornecer o biodiesel em quantidade suficiente ao mercado. Mas, segundo apurou o g1, está descartada a hipótese de não haver um aumento da mistura.

Polêmica em torno do aumento da mistura

A hipótese de não ter o aumento foi levantada, porque a Confederação Nacional do Transporte (CNT) diz que um eventual acréscimo do teor “gerará custos adicionais ao valor do frete que serão transferidos para toda a população”.

Segundo a CNT, o biodiesel usado no Brasil diminui a eficiência energética dos motores de ônibus e caminhões, o que aumenta o consumo de combustível.

A CNT ganhou o apoio de entidades que representam fabricantes de veículos automotores e de máquinas, além de distribuidoras de combustíveis e da associação que representa o transporte coletivo urbano por ônibus.

Já os produtores de biodiesel (Aprobio e Ubrabio) contestam as afirmações da CNT. “No Brasil, nenhum dano a máquinas e motores foi comprovado pela ação direta ou indireta da utilização do biodiesel”, afirmam as associações, em nota.

Dizem, ainda, que o uso do biodiesel “reduz as emissões de particulados, monóxido de carbono e hidrocarbonetos, demonstrando em farta base documental que o biodiesel reduz a poluição atmosférica e é benéfico ao meio ambiente”.

O governo, ao decidir pelo aumento da mistura, deve adotar a mesma linha de defesa usada pelos produtores, ou seja, destacar os benefícios socioambientais do biodiesel. A descarbonização é um dos compromissos do presidente Lula.

CNPE ampliado

Conta também a favor do aumento da mistura de biodiesel a nova composição do CNPE.

Diferentes ministros que fazem parte do conselho já se manifestaram publicamente a favor da elevação da mistura, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Carlos Fávaro e Renan Filho. O aumento também tem apoio das pastas ligadas ao meio ambiente.

Pelo decreto publicado no fim de fevereiro, passaram a fazer parte do conselho os seguintes ministérios:

  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
  • Planejamento e Orçamento
  • Portos e Aeroportos
  • Cidades
  • Povos Indígenas

O órgão já era composto também por:

  • Minas e Energia (preside o conselho)
  • Casa Civil
  • Fazenda (antiga Economia)
  • Transportes (antiga Infraestrutura)
  • Agricultura e Pecuária;
  • Integração e Desenvolvimento Regional (antes Desenvolvimento Regional);
  • Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Meio Ambiente e Mudança do Clima;
  • Gabinete de Segurança Institucional.
FONTE: SETCERGS

Digitalização do TRC precisa chegar às empresas, alertam especialistas

Notícias 17 de maro de 2023

O fim da obrigatoriedade da apresentação da versão impressa dos documentos auxiliares da NF-e (DANFE) das mercadorias, do CT-e (DACTE) e do MDF-e (DAMDFE), que podem ser requeridos de forma totalmente eletrônica, embora represente uma importante vitória rumo à desburocratização do setor de transportes, precisa se tornar realidade em todo o país. “Agora precisamos atuar para que esses processos se tornem digitais em todo o país. Os outros estados precisam ratificar a decisão para que a digitalização se dissemine pelas empresas”, alerta Adauto Bentivegna Filho, assessor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e região (SETCESP).

Bentivegna chama a atenção para o fato de que cada estado precisa baixar uma portaria, acatando a decisão que foi tomada pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz), e entrou em vigor em janeiro deste ano, para as empresas de transportes adotarem o formato digital da documentação DANFE, DACTE e DAMDFE. “Cada estado vai precisar ratificar e baixar normas para que o contribuinte torne real a regra digital. A secretaria da fazenda do estado de São Paulo, por exemplo, autorizou em nível nacional a digitalização desses documentos. É preciso que as empresas acompanhem as secretarias das fazendas de seus estados para ajudar na implantação desses documentos no formato digital”, afirma o especialista.

Ele reconhece que esses processos de mudança para o digital devem ser mais morosos em empresas de porte médio. “As pequenas e médias empresas devem demorar mais um pouco para fazer a transição”, diz. Bentivegna lembra que os clientes ainda podem solicitar que os documentos ainda sejam impressos mesmo após a decisão do Confaz.

Um exemplo de empresa do setor de transportes que já está a todo vapor com a digitalização é a Braspress Transportes. A companhia anunciou, no mês passado, que já iria começar a retirada do papel gradualmente em suas operações e que o conhecimento eletrônico está disponível para download via site e QR Code. “Para se ter uma ideia, antes da adesão ao digital, a empresa tinha uma área física de 600 metros quadrados destinada a abrigar documentos”, revela Tayguara Helou, diretor de desenvolvimento de novos negócios da Braspress.

O executivo comemora as vantagens de adesão ao digital. “Os processos ficaram muito mais eficientes depois que adotamos a nota eletrônica”, afirma o executivo.

Como uma das pioneiras na adoção da digitalização entre as transportadoras, a Braspress está cuidadosamente impondo o novo formato digital nos processos. “No transporte, procuramos trabalhar caso a caso. Mas na medida em que o digital vem ganhando adesões, milhares de impressões deixarão de ser feitas gerando menos impacto ao meio ambiente”, observa.

Um dos precursores na luta do movimento “Logística sem papel”, no setor de transportes, o executivo lembra que, no Brasil, são emitidos 1,8 milhão de conhecimentos eletrônicos de transporte por mês e faz uma comparação dramática dos impactos dessa prática no meio ambiente. “O que significa que são impressos pelo menos 1,8 milhão de DACTEs, cada um deles em uma folha A4 que é descartada depois da entrega da mercadoria. A cada 24 mil folhas A4, uma árvore é derrubada. Se cada árvore ocupa aproximadamente 5 metros quadrados, estamos devastando o equivalente a 3,5 cidades de Curitiba por dia”, explica.

Digitalização reduz custos no transporte – De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de auditoria e consultoria PWC, a digitalização logística é capaz de reduzir em 47% os custos em transporte até 2030, gerando grandes expectativas estratégicas para o transporte no modal rodoviário. Dados também demonstram que uma única mercadoria comprada no varejo físico ou no digital pode gerar até 16 documentos impressos até chegar ao seu destino, impactando em até 10% no faturamento de microempresas.

Outra empresa do setor de transportes que também aderiu à digitalização da documentação é a Anacirema, situada na cidade de Americana (SP). A transportadora, no entanto, se notabilizou no mercado por ter saído na frente na automatização de processos há anos. “Temos operações em que não trabalhamos com papel. Em que o cliente emite a nota e manda pelo e-mail. Nosso sistema faz o input no nosso RT e é gerada a validação do seguro. Então, se tem a autorização da Receita Federal e o nosso veículo é liberado. Ou seja, tudo é automatizado”, revela José Alberto Panzan, diretor da empresa.

Panzan admite, no entanto, que lida com clientes que ainda exigem a apresentação de canhotos da nota fiscal. “Aí tenho que ter papel”, diz.

FONTE: SETCESP

CNT lança sondagem inédita sobre o nível de confiança do transportador na economia brasileira

Notícias 16 de maro de 2023

A Confederação Nacional do Transporte iniciou, nesta terça-feira (14), com o apoio da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (Fetransul), uma sondagem inédita voltada para os representantes do segmento rodoviário de cargas do Rio Grande do Sul. Trata-se do Índice CNT de Confiança do Transportador, um levantamento inovador cuja ideia é conhecer a visão do empresário do transporte sobre o cenário macroeconômico e, nesse aspecto, o que ele considera fundamental para a evolução da sua empresa.

O objetivo da CNT é contribuir para que o transporte amplie seu domínio de informação sobre o nível de confiança do setor em relação ao ambiente de negócios e à sua atividade empresarial e, a partir desse ponto, utilize esse conhecimento para a tomada de decisões assertivas.

A CNT aplicará o questionário trimestralmente, para acompanhar a evolução da percepção dos empresários em relação às condições macroeconômicas e às perspectivas para a atividade empresarial que desempenham. As expectativas dos empresários são fator determinante para a definição de seus investimentos e para o desempenho da economia

O registro será utilizado para orientar o traçado de ações da CNT e das federações em defesa dos interesses do setor de transporte junto ao Congresso Nacional, Poder Executivo e governos estaduais. Esse planejamento é fundamental, uma vez que a confiança é afetada pela política e conjuntura econômica. Os resultados servem, ainda, para empresas fornecedoras e consumidoras dos serviços de transporte. Ou seja, o ambiente logístico poderá entender o ânimo dos empresários do setor e antecipar as principais tendências de curto prazo.

Acesse o Índice CNT de Confiança do Transportad
Fonte: CNT

Pesagem de caminhões em movimento entra em operação na Via Dutra

Notícias 16 de maro de 2023

Assim como o sistema Free Flow de pagamento de pedágio, já funciona na Via Dutra (BR-116) a tecnologia de pesagem de caminhões em movimento. A novidade na rodovia administrada pela CCR Rio-SP integra o novo contrato de concessão. Dessa forma, os equipamentos e pórticos com câmeras já estão instalados.

O novo modelo de pesagem funciona em fase de testes e ajustes no km 179 da pista sentido São Paulo, em Guararema (SP). E no km 0 da pista sentido Rio de Janeiro, em Queluz (SP). Há ainda outros dois pontos, um no km 307 da pista sentido SP, em Resende (RJ), e outro no km 223 no mesmo sentido, em Paracambi (RJ). Assim, o início da operação terá início ainda neste mês, conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Sensores instalados no pavimento e câmeras OCR realizam a classificação a partir da leitura de placas e dimensionamento dos caminhões. Os equipamentos medem altura, comprimento e largura dos veículos, e combinam, então, com as características para fazer a pesagem. Então, o veículo dentro do limite de peso segue viagem.

Contudo, se os sensores indicarem excesso de peso, o motorista é obrigado a entrar no posto de pesagem. Quando isso ocorrer, o condutor é avisado por Painéis de Mensagens Variáveis (PMVs). Com o monitoramento por câmeras, o sistema identifica fuga de veículos por meio de imagens panorâmicas e de placas.

Tecnologia trará benefícios aos caminhões

Com a implantação do novo sistema de pesagem, a balança seletiva será desativada nos atuais postos. Mas haverá alguns benefícios com isso. Entre eles, a redução de acidentes e a melhor conservação do pavimento com a redução de veículos com sobrepeso na rodovia. Porém, o maior ganho será a redução das longas filas para pesagem. O que vai ajudar no fluxo de veículos, bem como no gerenciamento do tráfego pela concessionária.

Ademais, os caminhoneiros terão ganhos operacionais. Primeiro, porque não precisa parar o veículo. Ou mesmo reduzir a velocidade para entrar no posto de pesagem, o que se traduz em economia de tempo. Além disso, o custo com consumo de diesel será menor. Isso porque o caminhão permanece na velocidade de cruzeiro e não precisa reduzir ou retomar a velocidade.

FONTE: SETCESP

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